É hora da virada! Haddad 13 contra o fascismo!

imagemPoder Popular

Em 48 horas ocorrerá a eleição mais significativa e importante do país desde a redemocratização.

Essa eleição ocorre numa quadra política completamente adversa, em que a classe trabalhadora sofre os maiores e mais dramáticos ataques de sua história recente. O governo golpista de Temer aprovou a emenda constitucional que congelou gastos públicos por 20 anos em áreas como saúde, educação, saneamento básico, infraestrutura, aprovou a terceirização em larga escala, precarizando empregos, impôs a reforma trabalhista que retirou conquistas históricas dos trabalhadores e deu pleno poderes aos patrões, colocando o negociado acima da lei, ameaçando direitos fundamentais como férias, décimo terceiro, salário mínimo, controle sobre condições de trabalho, direitos trabalhistas das mulheres e etc. Ainda tenta aprovar a reforma da previdência que tem por objetivo acabar com a aposentadoria de milhões de trabalhadores, dificultando o acesso a esse direito.

Soma-se a esse quadro o avanço da extrema direita, tanto nas ruas como na política institucional. Essa extrema direita com elementos fascistizantes avança com suas pautas conservadoras e repressivas, além de apresentar uma agenda econômica que pretende aprofundar a política de ajustes do governo Temer. A extrema direita organizada na campanha de Bolsonaro quer ir mais fundo na reforma trabalhista, criando empregos sem nenhum tipo de direitos e garantias, precarizando ainda mais a situação do trabalhador brasileiro.

O candidato fascista defende que as mulheres devem receber menos que os homens, dando um verdadeiro salto ao passado e ignorando décadas de avanço na legislação trabalhista para mulheres. Seu vice defende publicamente o fim do décimo terceiro. Bolsonaro e seus aliados, patrões e empresários assim como militares da extrema direita saudosos da ditadura, querem não apenas retirar direitos, como também criminalizar a luta e a resistência contra essa retirada de direitos. Ameaçam publicamente com prisão ou exílio os ativistas políticos e sociais, ameaçam fechar sindicatos e perseguir movimentos de luta por moradia e por terra, além de criminalizar toda a oposição.

Com Bolsonaro eleito presidente não apenas os direitos políticos, trabalhistas e sociais estarão ameaçados, mas a própria liberdade democrática também sofre sérios riscos. A forma de ameaçar toda forma de ativismo, que, segundo as palavras do Bolsonaro, vai ter fim, se assemelha à maneira como governos de extrema direita e militarizados como na Colômbia se portam diante da oposição interna. Na Colômbia cerca de 200 ativistas (dirigentes sindicais, populares, camponeses, estudantis) foram executados por grupos paramilitares que agem sem repressão nem controle do Estado.

Nossos direitos trabalhistas estão ameaçados, nossos direitos sociais e políticos também. Precisamos enfrentar o avanço da extrema direita e seu projeto de ditadura a serviço dos patrões e contra os trabalhadores.

Por isso, nesse segundo turno vamos todos votar 13, Haddad para presidente. O voto no Haddad é um voto para conter o avanço da extrema direita, para defender nossos direitos trabalhistas e garantir a possibilidade de lutar por mais direitos e por mais conquistas.
O voto no Haddad é um voto nas liberdades democráticas, é um voto que vai garantir a luta dos movimentos sociais, populares, sindicais.
O voto no Haddad é um voto na educação e na saúde pública, na revogação da emenda constitucional que congelou gastos públicos por 20 anos, possibilitando investimentos e geração de empregos.
O voto no Haddad é um voto na esperança contra o ódio. O voto no Haddad é um voto em defesa da classe trabalhadora e do Brasil.

Domingo é voto no 13, para continuar a lutando por teto, por trabalho, por terra, por pão e por direitos.

A luta continua… Pelo Poder Popular!

*Membro do Comitê Central do PCB