Casabianca morreu para nascer em milhares
Comunicamos aos povos do mundo que nosso Presidente, camarada Carlos Luis Casabianca, faleceu nesta madrugada.
Casabianca, militante, dirigente, poeta, combatente, em síntese REVOLUCIONÁRIO, nunca se cansou de repetir a famosa frase do camarada Julius Fucik, aquela que diz “PELA ALEGRIA VIVI, PELA ALEGRIA MORRO. QUE NINGUÉM ASSOCIE MEU NOME À TRISTEZA. HOMENS, EU VOS AMEI! VELAI-VOS!”
Renderemos homenagem permanente ao camarada Casabianca porque estamos certos de que ele velará sempre pelo triunfo da alegria e do socialismo, junto a tantas camaradas, tantos camaradas que com seu heroísmo continuam iluminando o caminho para a nova sociedade de mulheres e homens livres.
Devemos dizer que lamentamos profundamente o falecimento do camarada Casabianca, porque é um dos imprescindíveis, porque a profunda dor de sua partida radica em que essa interminável energia envolta de sagacidade, lucidez, amor, firmeza e criatividade já não sairá de seu corpo. É por isso que tanto nos dói.
No entanto, assim como Antonio, Carmen, Ananías e tantas e tantos, o camarada Casabianca se converterá em milhares de militantes revolucionários que multiplicarão os esforços para anular e superar o sistema capitalista da maneira mais humanista, construindo a pátria socialista e comunista, no máximo sentido Martiano de “Pátria é Humanidade”.
Estaremos velando o camarada Casabianca a partir das 7 horas desta manhã, no Salão de Velórios San Blas, localizado na Avenida Marechal López Nº 645 esquina Capitán Urbieta (entrando na Assunção por Mcal. López é a quatro quadras da Avenida Perú), junto de sua família sanguínea e política.
Em seus últimos dias, o camarada Casabianca continuou militando, compartilhando as necessárias e vitais tarefas – com aqueles que estiveram acompanhando sua internação hospitalar – para derrotar o imperialismo norte-americano, que é o verdadeiro e mafioso governante do Paraguai e que tem como operadores Horacio Cartes e as cúpulas colorada e liberal.
Temos a total convicção de que a militância democrática e revolucionária do Paraguai e do mundo honrará sua vida e obra forjando a unidade, a organização, a combatividade, a solidariedade e a lucidez para que a vida, o pão e a paz sejam uma realidade para cada ser humano em cada canto do Planeta Terra.
Casabianca Presente, agora e sempre!
Partido Comunista Paraguaio
29 de outubro de 2015
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Breves notas biográficas sobre Carlos Luis Casabianca
Carlos Luis Casabianca, militante revolucionário e comunista, nasceu em 3 de maio de 1927, em Assunção, Paraguai.
Filho de Carlos Casabianca, escrivão, e de María Luisa Rodríguez, mãe exemplar e dona de casa. Teve 4 irmãos: Rafael, Raúl, Gladys e Gloria.
Estudou no Colégio Nacional da Capital, de 1940 a 1946 e, depois, formou-se advogado pela Faculdade de Direito da Universidade Nacional de Assunção, em 1954.
Foi delegado estudantil em vários momentos, tanto no Centro Estudantil “23 de outubro” como no curso de Direito. Por este motivo, foi perseguido, preso e torturado em varias oportunidades.
Desde muito jovem foi membro do Partido Revolucionário Febrerista (PRF), como toda sua família. Durante sua vida universitária, integrou a corrente interna “Bloco de Esquerda Libertação”, do PRF, que atuava com o Partido Comunista Paraguaio na luta pelas reivindicações populares, pela paz e pelo socialismo, contra a tirania tanto do General Morínigo como do General Stroessner.
Em 1955, afiliou-se ao PCP junto com vários militantes do “Bloco de Esquerda Libertação”.
Na militância política e na luta antiditatorial conheceu Carmen Soler, com quem se uniu em 1957, já no exílio em Buenos Aires, onde ela faleceu em 1985, depois de ter lutado apaixonadamente pela libertação de nosso povo e de nossa pátria.
Com Carmen, Carlos Luis voltou ao Paraguai constituindo a direção clandestina da Frente Unida de Libertação Nacional (FULNA), que foi uma ferramenta concebida pelo PCP para organizar a luta armada sob a forma de Guerra de Guerrilhas, considerando que a análise da organização, em 1956, era de que o tirano Stroessner não cairia nem abandonaria o poder pela via democrática.
Casabianca foi perseguido, encarcerado, torturado e exilado como consequência de sua luta firme contra a tirania militar fascista de Alfredo Stroessner, pela libertação nacional e pelo socialismo.
Depois da queda do tirano Stroessner, Carlos Luis radicou-se definitivamente no Paraguai, ocupou diversos cargos de luta: membro do Comitê Central do PCP, Diretor de seu jornal “¡Adelante!”, membro da Comissão da Verdade e Justiça do Paraguai, membro do Movimento Nacional de Vítimas da Ditadura e da Mesa Nacional pelos Direitos Humanos.
Trabalhou como jornalista, advogado, vendedor de livros, operário de construção e docente na Universidade de Estocolmo, entre outras ocupações.
Faleceu sendo Presidente do Partido Comunista Paraguaio.
O ideal democrático e socialista é uma chama inextinguível que iluminou e deu sentido a sua vida e a sua luta.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)