ONG(s) pedem, novamente, à União Européia que condene os desaparecimentos na Colômbia

Estima-se que, em maio de 2011, no país, registrou-se o desaparecimento de mais  de  57 mil pessoas.

O Escritório Internacional de Direitos Humanos-Ação Colômbia (Oidhaco), que representa uma trintena de organizações de dez países europeus, pediu, novamente, à União Européia (UE) a condenação pública  dos desaparecimentos com caráter político na Colômbia. Ademais, em um comunicado, pediu, também, à UE que exija do governo colombiano uma “luta frontal” contra esses crimes, apoiando as vítimas e julgando os responsáveis.

A ONG destacou que o Escritório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos estabeleceu, em maio de 2011, a cifra superior a 57.200 como o total de desaparecidos, depois que, em 2010, registrara, em relação a 2009, um aumento de 40% dos casos de desaparecimentos com caráter político.

Ainda, recordou que, nesta sexta-feira, completa-se um ano do desaparecimento da ativista e ecologista Sandra Viviana Cuéllar, de 26 anos de idade.

Com base nesses acontecimentos, Oidhaco e outras ONG(s) pediram à UE uma manifestação pública contra os desaparecimentos com caráter político o que “não ocorreu”, segundo as mesmas fontes.

O porta-voz da organização, Vicent Vallies, mostrou sua preocupação com o “silêncio da UE diante desse drama que afeta milhares de pessoas”.

“Até hoje não temos notícias de Sandra e não vislumbramos ações do Governo (colombiano), visando localizá-la”, assinalou.

Do ponto de vista do porta-voz, o governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos,  ainda não tomou as medidas necessárias para finalizar o  processo de ratificação do Convênio Internacional sobre desaparecimentos com caráter político, o que considerou ser “muito grave e que não indica uma vontade de combater esses crimes”.

Oidhaco pediu à  UE “uma atitude mais firme” e que expresse publicamente suas preocupações com a impunidade e com as constantes violações dos direitos humanos durante o próximo Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

(Crédito da imagem: Diana Sánchez / Elespectador.com

Legenda da imagem: Uma vítima do deslocamento forçado mostra um par de fotografias de seus entes queridos desaparecidos.)