Barroso, Walmir e Willian. Não esqueceremos!
Neste nove de novembro de 2014 registramos os 26 anos da morte dos nossos companheiros Carlos Augusto Barroso, Walmir Freitas Monteiro e William Fernandes Leite, os três jovens operários mortos durante a operação repressiva desencadeada contra a greve dos metalúrgicos da CSN em 1988.
O país vivia uma onda de greves e protestos contra a situação econômica que combinava desemprego e alta acelerada do custo de vida. O governo Sarney, acossado pelas manifestações e pressionado pelo empresariado, resolveu pela investida radical contra os trabalhadores. O Exército foi acionado e junto com as demais forças policiais realizou uma verdadeira operação de guerra com o uso de tropas e blindados.
O episódio nos deixa lições importantes. A principal delas são os limites desse regime político instaurado após a queda da ditadura. Quando as classes dominantes se sentem ameaçadas de perder o controle e os seus privilégios, não hesitam em apelar para a violência contra o povo trabalhador. A democracia burguesa é assim, democracia para os de cima, ditadura para os de baixo.
A memória dessa luta e dos nossos mortos não pode e não deve ser esquecida. Honrar os três heróis significa manter elevadas as bandeiras históricas de luta da classe trabalhadora. As mazelas do capitalismo se aprofundam: baixos salários, terceirização, doenças profissionais, demissões. O enfrentamento desses problemas exige muita organização. Precisamos retomar nossos Sindicatos para o caminho da luta contra a exploração e em defesa dos nossos direitos.
No momento político atual chama nossa atenção mais essa tentativa do empresariado, através de projetos de lei no Congresso, de reduzir os direitos trabalhistas e ampliar a terceirização. Sabemos que a maioria dos deputados e senadores, eleitos graças ao poder econômico avassalador, tem acordo com essas propostas. Isso nos obriga a construir, desde já, com a maior unidade possível, uma forte campanha de organização e mobilização dos trabalhadores contra mais esse retrocesso.
UNIDADE CLASSISTA – SUL FLUMINENSE
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