Ditadura

Ditador Médici guardou em casa provas de tortura

Comissão da Verdade do Rio encontra prontuários médicos de presos no arquivo do ex-presidente Por Juliana Dal Piva Rio – Durante décadas a cúpula do governo militar negou a prática de tortura contra presos políticos na ditadura. Não importavam as denúncias das famílias, as marcas ou sequelas das vítimas. Quase 30 anos após o fim do regime, surgem agora as primeiras provas documentais de que no auge da repressão política — 1970 — o próprio general e então presidente da República Emílio Garrastazu Médici sabia em detalhes sobre a violência dos quartéis e suas consequências físicas e psicológicas.

Revolucionários sem rosto: Uma história da Ação Popular

Edmilson Costa* O golpe militar no Brasil, em 1964, implantou uma longa ditadura que durou 21 anos, sufocou as liberdades democráticas, criou um modelo econômico concentrador de renda, prendeu milhares de pessoas, implantou a tortura como método de investigação e assassinou centenas de militantes nos porões de repressão, existindo hoje mais de 350 desaparecidos políticos. Também ao longo da ditadura o povo brasileiro resistiu de diversas formas, desde o voto nos partidos de oposição, às manifestações de ruas, às greves operárias e estudantis até a luta armada.