SOLIDARIEDADE COM A REPRESENTAÇÃO DIPLOMÁTICA DA VENEZUELA

Com a urgente intenção de sair do atoleiro, a besta se afunda cada vez mais no obscuro poço do escárnio. Com desesperados coices, inventa fantasmas para ocultar a infâmia, exacerbando seu descrédito, e arrastando o país a uma marginalização sem precedentes e a um custo que ainda não foi estimado.

O desatino leva forçadamente a um túnel do tempo para retrocedermos aos obscuros capítulos da guerra fria, em que as ditaduras fascistas locais vendiam invenções anticomunistas, derramando retóricas nacionalistas, e tinham os auspícios do imperialismo norte-americano, quando a região estava submetida incondicionalmente aos seus desígnios.

Hoje, em outros tempos, em tempos em que nossa América por fim sacode suas velhas amarras, para tentar um projeto de autonomia regional, nosso vetusto congresso, em um reflexo inerte, incapaz de refazer-se, segue buscando apear-se à potência do norte, invocando a segurança nacional para hipotecar-se ao grande capital transnacional.

Nesse marco de degradação, em lugar de promover uma nova relação internacional, baseada na solidariedade com seus pares latino-americanos, descobre fantasmas, encontrando em seus irmãos latino-americanos, pecados que não são senão demarcações ideológicas de submetimento degradante a nossos dominantes históricos.

Desde esse triste e indigno papel, para desviar burlamente a atenção do essencial, que é a interrupção abrupta da institucionalidade, se pretende irresponsavelmente, colocar em julgamento a representação diplomática da República Bolivariana da Venezuela, na pessoa de seu embaixador Don Javier Arrúe, maculando todo o grande trabalho solidário que demostrara em sua breve gestão. No anacrônico e falso nacionalismo, ignora o apoio de solidariedade do povo e do Estado irmão através de sua Embaixada em projetos como por exemplo, a chamada “Operação Milagre”, que devolvera a vista a muitos compatriotas de escassos recursos, entre outros.

A solidariedade latino-americana irrita os que se arrogam ilegítimamente uma representação que não tem. Porque longe de representar o povo paraguaio, cada vez fica mais claro a quem representam, ou seja, ao grande capital transnacional e ao estado imperialista norte-americano.

Desde nossa condição de paraguaios; desde nossa condição de latino-americanos que apontam a sua real independência, rendemos nossa gratidão ao governo Bolivariano da Venezuela e, em particular, ao querido embaixador Don Javier Arrúe.

Felizmente nosso inexorável destino libertário não se detém, e os que caminham na contra-mão desse destino, irão inevitavelmente acabar no lixo da história.

VIVA O PARAGUAI INDEPENDENTE!

VIVA O FUTURO LIVRE DA AMÉRICA LATINA!

Assunção, 6 de julho de 2012

Partido Comunista Paraguaio

Tradução: PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO