COMUNICADO DA CRB: SOLIDARIDADe CONTRA a arbitrariedade sofrida pelo diretor da anncol

MONTAÑAS DE COLOMBIA, 9 MAI. 2011, TRIBUNA POPULAR TP.- A Cadena Radial Bolivariana (CRB), Voz de la Resistencia, deplora a detenção arbitrária de Joaquín Pérez Becerra, Diretor da Agencia de Noticias Nueva Colombia, ANNCOL, no aeroporto internacional de Maiquetía (Caracas, República Bolivariana da Venezuela).

De nada adiantaram os protestos e as vozes levantadas, dos setores democráticos aos revolucionários do continente, clamando a libertação imediata do comunicador social, visando impedir sua entrega ilegal à matilha fascista, representada pelo governo criminoso de Juan Manuel Santos, da Colômbia. Este governante é o mesmo personagem que, como ministro de defesa durante o período presidencial do estripador Álvaro Uribe Vélez, encabeçou a fase de execuções extrajudiciais, assassinatos imperdoáveis, perpetrados pelas forças armadas do regime, eufemisticamente denominados “falsos positivos”, e que cobraram a vida de, pelo menos, 1200 pessoas inocentes, covardemente, apresentadas como guerrilheiros, dados como mortos em baixa de combate.

O comunicador foi totalmente isolado desde o momento de sua captura, ainda que tenha entrado no país vizinho de maneira legal, identificando-se como cidadão sueco, nacionalidade que adquiriu como perseguido e refugiado político há uma década, e com a qual se movia pela Europa sem nenhuma restrição. Sem o cumprimento de considerações éticas e jurídicas, o mesmo foi entregue pelas autoridades venezuelanas de maneira insólita e rápida ao governo colombiano, violando todas as garantias processuais, tal como denunciou o advogado de Joaquín Pérez Becerra e algumas organizações políticas, como o Partido Comunista da Venezuela e o Movimento Continental Bolivariano.

Não é a primeira vez que um fenômeno penoso como este ocorre em território venezuelano, durante o governo do Presidente Hugo Rafael Chávez Frías. Em épocas recentes, foram entregues, sem julgamento qualquer, pessoas acusadas de serem guerrilheiras ou militantes de organizações rebeldes, como as FARC, o ELN ou ETA, com o uso raso do imperialismo, colocando-as em condição de terroristas. É com esses argumentos que as autoridades do país irmão fazem o jogo da perseguição, tipo Plano Colômbia, à maneira das velhas ditaduras militares do Cone Sul, desencadeadas pelos regentes do capitalismo contra os lutadores populares.

Esta é uma afronta contra o movimento popular, pois, concomitantemente desvaloriza a genuína condição bolivariana e revolucionária do governo venezuelano e alimenta as nefastas paixões de um regime que, como o colombiano, vem desembocando a sua ira em função de destruir e silenciar aqueles que, inclusive com canetas e microfones, fazem esforços pacíficos para que o mundo conheça a opinião do outro lado participante da luta pelo poder político na Colômbia e, sobretudo, se interar da profunda crise humanitária em que o Estado colombiano mantém a população mais humilde de nosso país ensanguentado pela guerra de extermínio que seus governantes declararam para beneficiar as transnacionais do dólar.

Nós que respeitamos e consideramos os esforços do governo venezuelano por dignificar os povos do continente, expressamos nestas circunstâncias marcadas pelo absurdo que, mais além das motivações que o empurrem a antepor seus interesses de Estados frente aos clamores da nação granadina popular, ferida e ensanguentada sob o chicote de seus opressores, confiamos totalmente em que o Bravo Povo irmão, filho de nosso mesmo pai e história, manterá sua solidariedade incondicional às FARC-EP e à luta do sofrido povo colombiano. Estamos convencidos que, bem sabem os venezuelanos com decoro, nunca as concessões contra-revolucionárias serviram ou servirão para aplacar os ódios nem a voracidade de impérios, como o dos Estados Unidos, no seu afã por apropriar-se dos recursos naturais do mundo. Quem assim não crê, bem pode olhar no espelho da triste realidade que padece o povo líbio, hoje submetido às infâmias do império ianque e da Aliança Militar Atlântica.

Convocamos a solidariedade de todos os revolucionários do mundo e das agências de imprensa independentes e democráticas, para manifestarem-se a favor do decoro antiimperialista, contra a opressão fascista que padece a Colômbia nas mãos de seus assassinos oligarcas. Nenhuma pessoa que tenha amor pela dignidade humana pode converter-se em apoio às infâmias do regime de Juan Manuel Santos.

Fonte: www.pcv-venezuela.org

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza