Toda solidariedade a Cuba!
A União da Juventude Comunista (UJC), juventude do Partido Comunista Brasileiro (PCB), expressa sua mais profunda solidariedade ao povo cubano diante da devastadora passagem do furacão Oscar, que resultou na morte trágica de seis pessoas e ocasionou transtornos na ilha e perdas, sobretudo na cobertura energética. Em tempos de adversidade, reafirmamos nossa confiança na capacidade do povo e do governo cubano de resistirem e reconstruírem sua nação, como têm feito bravamente ao longo de décadas de luta contra as mais diversas injustiças e sabotagens.
Neste momento adverso, testemunhamos, mais uma vez, a desonesta utilização dessa tragédia por aqueles que buscam atacar e deslegitimar a Revolução Cubana. Tentam culpar o socialismo por um desastre natural, ignorando tanto o bloqueio econômico imposto à ilha, quanto as mudanças climáticas provocadas pelo capitalismo globalizado, que intensificam a frequência e gravidade desses eventos.
Não permitiremos que essas tentativas de manipulação apaguem a verdade: Cuba, mesmo sob condições extremas, continua a ser um exemplo de dignidade e solidariedade internacionalista. E não apenas isso: Cuba respondeu à crise e reergue-se das dificuldades com rapidez e responsabilidade não vistas em muitos outros países capitalistas, mesmo tendo sua capacidade de obtenção de recursos boicotada.
A UJC se soma à mobilização solidária para ajudar o povo cubano que nunca hesitou em ajudar os países, de forma indiscriminada. Pedimos para que as doações se dirijam aos endereços indicados abaixo e que as contribuições sejam na chave PIX indicada. Reafirmamos nosso compromisso em fortalecer os laços de internacionalismo proletário em solidariedade ativa, assim como Cuba faz, sempre que necessário. Seguimos lutando pela construção de um mundo mais justo, onde os povos não precisem enfrentar os efeitos da crise climática, fruto da destruição ambiental promovida pela predatória sociedade de classes.
Comissão de Assuntos de Relações Internacionais da União da Juventude Comunista
23 de outubro de 2024
Locais de doação
Porto Alegre / RS: Associação Cultural José Martí do RS. Rua Vigário José Inácio, nº 303, Centro Histórico. Horário: de segunda a sexta, das 9h às 17h.
Rio de Janeiro / RJ: Associação Cultural José Martí do RJ. Avenida 13 de Maio, nº23, sala 1624, Centro. Horário: Quartas, quintas e sextas das 16h às 20h.
Maricá / RJ: Rua Almeida Fagundes, Casa 1, Centro. Horário: de segunda a sexta, das 10 às 16h.
Niterói / RJ: Casa da Utopia, Rua Alexandre Moura, nº61, São Domingos. Horário: de segunda a sexta, das 14h às 22h.
Vitória / ES: Triplex Vermelho, Rua 7 de Setembro, Centro. Horário: de segunda a sexta, das 14h às 20h.
O que doar?
Doe itens como água, leite em pó, arroz, macarrão, açúcar, alimentos enlatados, roupas, pilhas, baterias, lanternas, itens de higiene pessoal, cobertores e materiais de limpeza.
Como contribuir financeiramente?
Doe qualquer quantia via PIX para o CNPJ 34.131.511/0001-64 (Câmara Empresarial Brasil – Cuba). Dados bancários: Banco do Brasil, Agência 4770, Conta Corrente 13344-4.
*CUBA: APAGÃO E BLOQUEIO*
por Silvio Rodríguez
Cuba atravessa a sua maior crise energética, com praticamente toda a ilha e 10 dos 11 milhões de habitantes privados de eletricidade. Os apagões que vinham ocorrendo com frequência e duração crescentes há algum tempo transformaram-se agora em um colapso total do sistema elétrico após o desligamento de sua principal central termelétrica na quinta-feira, dia 17, que obrigou à suspensão das aulas e ao fechamento quase de toda a atividade econômica, enquanto autoridades e técnicos trabalham para restaurar o fluido. A população teme que esta situação conduza a uma fome iminente devido à deterioração dos alimentos.
A causa imediata da crise é a falta de combustível para abastecer suas termelétricas, agravada por uma situação climática que atrasou a chegada de um navio com óleo combustível. No entanto, a causa última é a mesma responsável pelos grandes e pequenos problemas da ilha: o bloqueio comercial e financeiro imposto por Washington há mais de seis décadas com o propósito declarado de matar de fome a população cubana e forçá-la a insurgir-se contra as suas autoridades.
Embora este objetivo sinistro tenha sido frustrado, as intermináveis dificuldades que Havana enfrenta para angariar divisas e adquirir bens essenciais levaram o país a uma escassez dilacerante de tudo o que é necessário para a vida cotidiana. Muitas vezes pensa-se que o argumento do bloqueio é um mero pretexto e esquece-se o caráter criminoso das dezenas de leis e decretos que compõem a mais densa rede de agressões desarmadas dirigidas contra uma nação soberana.
Sendo uma ilha situada no Mar das Caraíbas, a vocação econômica natural de Cuba encontra-se no turismo, e a sua localização a apenas 144 quilômetros dos Estados Unidos faz dos estadunidenses o seu mercado lógico e elementar. Mas as regras ilegais de Washington proíbem os seus cidadãos de viajar para a Ilha. A aplicação ilegal de sanções não atinge apenas os habitantes da superpotência, mas também qualquer empresa, de qualquer parte do planeta, que compre ou venda qualquer objeto – seja uma cebola, um medicamento para o câncer ou um caderno para estudo infantil.
– Havana está sujeita a ser perseguida e esmagada pelo país que controla ditatorialmente o sistema financeiro global. Uma das fontes de renda mais importantes para praticamente todos os estados latino-americanos e caribenhos, as remessas enviadas por seus compatriotas que trabalham no exterior também estão fechadas para Cuba porque não lhe é permitido o acesso ao sistema de pagamentos internacionais, um dos muitos tentáculos do imperialismo dos dos EUA.
Desde que Hugo Chávez chegou democraticamente ao poder na Venezuela, à frente da Revolução Bolivariana, Caracas tem prestado uma assistência inestimável ao povo cubano com os seus carregamentos de hidrocarbonetos. Mas como Washington tornou os venezuelanos vítimas das mesmas atrocidades que perpetra contra os cubanos, o governo de Nicolás Maduro teve de cortar a sua ajuda a Cuba, o que agravou ainda mais uma situação extremamente precária.
Da mesma forma, Havana está impedida de adquirir maquinaria, ferramentas e peças sobressalentes para reverter a deterioração da infraestrutura eletroenergética, pelo que as falhas continuarão a ser estruturais enquanto a bota de Washington sufocar a Ilha. Também não é permitido a Cuba o acesso às tecnologias necessárias para empreender a transição energética, apesar de, no discurso, o atual ocupante da Casa Branca e outros líderes ocidentais se proclamarem promotores da luta contra as alterações climáticas.
Neste século, com exceção da ação de Israel contra o povo palestino, nenhum país tem sido tão sistemática e duradouramente sádico com a população civil como os Estados Unidos no seu ataque contra os cubanos. O sofrimento humano e a privação de qualquer perspectiva de uma vida digna na sua própria terra são testemunho do total desprezo da classe política estadunidense pelo bem-estar do povo e pela liberdade de que falam.
*CUBA: APAGON Y BLOQUEO*
Cuba atraviesa su mayor crisis energética, con la práctica totalidad de la isla y 10 de 11 millones de habitantes privados de electricidad. Los apagones que venían sucediéndose con cada vez mayor frecuencia y duración desde hace tiempo, se convirtieron en una caída total del sistema eléctrico a raíz de la salida de servicio de su principal central termoeléctrica el jueves 17, lo cual obligó a suspender clases y a cerrar casi toda actividad económica mientras las autoridades y los técnicos trabajan para restablecer el fluido. La población teme que esta situación derive en una inminente hambruna debida a la putrefacción de los alimentos.
La causa inmediata de la crisis se encuentra en la falta de combustible para alimentar sus centrales termoeléctricas, empeorada por una coyuntura climática que retrasó la llegada de un buque con fuel oil. Sin embargo, la causa última es la misma que comparten los grandes y pequeños problemas de la isla: el bloqueo comercial y financiero impuesto por Washington hace más de seis décadas con el propósito declarado de reducir por hambre a la población cubana y obligarla a levantarse contra sus autoridades. Aunque dicho objetivo siniestro se ha visto frustrado, las dificultades interminables que debe enfrentar La Habana para captar divisas y adquirir insumos esenciales sí han llevado al país a una lacerante escasez de todo lo necesario para la vida cotidiana.
Muchas veces se piensa que el argumento del bloqueo es un mero pretexto y se olvida la naturaleza criminal de las decenas de leyes y decretos que conforman el más tupido entramado de agresiones no armadas dirigidas contra una nación soberana. Como isla ubicada en el mar Caribe, la vocación económica natural de Cuba se encuentra en el turismo, y su ubicación a sólo 144 kilómetros de Estados Unidos hace de los estadounidenses su mercado lógico y elemental. Pero las normas ilegales de Washington prohíben a sus ciudadanos viajar a la isla. La aplicación ilegal de sanciones no sólo afecta a los habitantes de la superpotencia, sino que cualquier empresa, de cualquier parte del planeta, que compre o venda cualquier objeto –así sea una cebolla, un medicamento para el cáncer o un cuaderno para que los niños estudien– a La Habana se atiene a ser perseguida y aplastada por el país que controla dictatorialmente el sistema financiero global. Una de las fuentes de ingresos más importantes para la práctica totalidad de los estados latinoamericanos y caribeños, las remesas enviadas por sus connacionales que trabajan en el exterior, también se encuentra cerrada para Cuba porque no se le permite acceder al sistema internacional de pagos, uno de los muchos tentáculos del imperialismo estadunidense.
Desde que Hugo Chávez llegó democráticamente al poder en Venezuela a la cabeza de la Revolución bolivariana, Caracas ha prestado un inestimable auxilio al pueblo cubano con sus envíos de hidrocarburos. Pero conforme Washington ha hecho a los venezolanos víctimas de las mismas atrocidades que perpetra contra los cubanos, el gobierno de Nicolás Maduro ha debido recortar su ayuda a Cuba, lo cual ha terminado de desbordar una situación sumamente precaria. Asimismo, a La Habana se le impide comprar maquinaria, herramientas y refacciones con que revertir el deterioro de la infraestructura electroenergética, por lo que los fallos seguirán siendo estructurales en tanto la bota de Washington asfixie a la isla. A Cuba tampoco se le permite acceder a las tecnologías necesarias para emprender la transición energética, pese a que, en el discurso, el actual ocupante de la Casa Blanca y otros líderes occidentales se proclaman impulsores de la lucha contra el cambio climático.
En el presente siglo, salvo Israel sobre el pueblo palestino, ningún país has sido tan sistemática y duraderamente sádico con la población civil como Estados Unidos en su embate contra los cubanos. El sufrimiento humano y el despojo de toda perspectiva de vida digna en su propia tierra son el testimonio del total desprecio de la clase política estadunidense hacia el bienestar de las personas y la libertad en nombre de la que hablan.
Lunes, 21 de octubre de 2024