Jornalistas assassinados em Gaza
Os cinco jornalistas assassinados pelas forças sionistas de ocupação na Faixa de Gaza, em 26 de Dezembro de 2024 // @InfoPJS
AbrilAbril
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos condenou, assim como outras organizações e partidos, o ataque deliberado que, no dia 26/12, vitimou cinco jornalistas junto ao Hospital al-Awda, em Gaza.
Cinco repórteres da cadeia de TV palestiniana al-Quds al-Youm perderam a vida, no dia 26 dedezembro, depois de um avião israelense ter disparado um projétil contra a viatura de transmissão externa em que se encontravam trabalhando, em frente ao Hospital al-Awda, no campo de refugiados de Nuseirat (Centro da Faixa de Gaza).
A informação foi confirmada por fontes médicas, os quais revelaram que dentre os jornalistas mortos se encontrava Ayman al-Jadi, que tinha se dirigido à unidade hospitalar porque a sua mulher ia dar à luz o seu primeiro filho.
Enquanto esperava, o fotojornalista decidiu juntar-se aos seus colegas, no exterior, e foi morto. Os demais jornalistas assassinados foram identificados como Faisal Abu al-Qumsan, Ibrahim al-Sheikh Ali, Muhammad al-Ladaa e Fadi Hassouna, segundo a TeleSur.
A ocupação sionista justificou o assassinato dos trabalhadores da imprensa afirmando que eram membros da Jihad Islâmica, algo que foi categoricamente rejeitado na Palestina – tal como em outras ocasiões nas quais os sionistas e os seus aliados justificam a morte de jornalistas.
Silenciar a verdade dos crimes contra a Palestina
Em comunicado, o Conselho Nacional Palestino afirmou que estes assassinatos no campo de refugiados de Nuseirat são «uma tentativa deliberada de silenciar a voz da verdade e esconder os crimes que [Israel] está cometendo contra o nosso povo».
Neste contexto, lembrou que o trabalho dos jornalistas goza de proteção especial garantida por acordos e convenções internacionais, e denunciou que o governo de Benjamin Netanyahu goza de imunidade para executar os seus crimes, afirma a Prensa Latina.
Também o Sindicato dos Jornalistas Palestinos (SPJ) condenou o crime perpetrado em frente ao Hospital al-Awda, denunciando que «surge no contexto de uma série de ataques israelitas em curso contra jornalistas palestinos, que têm como alvo profissionais da comunicação social em todos os momentos e lugares, numa tentativa de obscurecer a verdade e sufocar a liberdade de expressão».
O organismo salientou que mais de 190 jornalistas e trabalhadores da imprensa foram mortos desde o início da agressão israelense à Faixa de Gaza, em outubro de 2023, e que esta perseguição contínua constitui um crime de guerra, uma violação flagrante das leis internacionais e humanitárias.
Neste sentido, pediu às organizações internacionais que atuem de imediato para garantir proteção ao povo palestino, incluindo os seus jornalistas, indica a Wafa.
As autoridades sanitárias no enclave costeiro revelaram que, desde o início da agressão israelense, em outubro de 2023, 45.399 palestinos perderam a vida e 107.940 ficaram feridos.
Estima-se que milhares estejam sob os escombros, inacessíveis às equipes de emergência e de proteção civil, devido às restrições e aos ataques israelenses.