A senadora colombiana Piedad Córdoba assegurou que os votos de Mockus foram fictícios

A senadora colombiana da oposição, Piedad Córdoba, após as notícias do primeiro resultado irreversível da eleição presidencial deste domingo em seu país no primeiro turno, assegurou que os votos alcançados pelo candidato do Partido Verde, Antanas Mockus, que vai para o segundo turno com o candidato do governo, Juan Manuel Santos, foram fictícios e midiáticos. “O sistema criou um candidato como Mockus para legitimar as eleições. Muitos sabemos que foi fictício e midiático o seu crescimento”, disse Córdoba.

A senadora observou que foi “fictício e midiático” o seu crescimento, pois desde antes da eleição as pesquisas mostravam um empate técnico entre o candidato Santos e seu rival Mockus. No entanto, no dia das eleições, um domingo, o que se viu foi uma grande diferença entre ambos os candidatos. A empresa privada de pesquisa, a Ipsos Napoleón Franco, divulgou que o ex-ministro da Defesa colombiano Juan Manuel Santos iria receber 34 por cento, enquanto Mockus, 32.

No entanto, na primeira rodada realizada no domingo, Santos chegou a 46,56 por cento e Antanas Mockus a 21,5 por cento, segundo dados oficiais fornecidos pela Secretaria Nacional de Estado Civil, após exame de 99,71 por cento dos votos.

A este respeito, o ex-embaixador da Venezuela na Colômbia, Pavel Rondon, disse em entrevista exclusiva à Telesur que “é de salientar que uma diferença de dois pontos se transforme em uma diferença ainda maior que 20 pontos”.

Ele lembrou ainda que, após mais de dois meses depois das eleições parlamentares de 14 de março, ainda não são conhecidas na íntegra os resultados dessa votação, e no entanto, no domingo foram lançados quase simultaneamente os números oficiais, um fato que, para o diplomata é inexplicável.” Como se pode determinar manualmente uma votação dessa magnitude em tão poucos minutos?”, disse.

Rondon disse que os resultados do primeiro turno das eleições “não têm nenhuma explicação política, mas podem ter numérica.”

Por outro lado, Piedad Córdoba também escreveu à Missão de Observação Eleitoral (MOE) relatando centenas de casos de fraude eleitoral. É a máquina uribista azeitada.

Um total de 29,9 milhões de colombianos foram chamados às urnas para eleger, no primeiro turno, o sucessor do presidente Álvaro Uribe. Entretanto, no dia da votação foi registrada uma abstenção superior a 50,08 por cento dos eleitores.

Uma vez que os dois principais candidatos não alcançaram 50 por cento mais um voto, haverá segundo turno no dia 20 de junho, quando os cidadãos retornam às urnas para eleger um novo gestor para orientar o destino do país sul-americano nos próximos quatro anos.

S. B. EDITOR

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