Colômbia: defensores de direitos humanos são monitorados
Resumen Latinoamericano/Radio Macondo, 1 de julho de 2015 –Confirmou-se que durante as últimas semanas o líder comunitário e defensor dos direitos humanos de Asotracampo, Juan Martinez, e a defensora de direitos humanos de nossa Comissão de Justiça e Paz, Nubia Acosta, estão sendo seguidos no desenvolvimento de suas atividades de proteção aos direitos das vítimas de remoção forçada que habitam em Tamarindo.
Desde 7 de junho passado um dos vigilantes privados informou que tinham sido expedidas várias ordens por parte do chamado “El Mono”, subordinado de Lesmen Parra, reconhecido por ter participado do Cartel da Costa, de seguir os movimentos das pessoas que estão liderando e defendendo os direitos das comunidades que ocupam há mais de 10 anos os prédios de Tamarindo. Este plano inclui a observação fora da presença do Espaço Humanitário.
A informação coincide com as mensagens que homens armados e vestidos de civil com motocicletas enviaram, através de ameaças e intimidações, ao advogado Luis Escorcia, que representa algumas das vítimas de Tamarindo.
Efetivamente, no mês passado, um sujeito que estava em uma motocicleta abordou o advogado Luis Escorcia manifestando que “Vamos acabar com Juan Martínez e os defensores de direitos humanos”.
Dias depois, no bairro Los Pinos de Barranquilla, o advogado Luis Escorcia, em companhia de uma filha, foi interceptado por dois sujeitos que estavam em uma motocicleta. Um dos sujeitos apontou uma arma de fogo, calibre 38 ou 9 mm para o advogado e sua filha. Porém, graças à passagem de um carro, o motociclista se assustou e fugiu.
Para os setores políticos e de negócios que querem a propriedade, entre eles a família de Chard Muvdi, a ação resultou em problemas para sua imagem. Não conseguiram o desalojamento do conjunto das famílias devido ao fortalecimento organizativo, às ações judiciais e à visibilidade da situação que padecem as vítimas.
A ausência de garantias para a vida e integridade dos advogados, dos líderes e defensores de direitos humanos é evidente. Os fatores de poder existentes e os interesses sobre a terra são muito poderosos, com capacidade de influenciar as decisões que deveriam ser tomadas para proteger as vítimas de remoção, que exigem um reconhecimento de sua ocupação pacífica ou de uma relocalização digna em 400 hectares, como Unidades Familiares.
Bogotá, D.C. 30 de junho de 2015 – Comissão Intereclesial de Justiça e Paz
Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/07/01/colombia-ordenan-seguimientos-a-defensores-de-derechos-humanos/
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)