Mulheres revolucionárias 2
Fundação Dinarco Reis
A agenda Mulheres Revolucionárias II é uma reedição da agenda de 2016, com acréscimo de novas mulheres de luta. Produzida pela Fundação Dinarco Reis e pelo Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, traz informações sobre aquelas que lutaram por superar as limitações impostas às mulheres, as desigualdades sociais e todo tipo de opressão e preconceito.
Reunimos, mais uma vez, variadas informações, biografias e verbetes que contam a história de guerreiras, quilombolas, indígenas, abolicionistas, sufragistas, anarquistas, comunistas, guerrilheiras, feministas, artistas, mulheres dos cinco continentes, todas lutadoras que atuaram nos diversos campos de organização social, nos partidos de esquerda e agrupamentos políticos, nos sindicatos, nas associações e movimentos populares, na educação, na saúde, na ciência, na imprensa, na literatura, na música, na arte e na cultura.
A opressão e a subjugação das mulheres remontam à antiguidade, ao surgimento da propriedade privada, ao patriarcalismo. Foram séculos de submissão, mas sempre com resistências e vozes dissonantes que buscamos destacar. Do século XIX até os dias de hoje, a luta por direitos e pela igualdade entre homens e mulheres ganhou corpo e ainda persiste. Por mais que se tenha avançado, conquistado o direito ao estudo, o direito de voto, o direito profissional, o direito à sexualidade, ainda há muito que avançar.
Atualmente enfrentamos um grande retrocesso em nosso país, os poucos direitos conquistados sofrem grande ameaça. Mais do que nunca, as mulheres precisam estar organizadas e em luta, contra qualquer ataque às conquistas duramente obtidas por meio de muita luta. Conhecer a história de luta das mulheres contribui para fortalecer o nosso movimento de emancipação. São muitas as transformações ainda necessárias para construir a sociedade igualitária que defendemos. Sabemos que só com a superação da exploração da mulher pelo homem e do homem pelo homem, com a construção de uma nova sociedade, a sociedade socialista, poderemos sonhar com um mundo em que todas vivamos com liberdade e dignidade.
Para adquirir o livro-agenda, entre em contato com a Fundação Dinarco Reis:
Telefone: (21) 22-249890
fundacaodinarcoreis@hotmail.com
HOMENAGEM
Marielle Franco: uma voz que unificou várias
Em 2020 completam-se dois anos da brutal morte de Marielle Franco. Este seria o ano final de seu mandato, conquistado nas ruas, nas redes e na luta. Seriam mais anos, com toda certeza, dedicados à luta dos desfavorecidos, oprimidos e perseguidos, anos dedicados à população negra, pobre, favelada, moradora dos subúrbios e periferias, da população LGBT, das mulheres. Seriam anos dedicados à classe trabalhadora, seus dramas e suas lutas.
Ainda não sabemos quem mandou matar Marielle e Anderson, mas sabemos o que os assassinos e seus mandantes representam: o atraso, o preconceito, a busca de lucro, os interesses da classe dominante, que mata, oprime, persegue e ataca diariamente as trabalhadoras e os trabalhadores do país. Sua morte foi símbolo da ofensiva dos inimigos do povo trabalhador, das forças da reação e do conservadorismo. Não foi à toa que a placa com seu nome foi quebrada por quem hoje está no poder, diante de gritos de ódio.
Mas se quem está no poder ocupa palácios e casas legislativas, nós ocupamos as praças, as ruas, de onde nunca saímos e jamais sairemos. Se a trajetória de Marielle foi brutalmente interrompida, sua história não: ela sobrevive na consciência do povo trabalhador e oprimido, inspirando lutas e resistências, no Rio, no Brasil e em todo o mundo. Em diversos países, ruas e praças ganham seu nome, coletivos de lutas surgiram, pessoas se colocaram em marcha e não saíram mais das ruas. Seu nome virou símbolo da luta. A pergunta “Quem mandou matar Marielle?” é sinônimo de resistência e de não resignação.
O PCB e seus coletivos de luta, assim como a Fundação Dinarco Reis rendem a necessária homenagem a esta brava lutadora, a quem seguiremos reverenciando, exigindo sempre o desvendamento final desse crime hediondo e mantendo acesa a chama da luta popular.
Marielle Presente! Hoje e sempre!
EXPEDIENTE
PESQUISA E ILUSTRAÇÕES
Fotos e documentos da Biblioteca Nacional, CEDEM, Fundação Dinarco Reis e do Partido Comunista Brasileiro. Sites pesquisados: asminanahistoria.wordpress.com, ecured.cu, geledes.org.br, marxists.org, resumenlatinoamericano.org.
BIBLIOGRAFIA
GOLDMAN, Wendy. Mulher, Estado e revolução: Política da família soviética e da vida social entre 1917 e 1936. São Paulo, Boitempo Editorial, 2017.
SCHUMAHER, Maria Aparecida e BRAZIL, Érico Vital. Dicionário Mulheres do Brasil: De 1500 até a atualidade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2000.
SCHNEIDER, Graziela (org.). A REVOLUÇÃO DAS MULHERES – Emancipação Feminina na Rússia Soviética. São Paulo, Boitempo Editorial, 2017.
PESQUISA E REDAÇÃO
Heitor César, Marta Barçante, Nathália Mozer e Ricardo Costa (Rico)
REVISÃO
Marly Diniz e Ricardo Costa (Rico)
DESIGNER
Daniel Costa
COORDENAÇÃO EDITORIAL
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