CARTA ABERTA DO PCB À POPULAÇÃO SABARENSE

A maioria dos partidos são voltados exclusivamente para as eleições, e são capazes de alianças das mais espúrias para chegar ao poder. O PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO, se recusa a fazer esse jogo que considera sórdido e transforma os partidos políticos brasileiros em meras representações de grupos econômicos locais, cujos interesses não são os dos trabalhadores.

A cidade é a realidade imediata de cada um de nós. Nascemos na cidade, crescemos na cidade, nos formamos na cidade, vendemos nossa força de trabalho na cidade, constituímos família na cidade e cada manhã, ao acordarmos, acordamos na cidade. A participação popular vista desse ângulo, dessa convicção, não se esgota no voto, mas na participação dos vários segmentos da cidade no processo político de decisão. Esse é o PCB. Essa é a discussão que o PCB pretende levar aos cidadãos de Sabará e em todas as cidades brasileiras onde disputamos as eleições municipais.

Em Sabará, querem transformar a eleição em um plebiscito entre dois lados da mesma moeda; a situação, representada pela oligarquia Borges, e a oposição do momento, a aliança entre o PT e a oligarquia Fantini. Todas as duas candidaturas não representam os interesses do povo sabarense, pelo contrário, significam a continuidade de gestões que tem asfixiado o trabalhador de Sabará e levado nossa cidade a morte por inanição.

Como disse Guimarães Rosa, o que a vida nos pede é coragem, e é com essa disposição para construir uma outra Sabará que apresentamos a candidatura do companheiro Vanderlim para Prefeito do nosso município, e pedimos seu voto para a nossa chapa de vereadores através do número 50.

Por isso o PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO, apresenta suas propostas para a campanha eleitoral de seus candidatos, entre elas, o PODER POPULAR, visando a conscientização política e a participação direta da população no processo de tomada de decisão e execução dos programas e ações do governo do município; promovendo ideais igualitários e comunitaristas através de modelos de gestão centrados na ideia da participação direta dos cidadãos no processo decisório. Isso possibilita o controle social da população sobre as ações do poder público através da criação de conselhos populares rompendo com o modelo de governo municipal de estrutura burocrática, centralmente organizada e politicamente autoritária.

Entendemos que o desenvolvimento deve ser voltado para a inclusão e a igualdade social, com a garantia do emprego, da moradia, da geração de renda e a dignificação das condições de trabalho e remuneração do quadro de servidores públicos.

Acreditamos que o planejamento econômico e social participativo deve visar o crescimento ordenado da cidade, a promoção do uso social da propriedade e o desenvolvimento com qualidade de vida, priorizando ações voltadas às camadas populares.

Vamos promover o Orçamento Participativo e a criação de canais institucionalizados de intermediação entre a população e o poder público no processo de alocação de recursos públicos alterando a forma de elaboração dos orçamentos públicos, reduzindo a participação do Legislativo, inibindo a utilização do orçamento como clientelismo e aumentando o controle social.

Defendemos a revisão de todos os contratos de terceirização em vigor no Município, buscando resgatar para a Administração Pública Direta o controle da saúde pública – dever do Estado, direito do cidadão. Essa determinação partidária significa condições salariais justas para médicos, enfermeiros, todo o conjunto de profissionais da área, discussão sobre as reais necessidades da população a partir de fóruns regionais e municipais, com ênfase tanto na questão salarial dos médicos e profissionais da área, como na infra-estrutura do setor. Políticas de medicina preventiva, curativa, centros médicos regionais, hospitais públicos regionais e todo o conjunto de reivindicações populares para o setor.

Queremos dialogar com professores, profissionais da área de educação, alunos, pais de alunos e a comunidade sobre a escola que se deseja, o que implica em salários justos para os profissionais do setor, condições de trabalho e implantação do horário integral.

Não seguimos aquela cartilha que “o feio é perder eleições”, pois entendemos exatamente o contrário. O feio é ganhar eleições através da compra de votos, das falsas promessas, das ações políticas inconsistentes que transformam o jogo eleitoral só num jogo e em que a participação popular some após o pleito e o eleitor é tratado como consumidor de um ou outro candidato transformado em mercadoria ao sabor das conveniências do momento.