Movimentos
FATOR PREVIDENCIÁRIO: ACORDO DAS CENTRAIS COM O GOVERNO NÃO PASSA DE UM SIMULACRO
Por: Renato Nucci Junior
(Militante e dirigente do PCB-São Paulo)
Em todos os países onde se aplicaram as políticas neoliberais, a previdência social foi um dos alvos preferidos de ataque. Como o programa neoliberal aponta para um desmonte dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores através de um conjunto de reformas de caráter regressivo, a justificativa usada para atacar a previdência foi a de acusá-la de ser causadora de um grave pecado aos olhos dos neoliberais: o de alimentar o déficit público. Reformas de caráter regressivo foram empreendidas no sentido de retirar direitos e tornar mais difícil o acesso aos benefícios previdenciários, entre eles a aposentadoria.
EDITORIAL DO BRASIL DE FATO
EDITORIAL DO BRASIL DE FATO
Desafios da luta em defesa do petróleo
3 de setembro de 2009
O governo anunciou no dia 31 de agosto o marco regulatório do petróleo extraído da camada pré-sal. Segundo o presidente Lula, representa “um novo dia da independência para o Brasil”. É verdade que, com o pré-sal, o Brasil entrou para o time dos maiores portadores de reservas, o que altera sua posição na geopolítica do petróleo, na economia mundial e a relação com o imperialismo.
QUEM MATOU MEU IRMÃO?
QUEM MATOU MEU IRMÃO?
*Ruy Guimarães
“O mundo não terá fronteirasNem Estados, nem militares para proteger EstadosNem Estados para proteger militares prepotênciasQuando os trabalhadores perderem a paciência(…)”
Mauro Iasi
Diz o dito popular que agosto é o mês do desgosto. E este agosto de2009 faz a gente pensar se não há um quê de sabedoria nas crendicespopulares. Escândalos escandalosos por todo o país. Como cantava ogrande Renato Russo, “na favela, no Senado [principalmente lá], sujeira pratodo lado, ninguém respeita a Constituição”.
Porque a economia brasileira nao foi tão atingida ate agora pela crise internacional do capitalismo?
Fabio Bueno
Em finais de 2008 avaliávamos corretamente que a crise econômica internacional, iniciada nos países do centro capitalista em 2007, seria a mais severa desde a II Guerra Mundial. Esta percepção balizou nossa tática de apostar em um horizonte de graves problemas econômicos e intensa agitação política, os quais poderiam alterar a correlação de forças contra a burguesia local e internacional.
Passados quase dois anos do início da crise internacional no centro capitalista, o cenário esperado no Brasil ainda não se consolidou, pois a intensidade da crise em nossa economia, até o momento, mostra-se menor que o esperado e a correlação de forças não mudou significativamente.
Informe aos amigos sobre a ofensiva da imprensa burguesa contra o MST
Fizemos uma mobilização em todo o país e um acampamento em Brasília em defesa da Reforma Agrária e obtivemos vitórias importantes, relacionadas à solução dos problemas dos trabalhadores do campo. A jornada de lutas conquistou do governo federal medidas fundamentais, embora estejamos longe da realização da Reforma Agrária e da consolidação de um novo modelo agrícola. Além disso, demonstrou à sociedade e à população em geral, que apenas a organização do povo e a luta social podem garantir conquistas para os trabalhadores e trabalhadoras.
A principal medida do governo, anunciada durante a jornada, é a atualização dos índices de produtividade, que são utilizados como parâmetros legais para a desapropriação de terras para a Reforma Agrária. Os ruralistas, o agronegócio e a classe dominante brasileira fecharam posição contra a revisão dos índices e passaram a utilizar os meios de comunicação para pressionar o governo a voltar atrás. Estamos atentos. Se no dia 03, data prevista para a publicação da portaria, o governo descumprir o acordo, não vamos aceitar calados.
“Quando matam um Sem Terra”
“Quando matam um Sem Terra”
Por: Pedro Munhoz
1.
Quem contar traz à memória,
sabendo que a dor existe,
quando a morte ainda insiste,
em calar quem faz a História.
Pois quem morre não tem glória,
nem tampouco desespera,
é um valente na guerra,
tomba, em nome da vida.
Da intenção ninguém duvida,
quando matam um Sem Terra.
Ildo Sauer e o pré-sal
Durante a campanha de 2002, houve um longo debate sobre a necessidade política de suspender novas licitações de poços.
Todas as grandes reservas de petróleo no mundo estão hoje nas mãos dos Estados nacionais e de suas empresas estatais.
Lamentavelmente, o governo Lula manteve as concessões iniciadas na gestão Fernando Henrique.
E fez isso mesmo depois de saber do sucesso de exploração do campo de Tupi, em julho de 2006.