Internacional

O PCB E O SEGUNDO TURNO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

RESOLUÇÕES DA COMISSÃO POLÍTICA NACIONAL Além da já divulgada declaração política sobre o segundo turno das eleições deste ano (veja abaixo), a CPN do PCB, reunida no último dia 14 de outubro, adotou a seguinte decisão: CAMPANHA NO SEGUNDO TURNO: Conforme a citada declaração política, só recomendamos voto no segundo turno, no caso das capitais, a candidatos que disputam em três cidades: Porto Alegre e Salvador (candidatos do PT) e São Luís (candidato do PCdoB). Estes apoios se fundamentam apenas na contraposição dessas candidaturas ao campo conservador local, não se inserindo na lógica governista de fortalecer a candidatura a ser apresentada por Lula à sua sucessão nas eleições de 2010. Os apoios também não têm a ver com qualquer aliança com os partidos a que pertencem os candidatos. O PCB se insere na oposição de esquerda ao governo Lula e estimulará a possibilidade de uma alternativa unitária deste campo à polarização cada vez menos de fundo e mais diluída entre PT e PSDB, que se aliaram neste primeiro turno em mais de 1.000 cidades brasileiras.

Impressões preliminares sobre o processo eleitoral

O Secretariado Nacional do PCB está fazendo um levantamento completo da participação do Partido nas eleições municipais realizadas neste domingo, em todo o país, para divulgar em breve a nossos militantes e amigos. A Comissão Política Nacional do Comitê Central se reunirá no próximo dia 14 de outubro, para fazer a avaliação do quadro político e o balanço eleitoral, além de decidir o posicionamento do PCB em cada município em que haverá segundo turno, que será realizado em 26 de outubro. Mas as informações colhidas até aqui permitem-nos afirmar que se confirmaram os termos da declaração do Secretariado Nacional, às vésperas das eleições deste domingo, que aqui resumimos:

CARTA DE PRAIA GRANDE

Nota Política do Comitê Central do PCB, por ocasião da Conferência Nacional de Organização do PCB, realizada em Praia Grande, de 21 a 23 de março de 2008 Aos trabalhadores brasileiros O capitalismo, a cada dia, mostra com mais clareza a sua real face: os capitais circulam livremente pelo mundo, apoiados por políticas neoliberais, gerando riquezas que se concentram cada vez mais em menos mãos e impondo, em toda parte, a precarização do trabalho, a redução do poder aquisitivo dos salários, e a perda de garantias sociais e de direitos trabalhistas. O capitalismo vive mais uma crise, gerada, principalmente, pela queda da economia americana, que pode alastrar-se por todo o mundo. As respostas do capital à crise são conhecidas: mais exploração dos trabalhadores, mais desemprego, mais destruição do meio ambiente. Para os Estados Unidos e seus aliados, a guerra e as agressões armadas a países soberanos são também uma solução para as crises. Com a guerra, estes países podem vender armas e saquear as riquezas naturais dos povos.

HONDURAS: Resolução do Encontro da Esquerda de Honduras

Setembro 2008 Por nossa segunda independência Condenamos a subserviência das oligarquias com o império gringo Há 187 anos, nossos heróis lutaram e conquistaram a nossa independência da Espanha. Porém, esta proeza não se converteu numa Libertação Nacional para o povo centro-americano, porque deixou intactas as estruturas econômicas, sociais e políticas da oligarquia local, responsável, junto ao imperialismo inglês, pela posterior desunião da América Central. Hoje em dia, os herdeiros dessa mesma oligarquia corrupta, parasitária e exploradora são os que detêm o poder e mantêm nosso povo em condições degradantes e desumanas de miséria e dominação, aplicando um capitalismo neoliberal que converte em mercadorias o ser humano, os recursos naturais, os serviços públicos e inclusive a política, violando os direitos humanos mais elementares de hondurenhos e hondurenhas.

AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS NA RETA FINAL

(Nota Política do PCB) Estamos na reta final das eleições municipais de 2008. Cada militante, cada simpatizante e amigo do PCB deve redobrar seus esforços neste momento, em que o diálogo político com as massas se intensificará. Independentemente dos resultados matemáticos e eleitorais dos nossos candidatos, nossa campanha foi vitoriosa politicamente, em âmbito nacional. Na grande maioria dos Estados brasileiros, sobretudo em suas capitais, apresentamos diversos camaradas, afirmamos nossa identidade, mostramos nossas propostas táticas e estratégicas, dialogamos com trabalhadores, estudantes e o povo em geral.

A crise expõe todas as contradições do capitalismo

Nota política do Partido Comunista Brasileiro – PCB O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) avalia que a crise que se alastra pelo coração do sistema capitalista e que atingiu os principais símbolos financeiros do grande capital, como Lehman Brothers, Fredy Mac, Fannie Mae, Meryl Linch, AIG, entre outros, é a mais grave crise desde a grande depressão de 1929 e significa, ao mesmo tempo, o dobre de finados do neoliberalismo e a desmoralização ideológica do capitalismo.

SOLIDARIEDADE AO POVO E AO GOVERNO BOLIVIANO

As organizações políticas e sociais que firmam o presente manifesto dirigem-se aos povos irmãos e instituições da América Latina em geral e do Brasil e da Bolívia, em particular, no sentido de hipotecar solidariedade ao Presidente Evo Morales e ao processo de mudanças democráticas e culturais em curso na Bolívia, diante da radicalização dos conflitos políticos e sociais no país, provocada por setores oposicionistas que não respeitam a vontade majoritária do povo boliviano. É preciso lembrar que o Presidente boliviano foi eleito legítima e democraticamente, assim como a Assembléia Nacional Constituinte – que já cumpriu sua tarefa de elaborar uma proposta de nova constituição – também foi criada e eleita pela vontade soberana do voto popular. Ressalte-se que o governo boliviano se conduz estritamente nos marcos legais e democráticos e procura fazer com que os recursos naturais do país estejam a serviço do conjunto da população.

PETROBRÁS ou “Nova Estatal”?

(Editorial do jornal HORA DO POVO) Dizem os adeptos de uma “nova estatal” para gerenciar o pré-sal que a Petrobrás não pode fazê-lo porque isso iria favorecer os acionistas privados da empresa, em detrimento da União. Se o problema fosse esse, o mais lógico seria que propusessem ao governo a elevação da participação do Estado na composição acionária da Petrobrás. Como não é, propõem a criação de uma nova empresa. Mas quem entende de petróleo, no Brasil, é a Petrobrás. Quem elevou o país ao patamar da auto-suficiência foi a Petrobrás.

PARAGUAI: um país em disputa!

Ivan Pinheiro* Na abertura da cerimônia de posse de Fernando Lugo, ouviu-se duas vezes seguidas o Hino Nacional. Na primeira, cantada em espanhol, os comandantes militares encheram o peito, perfilaram-se e colocaram a mão direita em continência. Na segunda, em guarani, eles se descontraíram e arriaram os braços. Em seguida, ouviram inertes o novo Presidente anunciar, entre outras intenções, que acabará com a corrupção e que as Forças Armadas terão que passar ao povo segurança e respeito, ao invés de medo. A posse foi marcada pela esperança popular, após sessenta anos do mesmo partido conservador no poder. 96% dos paraguaios confiam que haverá mudanças positivas. Houve simbolismo até no tratamento aos chefes de Estado da América do Sul. Foram marcantes as ausências de Alan Garcia, do Peru, e Álvaro Uribe, da Colômbia. Foi impressionante o recado do povo paraguaio, ao aplaudir os presentes exatamente na proporção das mudanças que promovem em seus países, na seguinte ordem crescente: Tabaré Vasquez, Bachelet, Lula, Cristina Kirchner, Rafael Correa, Evo Morales e Hugo Chávez.

A crise no Cáucaso

Publicamos aqui três interessantes artigos sobre a crise no Cáucaso: “Uma reflexão sobre a autodeterminação dos povos e a crise do Cáucaso”, do