Revolução cubana: 60 anos de vitórias e desafios

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Contra os prognósticos dos adversários, a Revolução cubana chegou ao seu 60º aniversário com incontáveis êxitos, todos protagonizados por um povo que tem diante de si novos desafios para manter suas conquistas sociais.
Assombra a todos como a maior Ilha das Antilhas neste lapso de tempo, sendo um país de terceiro mundo, acumula conquistas tangíveis que emulam com indicadores de nações do chamado mundo desenvolvido. Prova disso é o campo da saúde, para citar um exemplo.
De acordo com o ministério de Saúde Pública, durante os primeiros cinco meses de 2018 Cuba alcançou a taxa de mortalidade infantil mais baixa registrada em sua história, com um índice de 3,9 por cada mil nascidos vivos, um décimo a menos que o reportado no país ao final de 2017.

O novo recorde evidencia a consolidação do programa materno infantil e dos esforços do governo na atenção primária, em lares maternos e unidades intensivas pediátricas.

O programa citado se propõe a manter em 2018 um registro inferior ao mínimo histórico de 4,0 registrado em 2017.

Nestes momentos e de cara com 2019 se prioriza a atenção com a mortalidade materna e as estratégias para melhorar os serviços de neonatologia, parto e pré-parto em toda a nação.

A despeito das limitações em que vive a Ilha, outros setores mostraram avanços no ano que acaba de finalizar, e um deles foi o turismo, o qual incrementou a cifra de habitações com a inauguração de novas instalações e a recuperação de outras.

Cuba também dá as boas-vindas a um ano mais da Revolução, com seu marcado altruísmo e solidariedade, pois até o momento o país ofereceu sua cooperação em 186 países durante 50 anos e mais de um milhão de cubanos prestaram serviços no exterior, tanto na América Latina e o Caribe como na Ásia e na África.

A Revolução cubana completará outro ano mais uma vez imersa em uma série de transformações que contribuíram para o reordenamento econômico e social de toda uma nação, daí que ao longo do chamado “verde caimán”, os cidadãos debateram sobre o projeto da nova Constituição.

O documento foi aprovado no segundo período ordinário de sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular, em sua IX Legislatura, em evento ocorrido há poucos dias no Palácio de Convenções da Capital.

Ali se convocou um referendo previsto a efetuar-se em 24 de fevereiro para que o povo vote em favor da nova carta magna.

O secretário do Conselho de Estado de Cuba, Homero Acosta, qualificou este acontecimento como único e democrático.

Nesta obra coletiva – assegurou Acosta – milhões de cubanos apresentaram ideias e critérios para melhorar o texto, e nenhuma proposta ficou sem ter sido levada em conta.

Cada cubano deve sentir-se orgulhoso de sua Constituição, sentenciou o secretário do Conselho de Estado, o qual recordou que depois virá outro árduo trabalho para aperfeiçoar o sistema jurídico.

Acosta considerou aspectos positivos no documento, como o papel e a importância da empresa estatal, que ganhará em autonomia, assim como os municípios, o que contribuirá para um maior desenvolvimento da nação.

Os debates em torno do projeto de Constituição tiveram início em 13 de agosto e se estenderam até 15 de novembro. Da consulta também participaram os cubanos residentes no exterior.

Cuba avança pelo caminho que seu povo escolheu, oprimido pelo recrudescimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de meio século.

De acordo com estimativas oficiais, entre abril de 2017 e março de 2018, o cerco norte-americano custou ao país caribenho mais de quatro bilhões e 321 milhões de dólares, que chegam a um total de 933 bi e 678 milhões de custo com as perdas sofridas pela Ilha antilhana em quase seis décadas de aplicação desta política hostil.

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