NINGUÉM PODE MATAR O MONO JOJOY

Quem pode matar um homem que dedicou sua vida inteira à luta pela liberdade, pela América Latina e pelo socialismo? Quem pode dizer que venceu um homem que foi pilar fundamental no crescimento e na consolidação de uma das maiores organizações da América Latina? Quem pode se sentir vitorioso por depender da força econômica e militar dos maiores assassinos do mundo para matar um combatente revolucionário? Só mesmo um grupo de loucos e assassinos, só um grupo de oligarcas incapazes de combater honradamente seus inimigos, só um grupo de governantes corruptos que não entendem nada da história dos nossos povos.

O comandante Jorge Briceño, o Mono Jojoy, com seus grandes dotes militares e revolucionários, não foi concebido pela casualidade, nem por arte de magia, foi filho de uma sociedade profundamente confrontada pela agressividade do capitalismo colombiano, que condena diariamente milhões de pessoas a viver em meio à exploração, ao despojo e à violência; ficou conhecido porque, às vezes, pode-se ver a história dos povos sintetizada em alguns indivíduos; mas essas condições contraditórias do capitalismo fazem com que a burguesia ao incrementar seu poder e sua riqueza, incremente ao mesmo tempo as condições que cavarão sua própria cova. Mas o comandante Briceño nunca esteve sozinho nisso, o que aprendeu e levou a cabo em vida, foi feito como parte de uma organização exemplar que representa os interesses dos explorados da Colômbia e da Nossa América, as FARC-EP, a qual por sua vez sintetiza a experiência de luta de todo um povo. Ninguém que compreenda as leis da História pode pensar que por ter matado um homem exemplar tenha vencido seu oponente, e ninguém com pelo menos um mínimo de humanidade pode festejar o assassinato covarde de um homem valente. Os que hoje se abraçam e festejam por matar este homem valente e exemplar, não faz mais do que exibir sua deformidade humana e sua burrice; parecem desconhecer que na sociedade colombiana há milhares de pessoas que vivem atualmente as mesmas condições que fizeram com que o Mono Jojoy fosse guerrilheiro, e, além disso, há milhares de combatentes farianos que hoje em dia recebem a experiência e o conhecimento necessário para ocupar o lugar dos Caídos.

Quem pensa que um combatente insurgente não é consciente de que sua vida pode se extinguir biologicamente no meio da guerra é porque sua concepção do mundo e da vida, e seus escassos valores o impedem de compreender que um guerrilheiro, desde o momento em que entra nas filas, já deu sua vida pela Revolução, e sabe que no curso da mesma, sua vida individual pode se extinguir. Mas o que não se extingue jamais é a vontade e a capacidade de luta dos explorados, por isso quem pensa que ao matar um comunista em combate se desfez dele definitivamente, raciocina como quem enterra uma semente pensando que a matou e que não voltará a ouvir falar dela, ignorando que dessa mesma terra brotará uma nova vida que superará em magnitude a anterior.

Homens como o comandante Briceño não podem ser mortos, porque já foram semeadores de quadros revolucionários, de experiências, de ensinamentos, porque a essa altura o Mono Jojoy já reproduziu mais comandantes guerrilheiros que os que havia quando entrou nas filas revolucionárias. O infame assassino Juan Manuel Santos não é ninguém comparado ao comandante Briceño, não se comparam em astúcia, em inteligência e muito menos em qualidade humana, e nem por isso as FARC confundem o ato de matar Santos ou algum oligarca colombiano com o ganhar a guerra contra uma e genocida. A vitória não depende de quantos homens matem nem de como se chamam, a vitória será uma consequência da luta de es onde os explorados haverão de vencer. A vitória, mais cedo ou mais tarde, será na Colômbia para as FARC-EP e para quem viveu pela luta que haverá de emancipar seu povo. Aí estiveram e estarão sempre o comandante Manuel Marulanda Vélez, o comandante Jacob Arenas, o comandante Raúl Reyes, o comandante Ivan Rios e o comandante Jorge Briceño.

Proletários de todos os países, uniu-vos!

Tradução: Valeria Lima