Para enfrentar pandemias, contem sempre com Cuba

Na Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Prevenção, preparação e resposta frente a pandemias, o Presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, fez um chamado para «a adoção de políticas universais, redistributivas e solidárias, com o compromisso de não deixar ninguém para trás».

Autor: Alina Perera Robbio | perera@juventudrebelde.cu

Foto: Alejandro Azcuy

NOVA IORQUE – Depois do coronavírus nada será igual: o mundo mudou para sempre. É por isso que nesta manhã de quarta-feira, na Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Prevenção, Preparação e Resposta às Pandemias, o Presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, afirmou que “a pandemia da Covid-19 nos impôs uma lição triste e amarga, da qual somos forçados a aprender.”

“Este flagelo”, disse o Chefe de Estado, “revelou a fragilidade dos sistemas de saúde e pôs a nu a crueldade das desigualdades que caracterizam o mundo. Milhões de vidas foram perdidas, a maioria delas entre os mais pobres e vulneráveis. As pandemias não distinguem fronteiras, ideologias ou níveis de desenvolvimento” – refletiu o presidente -, “razão pela qual o enfrentamento a elas deve ser também global, superando as diferenças políticas.”

O Primeiro Secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba recordou que “durante a pandemia da Covid-19, o governo dos Estados Unidos aplicou isenções humanitárias temporárias aos países que foram vítimas das suas medidas coercitivas unilaterais. No entanto, excluiu os cubanos dessa ajuda humanitária temporária. Pior ainda, enquanto a pandemia ceifou milhões de vidas no planeta, o bloqueio criminoso contra Cuba intensificou-se a níveis sem precedentes e gerou dificuldades e atrasos na chegada de suprimentos e equipamentos médicos essenciais para enfrentá-lo, em particular, para a industrialização das vacinas cubanas.”

“As medidas obstaculizaram a aquisição de oxigênio medicinal em terceiros países e o fornecimento de ventiladores pulmonares”. Díaz-Canel afirmou que “apesar das adversidades, a nossa indústria biofarmacêutica e o potencial dos cientistas cubanos permitiram-nos criar, em tempo recorde, três vacinas e duas vacinas candidatas contra a Covid-19”.

«Enquanto no pior momento da pandemia as transnacionais e os estados mais ricos do Ocidente monopolizaram os meios necessários para combater a doença, Cuba colaborou enviando 58 brigadas médicas para 42 países e territórios, que se juntaram aos mais de 28 mil dos nossos profissionais de saúde que naquela época prestavam serviços em 59 nações.”

A Covid-19 mostrou, disse o dignitário, que a cooperação global é uma necessidade, não uma escolha. E enfatizou: “Cuba defende a adoção de um instrumento internacional robusto para a prevenção, resposta e recuperação frente às pandemias, sob a liderança da Organização Mundial da Saúde”.

“Apelamos à adoção de políticas universais, redistributivas e solidárias, com o compromisso de não deixar ninguém para trás”.

“O nosso país coloca as suas capacidades tecnológicas e científicas e os seus recursos humanos à disposição de todos os povos, para ajudar na prevenção, preparação e resposta às pandemias presentes e futuras”. O Presidente da Maior Ilha das Antilhas afirmou nesta sua segunda intervenção nas Nações Unidas: “Estamos prontos para desenvolver intercâmbios científicos e de saúde com os países interessados e oferecemos assessoramento para promover a colaboração internacional”.

“Também colocamos à disposição de todos os nossos protocolos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais, os resultados das nossas pesquisas no desenvolvimento de medicamentos inovadores de próxima geração e os resultados da investigação científica”.

«Cada país pode e deve contribuir com aquilo que está ao seu alcance. Os benefícios devem ser universalmente acessíveis a todos. Para avançar nesse caminho contem sempre com Cuba.

Movimentos de solidariedade acompanham a delegação de Cuba na ONU

Para apoiar a chegada a Nova Iorque do Presidente de Cuba, movimentos sociais colocaram centenas de faixas e cartazes em solidariedade à Ilha e contra o bloqueio dos Estados Unidos

Autor: Nuria Barbosa León | internet@granma.cu

Grupos de solidariedade com Cuba apoiaram a presença nos Estados Unidos da delegação cubana que participa das sessões de trabalho da Assembleia Geral das Nações Unidas. O grupo de solidariedade da cidade de Los Angeles injetou mais força em seu ativismo através do Comitê Hands Off Cuba.

Os ativistas centraram as suas acções em exigir que Cuba seja retirada da lista de Patrocinadores Estatais do Terrorismo do Departamento de Estado, bem como em continuar a luta contra o bloqueio criminoso promovido pela Casa Branca e as sanções que o justificam, bem como pela devolução do território ocupado na Baía de Guantánamo.

Para apoiar a chegada a Nova Iorque do Primeiro Secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e Presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, colocaram centenas de faixas e cartazes em solidariedade a Cuba e contra o bloqueio dos Estados Unidos. Sobre a visita do presidente, o ativista Manolo de Los Santos, publicou na rede social e um mundo sem sanções ou bloqueios. Em reunião realizada no dia 27 de agosto, juntaram-se representantes de outros grupos de solidariedade como o Santuário da Esperança, formado por jovens afro-americanos, que visitaram recentemente a ilha caribenha. Na segunda-feira, 4 de setembro, realizaram um grande protesto na região de Wilmington, patrocinado pelo sindicato da Associação Internacional de Maquinistas. Além disso, nos próximos dias serão exibidos o documentário Cubana 455 no âmbito do Dia Internacional de Acção contra o Terrorismo, em data próxima do dia 6 de Outubro e para recordar a sabotagem criminosa ocorrida em 1976, na qual morreram 73 pessoas.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)