Evo reitera rejeição a bases militares dos EUA na América Latina

imagemO presidente boliviano, Evo Morales, recordou, em 14/09, a importância do fechamento da base militar estadunidense de Chimoré para recuperar a soberania, ao falar num ato pelo 33º aniversário desse município do Trópico de Cochabamba.

“Anteriormente, para entrar em Chimoré, era preciso pedir permissão aos norte-americanos e se entrávamos éramos detidos, algemados e até torturados”, disse o mandatário.

Morales assumiu o poder em 2006 e uma das suas primeiras medidas foi fechar esse enclave, convertido anos depois num aeroporto internacional chamado Soberania.

Durante o seu discurso, o chefe de Estado recordou que Washington utilizou o pretexto da luta contra o narcotráfico como geopolítica para dominar os países da região e se apropriar dos seus recursos naturais.

“Ao império e seus lacaios não interessa a pobreza do povo, o que lhes interessa é como acumular riquezas e para isso têm que nos invadir e instalar bases militares”, disse.

O presidente afirmou que, após o fechamento do enclave de Chimoré e a recuperação da soberania, Bolívia está muito melhor.

“Antes, nas áreas rurais, os edifícios maiores eram as igrejas, agora são nossas unidades educativas e centros esportivos”, advertiu.

Informou que o município de Chimoré recebeu em 2014 um total de 28 milhões de bolivianos (quatro milhões de dólares) em transferências diretas do Estado, em comparação aos 575 mil dólares transferidos em 2005.

“Aqui em curto tempo temos demonstrado que a Bolívia tem muito futuro”, afirmou o presidente.

Ilustração: Fernanda LeMarie – Cancillería del Ecuador

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