Líderes de FARC: Acordo de Paz de Havana foi traído
Resumen Latinoamericano/Telesur
Numa carta enviada ao Congresso colombiano, os dirigentes Iván Márquez e Óscar Montero consideram que, da parte do Governo, se cometeram “vários atos de insensatez”.
Dirigentes e membros do partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) como Iván Márquez e Óscar Montero (conhecido como “El Paisa”) questionaram na última segunda-feira a implementação do Acordo de Paz, subscrito com o Governo da Colômbia, já que este contém falhas estruturais.
Em uma carta enviada à Comissão de Paz do Congresso da República, os dois representantes do partido consideram que o acordo entre as FARC (antigo grupo insurgente Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) e o Governo do ex-presidente Juan Manuel Santos conta com “três atos de insensatez”, que levaram o processo de paz ao abismo.
Os três atos mencionados na missiva são: “a insegurança jurídica, as modificações ao texto original acordado e não cumprimento de aspectos essenciais do acordo”.
Segundo os dirigentes, a Jurisdição Especial de Paz (JEP) que existe atualmente não foi a acordada em Havana, mas a que queriam o procurador geral Néstor Humberto Martínez e os “inimigos da concórdia”, entre os quais está o embaixador dos EUA na Colômbia.
“Estamos diante de um descarado abuso no exercício de poder, mesclado com uma rendição inaceitável de nossa soberania jurídica a uma potência estrangeira”, afirmam Márquez e Montero na carta.
Ambos expressam aos congressistas que sua principal preocupação é seguir adiante com o processo de paz na Colômbia e que “vale a pena tentar o impossível”.
Colombia. Líderes de FARC: Acuerdo de Paz de La Habana fue traicionado