Em 9 de maio, celebramos o aniversário da vitória dos povos contra o nazifascismo
Em 9 de maio, celebramos o aniversário da vitória dos povos contra o nazifascismo e mantemos o compromisso de luta contra a Europa da guerra e dos monopólios
O Comitê Executivo do PCPE, ante o 66º aniversário da vitória dos povos da Europa frente ao horror nazifascista, quer renovar o compromisso do conjunto de militantes do Partido em continuar a luta contra as políticas da União Europeia. Hoje, a UE é a expressão dos interesses dos monopólios, do grande capital e instrumento imperialista contra os povos do mundo.
É necessário recuperar e dignificar a memória autêntica dos (as) lutadores antifascistas que, em muitos países que atualmente compõem a UE, deram a vida e se sacrificaram para libertar seus povos da ameaça nazifascista, exemplo extremo sanguinário e violento da reação burguesa frente a uma classe trabalhadora triunfante, que demonstrava a possibilidade de um mundo sem exploração, ao mesmo tempo em que edificava o socialismo na URSS.
Perante aqueles que hoje, nos parlamentos, ministérios, comissões ou fundações, pretendem apagar a memória dos (as) lutadores antifascistas, recuperando os símbolos e mensagens dos colaboracionistas nazistas, utilizando uma pretensa equiparação do comunismo com o nazifascismo, o PCPE quer expressar sua admiração pela exemplar tarefa antifascista e de construção socialista empreendida em boa parte da Europa, em busca de sua libertação, por parte do Exército Vermelho.
Dessa forma, o PCPE apresenta a sua mais absoluta condenação acerca das medidas propostas e adotadas em diversas instâncias da UE, tendentes a criminalizar as idéias e as simbologias comunistas, assim como revisar a história para atenuar o papel daqueles que colaboraram com os regimes assassinos nazifascistas. Tal quadro se encaminha hoje para o desprestígio dos que lutaram por uma sociedade sem exploradores, na qual os povos, e não os interesses do grande capital, seja quem decide o rumo e o modelo socioeconômico a seguir.
Na Espanha, nos encontramos em plena campanha eleitoral, na qual se elegerão os representantes locais. Os partidos do sistema dedicam uma boa parte de seus discursos a legitimar as políticas da EU. Enquanto isso, o PCPE aproveita esta campanha eleitoral para realizar uma expressiva e decidida denúncia dos mecanismos de opressão que o capital desenvolve em nosso país, entre os quais os planos da União Europeia possuem grande importância.
As políticas anti-trabalhadoras e contra os interesses populares aprovadas pelos governos da UE, vêm causando massivas perdas de emprego em setores como a agricultura, a pecuária ou a pesca, transformando importantes zonas industriais em autênticos desertos, obrigando a juventude a emigrar. Estão assentando as bases para um projeto, que visa trazer para nosso país, um modelo econômico terciário, enfocado no turismo, carente de capacidade industrial e autonomia energética.
Neste plano, colaboram todas as instituições, estatais, autônomas e municipais, fazendo uso de milhares de milhões de euros em fundos europeus para o enriquecimento de algumas empresas, aplicando conscientemente políticas que não promovem mais que lesões constantes aos interesses do conjunto da classe operária e setores populares.
Nós, comunistas do PCPE, estamos comprometidos na luta contra os monopólios e as consequências do aprofundamento do caráter imperialista da União Europeia em todos os âmbitos. As consequências dos planos de estabilidade, o pacto pelo euro-plus (abono) e outras decisões tomadas pelo Conselho Europeu, a Comissão Europeia e pelo Eurogrupo, especialmente os “resgates” (recuperações) econômicos da Grécia, Irlanda, Portugal e, possivelmente, de mais países no futuro, afetam diretamente os serviços públicos, em todos os níveis, especialmente, o local e o autônomo. Isso ocorre, pois tais decisões implicarão em mais cortes, mais privatizações e mais espaços serão abertos para a acumulação capitalista, não para a satisfação das necessidades do povo.
Por tudo isso, hoje nós reafirmamos nosso compromisso de luta contra as políticas capitalistas da UE, dos governos estatais, municipais ou autônomos. Reafirmamos nosso compromisso com a classe operária e os setores populares que, hoje, são os principais afetados por essas políticas. Conclamamos aos (às) lutadores a organizarem-se no Partido Comunista, como via mais eficaz para iniciar o caminho da resistência e da luta frente aos contínuos ataques da oligarquia, nos permitindo acumular forças suficientes para iniciarmos a construção do Socialismo e do Comunismo em nosso país.
Comitê Executivo do PCPE
Madrid, 9 de maio de 2011.
Fonte: www.pcpe.es
Tradução: Maria Fernanda M. Scelza