Paraguai: Embaixada dos EUA ministra curso antiterrorista para soldados paraguaios

imagemResumen Latinoamericano/ 21 de setembro de 2015.-   Foto: Membros da Força de Tarefa Conjunta (FTC).

A embaixada dos Estados Unidos em Assunção começou hoje a oferecer um curso de preparação para instrutores antiterroristas da Polícia Nacional e outras autoridades do Paraguai no Instituto Superior de Ensino Policial (Isepol), informou o Ministério do Interior.

O programa tem como objetivo “ajudar as nações associadas a aumentar suas capacidades antiterroristas e melhorar o nível das técnicas e táticas do pessoal das forças de ordem, responsável pela luta contra o terrorismo”, assegurou o Governo.

“Os participantes aprenderão durante nove dias variadas estratégias e táticas que servirão para que os instrutores melhorem sua capacidade de ensino e colocá-las em prática em suas respectivas instituições”, assegurou o Ministério do Interior.

O curso está a cargo de “destacados instrutores” e é organizado pela embaixada dos Estados Unidos no Paraguai, país no qual se encontra presente o grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), ao qual o Governo atribui meia centena de assassinatos e vários sequestros desde seu aparecimento, em 2008.

No seminário participam representantes da Polícia Nacional, do Ministério Público, do Ministério do Interior – através de sua Direção de Migrações – e da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
O EPP mantém cativos desde 5 de julho de 2014 o suboficial da polícia, Edelio Morínigo, de 25 anos, e há mais de um mês o colono menonita Abraham Fehr, pertencente a uma comunidade de religiosos menonitas.
O Governo estima que a guerrilha opera, principalmente, nos departamentos de Concepción, San Pedro e Amambay, no norte do país, zonas com altos índices de pobreza rural fronteiriças com o Brasil, onde existem importantes rotas do tráfico de drogas na região.

Para o combate a este grupo armado, Cartes aprovou, a poucos dias de assumir seu mandato, em agosto de 2013, algumas emendas à Lei de Defesa que permitem empregar o Exército em casos de “agressão interna”, como o terrorismo, e as “ameaças ou ações violentas” contra as autoridades.

Diversas organizações camponesas e agrupamentos políticos asseguram que estas emendas são uma forma de “militarização” do norte do Paraguai e pediu sua revogação, ao mesmo tempo em que denunciam abusos por parte das Forças de Tarefa Conjunta (FTC), o contingente de militares e polícias encarregado do combate à guerrilha.

Fonte original: Hoy (Paraguai)

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/09/21/paraguay-embajada-de-eeuu-dicta-curso-antiterrorista-a-uniformados-paraguayos/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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