Movimento pede que população saia às ruas em apoio à paz com justiça social na Colômbia
Jornalista da Adital
Adital
No próximo dia 8, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano iniciam em Oslo, na Noruega, a mesa de negociações para encontrar uma solução ao conflito armado interno que já dura 50 anos no país. Nesta data, que marca também o 45º aniversário de morte de Ernesto Guevara, o Movimento Continental Bolivariano (MCB) chama a população de dentro e fora do país, os movimentos pela paz e as organizações sociais a se manifestarem pacificamente nas ruas em apoio à paz com justiça social na Colômbia.
Em comunicado, a presidência coletiva e a direção geral do MCB asseguram que as Farc sustentaram sempre a bandeira da solução pacífica ao conflito social e armado enfrentado pela Colômbia e que o diálogo não aconteceu antes por responsabilidade dos governos da oligarquia em acordo com o imperialismo, que sempre buscaram a guerra por lucrarem com ela.
O MCB alerta que esta vocação para a paz não significa aceitar a ordem neoliberal e a recolonização imposta pela classe dominante e o poder estadunidense. “Também não equivale a aceitar a desmobilização e a simples inserção legal dentro do um sistema político antidemocrático e excludente, dentro de estruturas econômico-sociais impregnadas de injustiças, exploração e desigualdades, como que as imperam na Colômbia”, deixam claro.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, estrutura integrante do Movimento Continental Bolivariano, defende uma paz não apenas originada da ausência de guerra, mas que venha junto com um acordo nacional que ajude a superar as causas que originaram o conflito.
Para mostrar sua disposição real em dialogar, o Movimento pede que o governo de Juan Manuel Santos acabe com o fogo bilateral antes de 8 de outubro, para gerar assim um clima menos tenso e mais propício aos debates e aos acordos.
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