PCB presente em atividades contra o golpe no Paraguai
O Partido Comunista Brasileiro esteve presente, nos últimos dias, em uma série de atividades que ocorreram em Assunção, capital do Paraguai, contra o golpe de estado que no último domingo (22) completou um mês no país vizinho.
Representando o partido, o membro do Comitê Central do PCB Paulo Schueler esteve em reunião da Frente Guasu, que congrega 20 partidos e movimentos sociais da qual participa o Partido Comunista Paraguaio (PCP) e que, em sua maioria, conformava a base de sustentação do governo de Fernando Lugo.
Na presença de centenas de lideranças da Frente, entre eles Lugo, o representante do PCB reafirmou a posição do partido de lutar para que o governo brasileiro não reconheça o atual regime golpista do Paraguai.
“Nossa luta, no Brasil, é para que os interesses da burguesia brasileira, bem representada pelos exemplos de Itaipú Binacional e dos latifundiários que, aliados a Monsanto, devastam as terras paraguaias com transgênicos para a produção e exportação de soja não levem o governo brasileiro a conciliar, reconhecendo o grupo golpista”, afirmou Schueler, para complementar que “vocês, da Frente Guasu, devem buscar fazer uma profunda análise dos limites da democracia nos marcos do capitalismo. o maior sinal dessas limitações é que, a apenas poucos meses das eleições, eles não se detiveram em levar o golpe adiante “.
Ao lado de outras delegações estrangeiras, o PCB também manteve uma reunião reservada com o presidente deposto, durante a qual Lugo afirmou que o atual governo carece de legitimidade estrangeira para ter condições políticas de elevar a repressão no país. Foi feito o pedido, do qual o PCB não se furtará a cumprir, de manter pressão externa sobre os golpistas para que se evitem assassinatos e perseguições de militantes paraguaios contrários ao golpe.
A análise de Lugo quanto à necessidade de legitimação externa a Federico Franco é compartilhada pelo Partido Comunista Paraguaio (PCP), com cujo secretário-geral, Najeeb Amado, Schueler realizou reunião bilateral; e por dirigentes dos movimentos sindical, camponês e estudantil, que participaram de reunião com as delegações internacionais, o PCB incluso.
Legenda da foto: Paulo Schueler entrevista o secretário-geral do PCP, Najeeb Amado