Peruanos protestam contra a presença de militares dos EUA

imagemResumen Latinoamericano/ 20 de agosto de 2015 – Para os movimentos sociais, a entrada de soldados estrangeiros no país andino é uma ofensa ao patriotismo e representa uma ameaça à soberania.

Centenas de peruanos protestaram na quarta-feira, em Lima (capital), contra a presença de tropas militares dos Estados Unidos no país, ante a próxima chegada de 3.200 soldados com navios, aviões e vários armamentos.

Membros de organizações políticas e sociais reclamaram ao Estado a constante chegada de militares norte-americanos já que asseguram que são uma ameaça à soberania e à segurança nacional.

A marcha começou na Praça San Martín e culminou próximo do edifício sede da embaixada estadunidense na capital, onde condenaram a licença outorgada pelo Parlamento para o ingresso do contingente no próximo 1° de setembro.

O ativista social Guillermo Bermejo, em nome do grupo Ágora Popular, manifestou que esta mobilização na primeira de tantas em repudio à presença do que chamou de “soldadesca (sic) norte-americana”, destaca em seu portal na web Prensa Latina.

“Repudiamos essa presença e aqueles que a autorizaram, como este governo traidor e o Congresso que atualmente não representa ninguém; que se saiba que esta luta pelo respeito a nossa soberania recém começa”, acrescentou Bermejo.

Para os movimentos sociais, a entrada de militares estrangeiros ofende a dignidade dos peruanos, devido a que em muitos países isto significa massacres, torturas e outras violações aos direitos humanos.

Em março deste ano, o secretário geral da União de Nações Sul-americanas (UNASUL), Ernesto Samper, propôs a eliminação de todas as bases militares dos Estados Unidos no território latino-americano, por considerar que pertencem “à época da Guerra Fria”.

Samper declarou sobre este tema na véspera da Cúpula das Américas que ocorreu em 10 e 11 de abril no Panamá. “Um bom ponto da nova agenda de relações (entre EUA e a América Latina) seria que não existem bases militares norte-americanas na América do Sul”.

No contexto

Os EUA ampliaram sua base militar em Honduras e enviaram 250 fuzileiros, que teoricamente colaborarão em missões de assistência humanitária e operações antidrogas.

A base conhecida como Palmerola, conta com uma nova unidade da Força Tarefa de Propósito Especial Ar-Terra de Fuzileiros Sul, com quatro helicópteros pesados e um catamarã de alta velocidade. Estará pronta entre junho e novembro de 2015.

Fonte original: Telesur

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/08/20/peruanos-protestan-contra-presencia-de-militares-de-ee-uu/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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