O terrorismo manda a IV Frota
Os preparativos estão aí: tentativas de desestabilização dos governos de resistência (Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, sobretudo); apoio aberto ao governo agressivo de Uribe (Colômbia), capaz de assassinar o principal negociador das FARC para depois colher os frutos políticos da cinematográfica “libertação” de Ingrid Betancourt; estimulo às contradições do governo Lula, que ao mesmo tempo se apresenta como alternativa bem-comportada a Chaves, Morales e Correia, e assume o papel de “pacificador” do Haiti, sob o comando de Washington; ocupação militar de pontos importantes na AL, como a base de Manta – que será transferida do Equador para a Colômbia, bem na fronteira com a Venezuela, e abrigará aviões e helicópteros espiões dos EUA – e a região de Ayacucho, no Peru, onde se monta um campo para treinamento de mercenários venezuelanos, sob o disfarce de “ajuda humanitária”.
Agora, a coisa esquentou de vez. Depois de 60 anos desativada, a IV Frota norte-americana, de triste memória, volta a costear nossos mares, muito mais ameaçadora do que antes, pois dispõe de poder destrutivo muito maior – inclusive nuclear. O pretexto é “manobras conjuntas para treinamento militar”. Trata-se de provocação inaceitável. É ou não é verdadeiro terrorismo, essa pressão descabida sobre governos legítimos? Que se articulem politicamente todas as forças anti-imperialistas da América Latina em um movimento para impedir que tal absurdo se consume e, se necessário, expulsar de nossas águas os terroristas imperialistas indesejáveis!
Fonte: Informativo da Base Horácio Macedo – PCB Zona Sul – Rio de Janeiro