Mentiras e fatos na guerra midiática contra Cuba

A guerra midiática contra Cuba, que nesses dias apresentou outro de seus episódios habituais, se baseia em quatro mentiras fundamentais:

a) Os prisioneiros em Cuba, que são objeto de controvérsia, se encontram encarcerados por suas ideias políticas.

b) O prisioneiro cubano Orlando Zapata Tamayo, que morreu recentemente por conta de uma greve de fome, estava na prisão por razões políticas.

c) Zapata Tamayo morreu como resultado de negligência ou ação deliberada dos médicos e autoridades políticas cubanas.

d) As Damas de Branco foram agredidas fisicamente por outros cidadãos e, em seguida, detidas violentamente por autoridades cubanas em Havana, no dia 18 de março de 2010.

Em primeiro lugar, os prisioneiros cubanos, os objetos da atenção, não foram julgados, e posteriormente condenados, por defenderem critérios políticos contrários ao sistema político no país. Cuba, assim como a maioria dos países do Norte, possui uma legislação que considera ilegal as ações de indivíduos que colaboram com uma potência estrangeira contra seu próprio país. Tomemos o caso dos EUA. Por exemplo, o Escritório para o Controle de Atuantes no Estrangeiro (OFAC sigla em inglês) é uma agência do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que deriva sua autoridade (entre outras fontes) da Ata de Comércio com o Inimigo. A cada ano, o Presidente dos EUA firma um memorandum a favor da continuação, por mais um ano, da aplicação da Ata de Comércio com o Inimigo. Assim, estabelece a continuação do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, como foi feito por Obama em 11 de Setembro de 2009. Não é comentado tecnicamente, mas com base em suas ações e propósitos, é perceptível que os Estado Unidos estejam levando a cabo uma guerra contra Cuba, objetivando que a ilha mude seu sistema político.

De acordo com o Código Penal dos EUA, ao amparo do Capítulo 115, intitulado Traição, Sedição e Subversão, a Seção 2381 estipula que “…Comete o delito de traição aquele que, devendo fidelidade aos Estados Unidos, faça guerra ou se associe aos seus inimigos, ajudando-os, dentro ou fora dos Estados Unidos”. E estipula: a pessoa que incorre nesse comportamento tipificado como delito de traição, pode ser sentenciada de morte ou encarcerada por, pelo menos, cinco anos, e multada por, ao menos, 10 mil dólares; estando inabilitada para assumir qualquer tipo de cargo público nos Estados Unidos. Em outras palavras, um cidadão norte-americano que colabora com uma potência estrangeira, com um país que os EUA considerem em guerra com eles.

Cuba, como muitos outros países, tem uma legislação similar. No ano de 2003, alguns cubanos foram julgados, entendidos como culpados e condenados à prisão por trabalharem à serviço da Seção de Interesses dos Estados Unidos, em Havana. Este órgão os financiava e os brindava com recursos materiais para subverter a ordem constitucional na ilha. Estes dados vem sendo publicados e podem ser corroborados.

Em segundo lugar, Zapata não foi julgado e condenado por fatos caracterizados como minimamente políticos. Os meios de comunicação de massa repetem o que querem para influenciar a opinião pública. De fato, Zapata, desde 1988, esteve envolvido com todo o tipo de atividades delinquentes. Porém, nenhuma delas tem relação com política. Havia sido preso e condenado, em várias ocasiões, por perturbar a ordem pública, duas acusações de fraude, exposição, lesões e posse de armas. No ano 2000, ele fraturou o crânio de um cidadão cubano e, mais uma vez na prisão, acumulou uma ampla lista de violência contra as autoridades da prisão. Foi colocado em liberdade condicional em março de 2003, onze dias antes da prisão e julgamento daqueles que as mídias externas à Cuba chamam de dissidentes políticos. Cometeu outro delito em 20 de março, sendo, novamente, levado à prisão.

Ainda que este último delito tenha ocorrido em março de 2003, coincidentemente no mês do julgamento dos chamados dissidentes, seu regresso para atrás das grades não teve nada que ver com esse fato. Foi apenas uma coincidência, utilizada pelos EUA para apresentar Zapata como um prisioneiro político. As poucas vezes que os meios de comunicação de massa fizeram alguma referência à ficha jurídica de Zapata, foram, invariavelmente, com o objetivo de ridicularizar a credibilidade e a posição cubana. Nunca mostraram ao público os fatos mencionados anteriormente, que foram perfeitamente acessíveis pela imprensa cubana.

Em terceiro lugar, Zapata Tamayo não morreu como resultado da falta de atenção ou de ações deliberadas dos médicos cubanos, nem das autoridades da prisão ou outras instituições. Uma reportagem especial da televisão cubana, exibida no dia 1º de março, explicou os detalhes que tiveram como consequência sua morte. Foi mostrado um vídeo, que ainda está disponível na Internet para os jornalistas estrangeiros interessados na verdade. No vídeo, podemos ver e ouvir os doutores cubanos, especialistas em nutrição e outros, atestando como fizeram todos os esforços possíveis para salvar sua vida. Explicou-se, com muito rigor científico, como o mantiveram com vida, mediante soros e outras técnicas. Porém, ao negar-se a ingerir alimentos, os órgãos começaram a deteriorar-se em um processo irreversível que conduziu à morte, apesar de todos os esforços. Uma psicóloga explicou como ela tratou de convencer Zapata a abandonar sua greve de fome e buscar outros métodos para lutar por suas reivindicações.

O vídeo mostra a própria mãe do recluso afirmando que seu filho recebera a atenção dos melhores médicos cubanos, pela qual ela estava muito agradecida. E, um detalhe muito importante, pode-se observar que as declarações da mãe foram gravadas e filmadas em conversas totalmente espontâneas, sem que ela tivesse conhecimento. Isso apaga qualquer suspeita, de quem quer que seja, de que foram declarações dadas sob a pressão das autoridades.

As declarações apresentadas posteriormente pela mãe de Zapata, nas quais culpou as autoridades cubanas, reforçam ainda mais a afirmação de como o falecido e sua mãe foram manipulados pelas forças norte-americanas. Essas forças pretendiam mais que condenar o tratamento ao prisioneiro. O objetivo maior é prosseguir, com intuitos puramente políticos, com uma campanha de desinformação para incriminar Cuba de supostas condutas de violações dos direitos humanos.

Em quem acreditar? Por que não mostram o vídeo cubano e dão ao público a possibilidade de tirarem suas próprias conclusões sobre o caso, em lugar de insistir na repetição da mentira no melhor estilo Goebbeliano? Vendo repetidas vezes e observando com muita atenção o vídeo original (mostrado na televisão cubana e, posteriormente, disponível na Internet), constatamos, uma vez mais, ao ouvir as palavras, as explicações e o estilo de trabalho dos especialistas cubanos que trata-se de uma das mais relevantes manifestações da sociedade cubana e de sua cultura política.

Qualquer pesquisador ou jornalista não-cubano que passe algum tempo na ilha e seja seriamente interessado em Cuba, reconhece que a sociedade cubana é profundamente humanitária. Para ela o ser humano e a vida em si são colocados em um pedestal. A humanidade é algo muito sagrado para os cubanos, algo intocável e os valores que respaldam e fundamentam estas concepções são aplicáveis a todos os seres humanos na ilha, independente de considerações de qualquer tipo. São esses valores que os cubanos, com muito sacrifício, vem expandindo além das fronteiras geográficas.

Os comentários e a sinceridade exibidos pelos especialistas cubanos são parte da vida cotidiana dos cubanos. Para os que já estão familiarizados com a vida desse povo, o testemunho visto na TV reflete uma atitude que é perfeitamente normal e natural, de se esperar em Cuba sempre, em qualquer circunstância.

É importante que os meios de comunicação de massa do sistema capitalista tratem de manter esta imagem de Cuba longe do alcance da opinião pública, para manipular as situações segundo sua conveniência. Ainda que o planeta inteiro estivesse concentrado nos sucessos do Haiti, após o terremoto de 12 de janeiro, as mídias norte-americanas que se encontravam no ar com as últimas notícias sobre os acontecimentos, durante 24 horas, por várias semanas, sempre encontraram uma forma de ocultar da opinião pública que os trabalhadores da saúde cubanos e outros especialistas estiveram no Haiti trabalhando, esforçadamente, durante onze anos e que o 12 de janeiro serviu apenas para intensificarem sua assistência. Sean Penn teve a coragem de mencionar este fato na entrevista.

É muito trabalhoso imaginar como é possível os jornalistas norte-americanos, com toda a técnica avançada e a alta especialização, passarem todo o tempo no Haiti e nunca cruzarem com um médico cubano ou algum dos trabalhadores da saúde que ali prestavam serviços. Ou então, com alguns dos milhares e milhares de haitianos que foram tratados e, em muitos casos, salvos pelas missões médicas cubanas durante os últimos onze anos e nas semanas que se seguiram ao terremoto.

Este bloqueio informativo é algo muito deliberadamente organizado e concebido. Digo isso porque, quando a ocasião se apresenta, como o caso da morte de Zapata, nota-se que é muito mais fácil fazer a opinião pública comprar mentiras, como a de que as autoridades de saúde cubanas e o sistema de saúde cubano necessitam, no mínimo, de coração e sentimentos humanitários. Isto é ignorar que, supostamente, situações com a de Zapata, não se pode comparar com as do Haiti. Porém, quando uma sociedade inteira e uma profissão com a médica se baseiam no respeito à humanidade e na preservação da vida dos seres humanos, estes princípios se aplicam em todos os casos, acima de qualquer discordância.

Cuba é uma sociedade treinada, por mais de cinco décadas, com base na paciência e na educação para tratar de corrigir erros de qualquer tipo e resolver seus problemas. Isso pode ser a nível dos CDR (Comitês de Defesa da Revolução), nas discussões das Assembleias Municipais e nos Conselhos Populares; nos órgãos do governo mais direta e imediatamente vinculados aos cidadãos nos bairros e centros de produção e serviço; nas reuniões de prestação de conta dos representantes eleitos aos órgãos do Estado com seu eleitores ou nas discussões e consultas durante os trabalhos das comissões da Assembleia Nacional; no parlamento cubano ou suas comissões da Assembleia Nacional e nos centros de trabalho.

Em todo o caso, os problemas da sociedade cubana são analisados tendo como base a paciência, a compreensão e a educação, que fundamentam a autocrítica do sistema. Esse procedimento é tomado ainda que se trate de resolver algum dos problemas cotidianos, inclusive, uma violação simples da lei ou um delito de maior gravidade. Em todos os problemas que possam refletir em indivíduos ou em grupos, recebe destaque a utilização da paciência, buscando sempre procedimentos educativos como via principal para a mudança de condutas que afetem a sociedade. E no caso que aqui discutimos, se confirma como um fato plausível e absolutamente normal o que observamos no vídeo: a declaração dos profissionais de saúde de como fizeram de tudo ao alcance para tratar e salvar a vida de Zapata. Assim é como se procede em Cuba.

Não é uma casualidade que, em determinado momento, a administração de Bush tenha decidido finalizar abruptamente as visitas educacionais de cidadãos morte-americanos à Cuba. Os jovens que viajavam de visita à Cuba e seus professores, na sua imensa maioria, viam através das mídias mentiras a respeito de Cuba. Em suas viagens, tiveram a possibilidade de apreciar ao menos um aspecto essencial: Cuba é uma sociedade pacífica, que se fundamenta no valor dos seres humanos. E isto transcende qualquer outra consideração possível. Ela é aplicável em todas as circunstâncias. Os estudantes regressavam aos EUA com uma visão da sociedade cubana completamente oposta a difundida pelos meios de comunicação de massas desse país.

A quarta mentira que se encontra em circulação, está relacionada às Damas de Branco. Ela se refere ao fato de terem sido ameaçadas e agredidas fisicamente por cidadãos e, a seguir, violentamente reprimidas pelas autoridades cubanas durante recente manifestação, em Havana. Quem são as Damas de Branco e qual é a sua importância? Desde 1960, o governo dos EUA vem apoiando oficialmente a formação e desenvolvimento de “grupos de oposição” em Cuba, com estreitos vínculos com os EUA. Mais recentemente, em julho de 2006, um documento dos EUA intitulado Comissão para a Ajuda de uma Cuba Livre (Commission for Assistance to a Free Cuba), estabelece especificamente que estes grupos necessitam de “programas bem financiados, concebidos para fortalecê-los”. Também destaca a necessidade de “construir um consenso internacional em apoio a esses grupos” (página 16).

No documento, existem vários grupos e indivíduos mencionados explicitamente: um deles é o grupo das Damas de Branco. Um indivíduo que também recebeu o selo de aprovação, há aproximadamente quatro anos, é Guillermo Fariña que, segundo o documento dos EUA, nesse momento se encontrava “comprometido numa greve de fome” (página 19). No momento de escrever estas linhas, o dito indivíduo ainda se encontra em greve de fome, sendo manipulado do mesmo modo que foi Zapata (e continua sendo após sua morte).

Os meios de comunicação de massa incluem vídeos de YouTube e similares acerca dos recentes incidentes com as Damas de Branco. Estes vídeos são um reflexo das matérias oblíquas, baseadas em mentiras. São montagens de determinadas filmagens, ainda que os fotógrafos possam ou não ter relação com os eventos do dia em questão. São editados em conjunto com o áudio para dar a impressão de violência. Não obstante, é possível assistir ao vídeo original completo, sem edição, que foi mostrado ao mundo pela televisão. Basta ignorar a parte do áudio, onde se afirma várias vezes o uso da violência por parte dos pró-cubanos contra as Damas de Branco e a rendição das mesmas pela polícia, de forma violenta, ficando mantidas sob custódia.

O fato é que via-se claramente que os oponentes às Damas de Branco estavam muito chateados e, constantemente, expressavam seu apoio à revolução. Porém, em momento algum, fizeram uso da violência. Do mesmo modo, as polícias femininas que colocaram as Damas de Branco nos ônibus da cidade e as conduziram a suas casas, não usaram de violência, não havendo prisões. Ainda que se tivesse ciência dos vínculos das Damas com os norte-americanos, seu reconhecimento oficial e promoção pelos EUA como um grupo de oposição, não foi usada a violência contra elas. Alegar o contrário é uma mentira e repeti-la, com a esperança de que haja pessoas que acreditarão, é um fato condenável e repulsivo. É o tipo de mentira que Sean Penn rechaçou quando se referia aos meios de comunicação de massas que insistem em descrever Hugo Chávez como um ditador.

Os que foram presos e condenados à prisão em março de 2003, assim como seus defensores, as Damas de Branco, por exemplo, não estão em conflito com o governo cubano ou com o povo por conta de pontos de vista e opiniões políticas divergentes. Enquanto o povo sai às ruas para se opor à esses grupelhos e manifestar-se em defesa da revolução, essas pessoas colaboram com uma potência estrangeira (o governo dos Estado Unidos) contra seu próprio país.

Em Cuba, agora mais do que nunca, se leva a cabo uma ampla e profunda discussão. Debates são desenvolvidos nas mídias, nas famílias, nos bairros, nas organizações de massas e nos órgãos do Poder Popular. Existem opiniões contrapostas que são debatidas publicamente acerca das medidas a serem tomadas para aperfeiçoar o sistema sócio-econômico cubano. Um exemplo é o debate sobre dar mais poderes aos representantes eleitos como autoridades políticas nos órgãos estatais e do governo. A ideia é que esses representantes possam enfrentar, de fato, problemas como a corrupção – que em modo algum pode ser comparada, nem em sua magnitude nem no tipo de fatos, com o que se enfrenta em qualquer país capitalista -, a produção e a distribuição de materiais e alimentos necessários a população, entre outros.

Porém, essas discussões não tem como objetivo mudar o sistema socialista atual por um sistema capitalista, nem converter Cuba em um satélite dos EUA, regressando à situação imperante antes da revolução. Os “grupos de oposição” vem se desqualificando voluntariamente com respeito a estes importantes debates, já que não são dirigidos contra o sistema atual nem contra a ordem constitucional estabelecida. Pelo contrário, estas discussões são, inclusive, estimuladas pela liderança histórica da revolução, devido a um sincero desejo de atingir um povo cada vez mais aberto, a aperfeiçoar seu próprio sistema.

Então, o fato é que a “oposição”, ou os chamados “dissidentes”, se encontram completamente alheios das tendências principais da sociedade cubana. A temática não é uma falha no sistema cubano ou um sinal de que alguma de suas linhas devem ser modificadas. Os “grupos de oposição” devem culpar-se a eles mesmos por seu completo descolamento da realidade cubana. Se não fosse pela campanha midiática da direita internacional, pelo financiamento e outras formas de apoio demonstrada pelo governo dos EUA, dedicar a escrever acerca dos “dissidentes” seria uma inútil perda de tempo, dada sua total irrelevância no cotidiano político cubano.

Os chamados dissidentes em Cuba, que encontram-se completamente isolados, irrelevantes e marginalizados na sociedade cubana e em sua vida política, são traidores da nação iguais seus compatriotas de Miami. Eles só seguem aquilo que serve aos seus interesses, com seus métodos oportunistas de atuar e pensar. Os mercenários, por sua própria natureza, podem vender até suas almas, podem até disputar entre si pelo financiamento estrangeiro. Os povos da Europa e dos EUA que possuem interesse em melhorar suas relações com Cuba, tem de pensar que Washington, Bruxelas e as mídias das oligarquias vem criando um monstro. E este monstro está fora de controle. Este indivíduos ganham a vida baseados somente no cumprimento do objetivo de criar tensões entre Cuba de um lado e do outro lado Europa e EUA. Conflitos que inibem a existência de relações normais entre os Estados.

Por que Cuba é hoje a vítima de uma nova campanha midiática e de pressões de Washington e Bruxelas? Há várias razões. Talvez uma seja o fato de que a reunião de 22-23 de fevereiro, onde todos os Estados do hemisfério, exceto EUA e Canadá, estiveram de acordo em estabelecer uma organização regional para promover a integração econômica, política e cultural. Este é um evento histórico. Não é segredo para ninguém que Cuba, desde 1959, vem carregando o peso e se mantido durante todo este tempo sob difíceis condições, como uma base política e moral para a cooperação regional. Os EUA e a velha Europa nunca perdoaram Cuba por dar este primeiro passo há mais de cinquenta anos.

Eles nunca aceitaram que Cuba tenha se recusado a seguir o caminho da capitulação no ocidente, como ocorreu com a URSS e o Leste Europeu. Defender Cuba hoje e sua Revolução é defender toda América Latina, o Caribe e seu nobre projeto de integração. A morte de Zapata ocorreu no momento mais oportuno (para os inimigos de Cuba). Sua manipulação pela União Europeia, pelas mídias de lá e dos Estados Unidos, servem muito convenientemente às intenções de reverter a nova tendência na região, golpeando sua inspiradora inicial e mais prestigiosa desde o século passado: Cuba. No mesmo documento dos EUA antes citado, desde 2006 os Estado Unidos se mostravam preocupados acerca do eixo Cuba-Venezuela. Deste modo: “Juntos, estes países estão avançando uma agenda retrógrada e anti-Americana para o futuro do hemisfério e estão encontrando certa ressonância… na região” (página 24). É neste contexto que os EUA revelam seu programa de organizar, sustentar e promover seus próprios grupos e indivíduos de oposição em Cuba.

Porém, Cuba não está só. Pelo contrário, apesar de todas as intenções de isolá-la, durante mais de cinquenta anos, Cuba nunca esteve tão no centro da política regional e mundial como está agora. A mais recente campanha midiática baseada em mentiras e distorções serve apenas para fazer crescer a consciência política dos povos do mundo acerca de como os meios de comunicação de massa, ao serviço da oligarquia, trabalham com a mentira e as manipulações.

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Tradução: Maria Fernanda M. Scelza