Colômbia

FARC: “Não somos belicistas nem lutamos por vinganças pessoais ..”

Crédito: MCB Memorando para um intercâmbio sobre o conflito colombiano. Primeiro: Sempre acreditamos numa solução política para o conflito. Mesmo antes da agressão a Marquetalia, e durante esses 46 anos, temos reiterado, expressado e lutado por esse objetivo. Segundo: Não somos belicistas, nem lutamos por vinganças pessoais. Não temos patrimônios materiais ou privilégios a defender, somos revolucionários comprometidos com nossa consciência, e desde sempre, com a busca de uma sociedade justa e soberana, profundamente humanistas, desprovidos de qualquer interesse pessoal mesquinho. Nós amamos nosso país acima de tudo e somos obrigados a desenvolver a guerra contra uma classe dominante posta de joelhos perante o império, que tem usado de maneira sistemática a violência e os atentados pessoais como uma arma política para manter-se no poder desde 25 de setembro 1828, quando buscou assassinar o Libertador Simón Bolívar, e até os dias de hoje, em que utiliza as práticas de terrorismo de Estado para manter o status quo.

A besta só está ferida

Crédito: www.lsqueluchan.org Por: Juan Cendales O uribismo foi golpeado no coração por sua arrogância e prepotência. A sentença da Corte que negou a possibilidade de convocar um referendo para legalizar uma terceira presidência de Uribe é mais que uma opção pela constitucionalidade. É todo um processo penal que mostra uma longa lista de delitos que uma gangue de delinquentes cometeu para perpetuar-se no poder e seguir seu escandaloso enriquecimento pessoal e familiar. Isso deveria servir como início do processo para levar Uribe e seus quarenta ladrões a julgamento, incluindo o novo procurador, burocrata servil do regime e de suas atrocidades. O rei ficou nu no meio da rua. Com toda sua podridão. Nunca um presidente colombiano havia demonstrado tanta voracidade pro poder e falta de escrúpulos.

Sentença da Corte Constitucional, contundente derrota para as intenções de violar a constituição

Crédito: Mauricio González, Magistrado da Corte Constitucional da Colombia O Partido Comunista Colombiano, integrante do Pólo Democrático Alternativo, saúda com grande satisfação o pronunciamento final da Corte Constitucional sobre os vícios de inexequibilidade que continha o projeto de referendo que intentava assegurar a permanência no poder do presidente Álvaro Uribe através de inumeráveis manobras e atos viciados que pretenderam desrespeitar as leis vigentes e a própria Constituição da República. Sem dúvida, se trata de um fato histórico que se antepõe ao apetites pessoais e ao desejos de controlar sem limitação alguma todas as instâncias do poder, os preceitos do respeito à legalidade e ao acordo social que encarna a Constituição de 1991, incluídos os mecanismos de contrapeso e a independência dos poderes públicos, indispensáveis para a administração equilibrada do Estado.

Colômbia: a Corte Constitucional não avaliou reeleição

Crédito: ANNCOL-Brasil Carlos A. Lozano Guillén Por decisão de 7 votos, de um total de 9 magistrados da Corte Constitucional, foi declarada inexistente a lei que convocou o Referendo para reeleição de Álvaro Uribe, não só pelos vícios de forma, como levantou o magistrado relator, no documento que serviu de base à discussão, mas também pelo conteúdo que violou a Constituição. É um ato histórico da Corte Constitucional, porque não só reconheceu que a lei foi proposta e aprovada pelos promotores uribistas e os congressistas oficialistas com todo o tipo de tramas, fraudes e procedimentos ilegais, mas também que afetou o ordenamento constitucional, na independência dos poderes e na alternação no sistema pluralista e de direito.

Os paramilitares e a farsa colombiana

Crédito: estoesnada.blogcindario.com Não é novidade: a Human Rights Watch, organização internacional que monitora a violação dos direitos humanos no mundo, denunciou, ontem, em Bogotá, os novos crimes dos grupos paramilitares na Colômbia. Além dos assassinatos seletivos, há o deslocamento forçado de populações inteiras, sob a ameaça armada dos bandos de criminosos. Tais comandos contam com a proteção de setores das Forças Armadas, da polícia, de alguns promotores e de altas personalidades do governo de Uribe. O país tem sido dos mais atingidos pela violência na América Latina, embora seja dotado de uma intelectualidade que se destaca entre os vizinhos. Não é só a pátria do romancista Gabriel García Márquez, como de excepcionais poetas e dramaturgos. Tal como outros países mestiços da Cordilheira, a Colômbia é dominada por uma minoria de grandes empresários, quase todos brancos, muitos de sobrenomes estrangeiros, que controlam os bancos, as indústrias e os meios de comunicação – e, da mesma maneira, o narcotráfico e as instituições do Estado.

Descoberta do maior cemitério clandestino do continente:

Crédito: www.kaosenlared.net Colômbia, no paroxismo do terror, clama solidariedade Paramilitarismo como estratégia estatal. Paramilitar Villaba: “Fizeram-me tirar o braço de uma menina, pedia que não o fizesse, tinha filhos”. HH: “decapitamos (…) uma estratégia para promover o terror”. Azalea Robles www.kaosenlared.net/noticia/destapan-mayor-fosa-comun-continente-colombia-paroxismo-horror-clama-s-2

A ATUAL CONJUNTURA COLOMBIANA

Crédito: www.pacocol.org Entrevista com Carlos Lozano Guillén, diretor do periódico VOZ, do Partido Comunista Colombiano Carlos A. Lozano Guillén, diretor da VOZ e candidato à Câmara de Representantes por Bogotá, na lista do Pólo Democrático Alternativo, foi entrevistado pelas principais cadeias de rádio e televisão colombianas, assim como pela Telesur e pelos meios de comunicação da Argentina, Venezuela, França e Holanda. Apresentamos aqui um resumo destas entrevistas para nossos leitores, numa cuidadosa seleção de perguntas e respostas. O assassinato do Governador de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, pelas FARC pôs fim no intercâmbio humanitário?

As FARC são invencíveis!

Crédito: ANNCOL-Brasil Escrito por Dax Toscano Segovia Nesta entrevista, o importante jornalista colombiano analisa a atualidade e a história das FARC, o maior grupo guerrilheiro que existe na América. À “belíssima Lucero” e ao seu companheiro de luta, Simón Trinidad Resumo latino-americano/ ABP – Dias antes de contatar Jorge Enrique Botero, o entrevistador começou a ler um livro de autoria do jornalista colombiano, intitulado “Simón Trinidad, um homem de ferro”. A leitura o fascinou desde o início ao tratar das passagens da vida de um dos comandantes das FARC, hoje detido injustamente num cárcere norte-americano, país para o qual foi extraditado com o aval de Uribe, mas também por explicar a história de resistência e rebeldia de um povo que vem sofrendo os embates de uma criminosa oligarquia criolla e do voraz imperialismo ianque, o que permite compreender porque a insurgência colombiana é a força revolucionária que, ao levantar as armas, se constituiu em exército e os colombianos que formam parte dessa massa são despossuídos, sem-terras e violentados por esses grupos do poder e seus criminosos aparatos militares e paramilitares.

Há mais de 7.000 presos políticos na Colômbia

Crédito: CSPP Entrevista com Agustín Jiménez, presidente do Comitê de Solidariedade aos Presos Políticos da Colômbia, que fala da dramática situação em que vivem mais de 7.000 lutadores e lutadoras na prisão. Resumen Latinoamericano / Diagonal – Surgido há 38 anos, o Comitê de Solidariedade aos Presos Políticos (CSPP) da Colômbia, tal como nos explica seu presidente, Agustín Jiménez, centra seu esforço na “atenção especial à situação carcerária e jurídica das pessoas que são acusadas de cometer delitos políticos”. Dentre eles, “a maioria são pessoas que exercem alguma ação social ou atividade política. Como são opositores ao Governo, este lhes realiza armações para tentar demonstrar que são guerrilheiros ou cria julgamentos simulados para prendê-los”.

À MILITÂNCIA DAS FARC-EP E DO ELN

Crédito: Kaosenlared.net O Secretariado Nacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia Exército do Povo FARC-EP e o Comando Central COCE do Exército de Libertação Nacional ELN, fazemos chegar a todos os guerrilheiros e guerrilheiras das organizações, nossa calorosa, combativa, fraterna e revolucionária saudação. Informamos-lhes que nos reunimos em um ambiente de fraternidade e camaradagem que nos permitiu fazer com sinceridade e transparência a análise do momento atual, as perspectivas e o compromisso que, como revolucionários nos assiste; igualmente abordamos as dificuldades que se apresentaram entre as duas organizações.