Pancho Toloza foi preso, nós seguimos em pé de luta!
“Se você é capaz de tremer
a cada vez que se comete
uma injustiça no mundo,
então somos companheiros,
que é o mais importante”
Che Guevara.
Boa tarde, a gente estava por enviar um e-mail para agradecer por toda a solidariedade recebida durante o 2013 pelas organizações brasileiras com quem construímos o Fórum pela Paz na Colômbia em Porto Alegre, que fizemos palestras, cine-fóruns, entre outros. Também queremos agradecer pela amizade e fraternidade que tem brindado para a gente como expressões do necessário intercambio entre nossos povos e culturas para encontrar a unidade em médio das diferenças, no caminho de confrontar as burguesias nacionais e o grande imperialismo, na nossa luta pela segunda e definitiva independência latino-americana no caminho ao socialismo. Aquele e-mail fecharia propondo a gente seguir encontrando-se e construindo diversos caminhos comuns para a luta, para que no 2014 se conseguissem avanços maiores para uma paz com justiça social, democracia e soberania na Colômbia e na América Latina.
Lamentavelmente, aquela mensagem hoje fica torta porque ontem 04 de janeiro de 2014, a repressão do Estado colombiano já teve sua primeira ação do ano contra o nosso movimento, como continuidade da sua estratégia falaz e ambígua que fala de democracia e paz, mas não brinda garantias para isso. Ao contrario, continua com as históricas práticas de terror que governo após governo as elites político-econômicas da oligarquia e burguesia, ligadas a um projeto latifundiário, financeiro, narcotraficante e transnacional, têm implementado há mais de 40 anos.
O companheiro Francisco Javier Toloza, integrante da Junta Patriótica Nacional da Marcha Patriótica e responsável pela Comissão Internacional, foi preso, isso nos indigna. É mais uma prova das dificuldades que teremos para construir uma paz duradoura em que for possível a liberdade de quem sonha e tenta construir uma nova Colômbia para a grande maioria, para os explorados e os expropriados do nosso país. Mas é importante que vocês, os nossos companheiros de luta no Brasil, na Pátria grande latino-americana e na Pátria-humanidade, os nossos companheiros e companheiras da Marcha Patriótica e do conjunto do movimento social e popular na Colômbia, e que o próprio governo de Santos Calderón e as elites de nosso país saibam que para nós a luta continua que não nos intimidam suas repetidas ações de ameaças, perseguição, montagens judiciais, assassinatos. Continuaremos até a vitória, porque sabemos que Pacho Toloza, Huber Ballesteros, e tantos outros e outras seguem conosco.
Agradecemos toda a difusão e diversas expressões de solidariedade que sejam possíveis desde suas organizações com o nosso companheiro, nosso movimento, nosso povo, nossas lutas.
Fraternalmente e em pé de luta.
Marcha Patriótica Capítulo Brasil
Liberdade imediata para Francisco Javier Toloza e os mais de 9.500 prisioneiros e prisioneiras políticos da Colômbia.