Nas urnas e nas ruas contra a máfia e a narcopolítica

Neste 15 de novembro travaremos uma batalha eleitoral em 163 distritos de nosso país, com um projeto de democracia direta e participativa que fortaleça a construção do poder popular nos distritos e, também, nos lugares de trabalho e de estudo, nas comunidades e bairros, com total certeza de que a luta de massas organizada e mobilizada é a única garantia para derrotar a máfia e a narcopolítica que desgovernam nosso Paraguai em prejuízo das maiorias trabalhadoras do campo e da cidade.
Nós, as e os comunistas, participamos desta luta eleitoral dentro da Frente Guasu e chamamos a votar na Lista 40 em todo o país.

Estamos vivendo tempos muito difíceis em nosso país. Crise econômica, fome no campo, falta de trabalho, ausência de seguridade social, aumento da delinquência, saqueio de recursos naturais e de empresas públicas, crise nas Forças Armadas, crise na Polícia Nacional, criminalização e repressão do protesto social e da oposição política, profunda crise e corrupção no Poder Judiciário são algumas das trágicas expressões do desgoverno da máfia e da narcopolítica, liderado localmente por Cartes e pelas cúpulas colorada e liberal, e internacionalmente pelo imperialismo norte-americano.

Ao mesmo tempo, somos milhares e milhares que estamos saindo às ruas, marchando, ocupando estradas, fazendo greves, ocupando terras improdutivas, reclamando mercados para colocar produtos agrícolas e exigindo anistia de dívidas pelo total abandono do governo à agricultura camponesa, tomando e ocupando faculdades e colégios, nos manifestando nas praças, na frente das casas dos saqueadores e mafiosos, reclamando nossos legítimos direitos como trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, como estudantes, como camponesas e camponeses sem terra.

As e os estudantes nos mostraram claramente como se desafia o poder, como é possível conseguir massiva unidade e altíssimo grau de disciplina e organização para ser exemplo prático da nova sociedade pela qual lutamos.

Os trabalhadores da linha 49, junto com suas famílias, nos demonstraram que resistir com heroísmo e convicção tem sentido quando existe certeza de que a luta é justa.

Estas lutas estão pressionando por uma nova Greve Geral, prevista para 18 de dezembro deste ano, na qual as e os comunistas teremos ativa e leal participação.

Somos muito conscientes da conjuntura na qual estamos inseridos, panorama difícil e com grandes oportunidades de avanço dado o esforço do povo para unir-se, organizar-se e disputar o poder com a máfia governante.

Sabemos que a batalha eleitoral se em um escuro e podre cenário com um sistema eleitoral totalmente manipulado pelas cúpulas colorada e liberal. Por isso, entendemos que o enorme sacrifício da militância frentista deve ser valorizado. Em 15 de novembro colocaremos em prova a quebra de institucionalidade paraguaia e a acumulação de força eleitoral do campo popular.

Somamos nossa voz ao chamado para que o povo paraguaio trabalhador vote na Lista 40 em todo o país, com a consciência de que será mais um passo que só valerá a pena na medida em que reforçarmos nossa unidade pela autogestão e mobilização permanente, com a total confiança de que nas ruas conseguiremos derrotar a narcopolítica e a máfia, visando construir um governo dirigido pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores do campo e da cidade.

Comissão Política

Novembro de 2015

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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