Movimentos sociais do Rio realizam ato contra o golpe no Paraguai
Lideranças sociais e sindicais consideram o impeachment do presidente Fernando Lugo como um golpe contra a América Latina
O Comitê Rio de Janeiro em Solidariedade ao Povo Paraguaio realizou um ato, nesta sexta-feira (29), em frente ao consulado do Paraguai na zona sul da cidade. Representantes de movimentos sociais, sindical e estudantil, se posicionam contra o impeacheament que destituiu Fernando Lugo, eleito pelo voto popular, da presidência do país. O objetivo é claro: impedir a continuidade dos governos progressistas na América Latina.
Participaram vários representantes de movimentos sociais tais como CUT, CTB, Centrais Sindicais, Sindipetro-RJ, Conlutas, Casa da América Latina, além de representantes de partidos políticos e de outras organizações sociais.
O diretor do Sindipetro-RJ, Francisco Soriano, apontou os interesses dos Estados Unidos em ter uma base militar bem no coração da América Latina, aproveitando o imenso aeroporto no Chaco paraguaio, “um ponto estratégico”, analisa Soriano. O aeroporto serviria como ponto de apoio para o deslocamento das forças especiais do Pentágono. Considerando, também, as terras da região, prontas para serem incorporadas à produção de commodities.
Por sua vez, o advogado Antonio Modesto da Silveira, caracterizou a situação como “um jogo do capitalismo. Um golpe branco, ilegal e, sobretudo, imoral para toda a América Latina”. E, avalia Modesto, para defender um processo democrático, que eleve e integre todos os povos do continente de forma civilizada e humanista, “é preciso encher as ruas com as massas que representamos para repudiar o golpe”.
Pela manhã, durante a da tradicional barqueata dos pescadores de Jurujuba em homenagem ao Dia de São Pedro. Bandeiras, faixas e camisas da campanha do petróleo, e faixas de apoio à democracia e contra o golpe no Paraguai foram levadas pelos barqueiros à procissão marítima, que passou pela Baía de Guanabara.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias