Brasil

ENTREVISTA COM IVAN PINHEIRO, SECRETÁRIO GERAL DO PCB

Crédito: PCB (Jornal do Commercio, de Pernambuco, edição de 14 de março de 2010) PCB LUTA PARA VOLTAR AO CENARIO POLITICO PARTIDÃO ENALTECE FIGURAS HISTÓRICAS E BUSCA INSPIRAÇÃO NO PASSADO PARA SER RECOLOCADO COMO UMA DAS REFERÊNCIAS DA ESQUERDA NO BRASIL GILVAN OLIVEIRA O QUASE NONAGENÁRIO PCB tenta se reinserir no plano político buscando inspiração em seu passado. O “Partidão” traçou a estratégia de enaltecer as trajetórias de seus militantes históricos e apresentá-las como referência aos seus atuais filiados e aos interessados em ingressar na sigla. Esse seria um dos caminhos para recolocar o PCB como referência na esquerda no país, afirma o secretário geral do comitê central do PCB, o advogado Ivan Pinheiro (RJ), pré-candidato dos comunistas a presidente nas eleições deste ano.

PCB: 88 ANOS DE LUTAS

Crédito: PCB/PE A história do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 25 de março de 1922, confunde-se com a história das lutas dos trabalhadores e do povo brasileiro por condições dignas de vida, contra a exploração capitalista e em favor de uma sociedade igualitária, a sociedade socialista. O PCB surgia em meio ao contexto internacional de vitória da Revolução Soviética de 1917 na Rússia e da criação da Internacional Comunista em 1919, episódios históricos que sinalizavam, para o movimento operário e sindical no Brasil, a possibilidade real de vitória das forças proletárias no combate ao capitalismo. Os anos iniciais de formação foram marcados por imensas dificuldades, principalmente em função da violenta repressão policial desencadeada sobre os comunistas e sobre o nascente movimento operário pelos governos da Velha República. Isto não impediu que o PCB começasse a exercer importante influência no interior do proletariado brasileiro, divulgando as conquistas da Revolução Bolchevique e as ideias contrárias ao capitalismo através do jornal A Classe Operária, mas também por meio de palestras, festas nas sedes dos sindicatos, revistas, livros, panfletos e artigos publicados na imprensa sindical. Os intelectuais Astrojildo Pereira e Octávio Brandão, que iniciaram sua militância no movimento anarquista, muito contribuíram para a formulação das teses marxistas sobre a realidade brasileira, propondo a aliança dos trabalhadores da cidade e do campo contra o imperialismo e o poder do latifúndio no Brasil. No final da década de 1920, o PCB participou de eleições municipais e nacionais sob a legenda do Bloco Operário e Camponês (BOC), elegendo representantes na Câmara do Rio e lançando um candidato negro – o operário Minervino de Oliveira – à Presidência da República.

GREGÓRIO BEZERRA: UM EXEMPLO DE REVOLUCIONÁRIO

Crédito: PCB PCB ENTREGA, EM RECIFE, A MEDALHA DINARCO REIS, IN MEMORIAM, A JURANDIR, ÚNICO FILHO VIVO DE GREGÓRIO BEZERRA “Em 1935, a gente tinha armas, mas não tinha massa; Em 1964, a gente tinha massa, mas não tinha armas.” (Gregório Bezerra) Sem subestimar o fundamental papel dos intelectuais revolucionários, é impressionante como a inserção de um comunista na massa, como um peixe dentro da água, lhe permite, com uma sábia simplicidade, resumir e transmitir ao povo teses de importância prática e teórica.

RESOLUÇÕES DO XIV CONGRESSO DO PCB!

Chamamos a atenção para a principal resolução do Congresso, “ESTRATÉGIA E TÁTICA DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA BRASILEIRA”, que orientará a ação política do PCB

MÁRIO ALVES, A DIGNIDADE DE UM REVOLUCIONÁRIO

Crédito: PCB *OTTO FILGUEIRAS As praias do Rio de Janeiro encheram-se de velas no dia 3l de dezembro de 1969. O sol rompeu forte no ano novo e avisou que até o calor seria de amargar. Às 20 horas do dia 14 de janeiro, Bruno Maranhão esperava na rua Brás de Pina, conforme o combinado. Lá adiante, avistou Mário Alves. O jornalista explicou que não comparecera ninguém no ponto dele às 18 horas. Mário faria parte da primeira turma a entrar no local da reunião e sabia do ponto de Bruno porque fora ele que passara a outro companheiro e estava ali para trocar opiniões sobre o desencontro. Bruno cismou, mas Vila ponderou que o pessoal deveria estar com dificuldade para arranjar o aparelho onde seria realizada a reunião do Comitê Central. Por medida de segurança saíram do local e caminharam trocando idéias sobre a prisão do militante na fuga do assalto no Souto Maior e posteriormente de alguns simpatizantes.

PORQUE ADERIMOS AO PCB

Crédito: PCB Nota Oficial do Coletivo União Comunista Nosso Coletivo se formou com base na disposição de alguns militantes, em sua maioria rompidos com o PSTU no final dos anos noventa, de resistir ao processo de institucionalização e de capitulação ao regime democrático-burguês das organizações de esquerda no Brasil. Combinada com essa disposição, estava a intenção de batalhar pelo reagrupamento dos revolucionários, necessidade vital ante a ofensiva do capitalismo desde o desmonte da União Soviética. Considerando as condições da conjuntura adversa, as debilidades de um punhado de militantes isolados, podemos dizer que sua trajetória rendeu alguns frutos. Nosso coletivo não se restringiu a discussões internas, manteve uma permanente ação militante, editou panfletos, boletins e até mesmo um jornal regular, O Proletário. Além disso, orientou seus membros no sentido de se estruturar e se organizar junto a nossa classe, animando suas atividades sindicais e culturais.

BENVINDOS OS CAMARADAS DO COLETIVO UNIÃO COMUNISTA

Crédito: PCB O PCB se orgulha de receber em suas fileiras os camaradas que compunham o Coletivo União Comunista, com os quais, nos últimos anos, vínhamos mantendo um respeitoso diálogo, passando em revista nossos pontos de vista sobre os caminhos da revolução brasileira. Este fato histórico se dá no momento em que o PCB tem chamado a atenção dos verdadeiros comunistas brasileiros, em função das mudanças que vem operando em sua linha política e em sua concepção de partido, rompendo com as ilusões reformistas e apontando para a necessidade de luta para além da institucionalidade burguesa. Temos, com o mesmo orgulho, recebido camaradas que vêm de outras organizações e coletivos, com culturas e referências teóricas e práticas diferenciadas. Não temos tornado públicos estes recrutamentos individuais em respeito a eles e às organizações de onde vêm. No caso da União Comunista, por se tratar de um coletivo agora dissolvido e por ter tornado pública sua consensual adesão, por decisão soberana de seus ex-membros, permitimo-nos tecer algumas considerações.

A história de um valente (1900-1948) – 1ª Parte

Crédito: coletivopaulopetry.blogspot.com Por: Luciano Morais e Roberto Numeriano No dia 13 de março de 2010 serão comemorados os 110 de Gregório Lourenço Bezerra. O lendário militante comunista, líder camponês e ex-Sargento do Exercito, será homenageado pela Fundação Dinarco Reis (FDR), onde entregará a medalha que lembra os heróis do povo brasileiro na luta pelo socialismo. A FDR será representada por Ivan Pinheiro e Dinarco Reis, ambos do Comitê Central do PCB, neste Evento que será realizado na Câmara de Vereadores do Recife às 9 horas. A homenagem contará também com a presença do músico paraibano e militante do PCB Vital Farias

PCB: 88 anos de luta!

Cartaz* comemorativo aos 88 anos do Partido Comunista Brasileiro – PCB. Fundado em 25 de março de 1922. 25 de março de 2010.

“É triste estarmos falando em lulismo”

Entrevista com Mauro Iasi (de Renato Godoy de Toledo) Brasil de Fato – edição 365 – de 25 de fevereiro a 3 de março de 2010 Mauro Iasi, historiador, é fundador do PT é, atualmente, membro da Comissão Política Nacional do Partido Comunista Brasileiro (PCB) Em 1980, o senhor acreditava que o partido tornaria-se o mais importante do país em 30 anos? Se sim, imaginava que seria dessa forma? Mauro Iasi – No contexto de 1980, nos preocupávamos menos com a “importância” do partido que estava nascendo e mais com a necessidade de expressão política dos setores explorados pelo capitalismo, como dizia o manifesto de fundação do PT. O PT, hoje, é um dos principais e um dos maiores partidos do cenário político brasileiro, no entanto, o preço pago para atingir tal dimensão foi, em grande medida, o abandono dos princípios e metas políticas que estavam presentes em sua origem.