Bolívia

Breve história sobre o Partido Comunista da Bolívia (PCB)

Crédito: www.pcbolivia.net Dezessete de janeiro é data convencional da fundação do PCB. A data está ligada a dias de protesto popular contra uma das habituais aumentos de tarifas do transporte e de preços de produtos de consumo amplo. O pais estava comandado por um governo reacionário. Mas na realidade já em fins de 1949 existiam algumas células que reivindicavam uma posição comunista, sobre a base ideológica do marxismo-leninismo.

Socialismo e poder comunitário na Bolívia: Mais uma vitória das forças antiimperialistas

Crédito: www.brasilautogestionario.org Por: Fernando Viana* No dia 6 de dezembro de 2009 ocorreram as eleições gerais na Bolívia. Com mais de 60% dos votos, as forças socialistas e antiimperialistas confirmaram o aprofundamento das mudanças que vive a “grande pátria”, como costumam dizer os bolivianos. Em discurso, na grande festa da vitória, na praça “Murillo”, em La Paz, Evo disse ter a obrigação de acelerar o processo de mudança, já que agora contará com dois terços do parlamento. Morales conta com apoio da COB (Central Obrera Boliviana), dos campesinos e dos povos indígenas que se colocam como protagonistas da construção de um poder comunitário.

Por que Evo ganhou?

Crédito: Pacocol Por: Atílio A. Boron Celebrávamos uma semana atrás o triunfo de Pepe Mujica no Uruguai. Temos hoje renovadas – e também mais profundas – razões para festejar a extraordinária vitória de Evo Morales. Tal como há algum tempo havia indicado o analista político boliviano Hugo Moldiz Mercado, o grande veredicto das urnas assinala pelo menos três marcos importantíssimos na história da Bolívia: a) Evo é o primeiro presidente democraticamente reeleito para dois mandatos sucessivos; b) é o primeiro, além disso, a melhorar a porcentagem de votos com que foi eleito na primeira vez: saltou dos 53,7% aos atuais 63,3%; e c) é o primeiro a obter uma esmagadora representação na Assembleia Legislativa Plurinacional. Além disso, mesmo antes de se ter os números definitivos, é praticamente certo que Evo obterá os dois terços no Senado e na Câmara de Deputados, o que lhe permitiria nomear autoridades judiciais e aplicar a nova Constituição sem oposição. Tudo isso o converte, do ponto de vista institucional, no presidente mais poderoso da convulsionada história da Bolívia. E um presidente comprometido com a construção de um futuro socialista para o seu país.

Viva a nova Carta Magna Boliviana

por Marcos Domich* É inegável que, na Bolívia, neste dia 25 de janeiro se produziu uma vitória popular, e não há argumentos válidos para negá-la ou a invalidar. Qualquer que seja a distribuição geográfica, a estrutura social da votação ou as orientações ideológicas e políticas que conformaram as cifras finais, a Nova Constituição Política do Estado deixou de ser um projeto para converter-se na nova Carta Magna que rege o rumo e aponta os destinos da Bolívia. Em qualquer parte do mundo 61,43% é uma aprovação inapelável. É óbvio que os resultados requerem uma leitura cuidadosa, que não seja produto nem de atitudes eufóricas nem de desânimos imotivados. Um plano de ações políticas necessárias deve sair de uma análise adequada, de modo a refletir, de fato, o que agora tem um respaldo popular com força constitucional.

Evo Morales à Jornada Continental de Solidariedade com a Bolívia

Mensagem do Presidente Evo Morales à Jornada Continental de Solidariedade com a Bolívia, Cidade de Guatemala, Outubro de 2008 Irmãos e irmãs, em nome do povo da Bolívia, saudações aos movimentos sociais do continente, presentes neste ato da Jornada Continental de Solidariedade com a Bolívia. Acabamos de sofrer a violência da oligarquia, que teve a sua mais brutal expressão no massacre de Pando, acontecimento que nos ensinou que ostentar o poder na base da prata e das armas para oprimir o povo é insustentável. Facilmente é derrubado, se não for baseado num programa e na consciência do povo. Estamos vendo que a nova conjuntura da Bolívia afeta os mesquinhos interesses de algumas famílias de grandes fazendeiros, que rejeitam, através da agressão, as medidas a favor do povo, como a distribuição mais equilibrada dos recursos do gás para nossos avôs e avós, assim como a distribuição de terras, as campanhas de saúde e alfabetização, entre outras.

SOLIDARIEDADE AO POVO E AO GOVERNO BOLIVIANO

As organizações políticas e sociais que firmam o presente manifesto dirigem-se aos povos irmãos e instituições da América Latina em geral e do Brasil e da Bolívia, em particular, no sentido de hipotecar solidariedade ao Presidente Evo Morales e ao processo de mudanças democráticas e culturais em curso na Bolívia, diante da radicalização dos conflitos políticos e sociais no país, provocada por setores oposicionistas que não respeitam a vontade majoritária do povo boliviano. É preciso lembrar que o Presidente boliviano foi eleito legítima e democraticamente, assim como a Assembléia Nacional Constituinte – que já cumpriu sua tarefa de elaborar uma proposta de nova constituição – também foi criada e eleita pela vontade soberana do voto popular. Ressalte-se que o governo boliviano se conduz estritamente nos marcos legais e democráticos e procura fazer com que os recursos naturais do país estejam a serviço do conjunto da população.

BOLÍVIA: À ESQUERDA, NÃO BASTA GANHAR ELEIÇÕES!

A difícil situação da Bolívia depois do referendo de 10 de Agosto analisada por Ivan Pinheiro tem, entre outros méritos, o de de ser feito por quem conhece directamente a situação, pois esteve na Bolívia antes, durante e depois do referendo. Ivan Pinheiro (*) – 25.08.08 Evo Morales foi consagrado em meio ao seu mandato, em referendo convocado por ele próprio, com 67% dos votos, ou seja, 14% a mais do que quando foi eleito Presidente, em 2005 (53%). Até na Meia Lua, onde viceja o separatismo, Evo dividiu o eleitorado: ganhou em Pando, empatou em Tarija e perdeu de pouco em Beni e Santa Cruz de la Sierra. Do total de nove Departamentos (Estados) da Bolívia, ganhou em sete. Mesmo nos dois em que perdeu, teve mais votos que em 2005. Em La Paz que, junto com El Alto, tem um terço do eleitorado nacional, Evo Morales teve 83% dos votos.

PCB SAÚDA VITÓRIA DE EVO MORALES

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) expressa publicamente seus cumprimentos ao presidente Evo Morales, a seu governo, aos partidos e movimentos que lhe dão

REFERENDO REVOGATÓRIO NA BOLÍVIA

EVO GANHA UMA BATALHA, MAS A GUERRA CONTINUA Escrevo na manhã de segunda-feira, após o referendo, cujo resultado oficial só será conhecido dentro de uma semana. A votação e a apuração ainda são manuais por aqui. À noite, foram divulgadas algumas pesquisas de boca-de-urna e projeções, a partir de poucos votos apurados. Portanto, nada até agora é oficial. A julgar por todos os prognósticos, Evo Morales será consagrado em meio a seu mandato, com mais votos (mais de 60%) do que quando foi eleito Presidente, em 2005 (53%). Na Meia Lua, Evo ontem teve em média, 40% dos votos; nos demais departamentos, cerca de 80%.

Sobre os ombros de Kornilov

Por: Jorge Sanmartino* (especial para ARGENPRESS.info) Originalmente publicado em 06/08/2008 A Central Operária da Bolívia (Central Obrera de Bolívia, COB) iniciou no dia 21 de julho, uns quinze dias antes do referendo revogatório, uma greve geral por tempo indeterminado com bloqueio de vias e manifestações permanentes até que seu projeto de lei sobre pensões seja votado no Congresso Nacional. É o protesto mais importante que a COB realiza em anos. Jaime Solares, o mais radical dentre todas as lideranças da COB, defendeu inclusive que, no caso do projeto não ser aprovado, fariam um “voto de castigo”. O atual Secretário Executivo da Central Operária do Departamento de Oruro, foi Secretário Executivo da COB até 2006. De tom combativo, Solares parece invocar Lênin para exemplificar alguns de seus próprios atos. Poderíamos então invocar os conselhos do velho líder bolchevique para exemplificar o que hoje está fazendo a COB? Porque sua greve geral por tempo indefinido, com bloqueio da principal estrada do país, explosão de pontes com dinamite e enfrentamentos diretos, acaba de cobrar a vida de dois mineiros de Huanuni e mais de 30 feridos.