Brasil e Estados Unidos negociam uma base no Rio de Janeiro

Segundo divulgou na quarta-feira o jornal Estado de São Paulo, Lula se reuniu em Brasília com o general estadunidense Douglas Fraser, por sugestão da Polícia Federal brasileira, para dialogar sobre uma possível base “multinacional e multifuncional” sob o comando brasileiro.

Supervisão do Atlântico

A idéia é que o Rio se converta em um posto de vigilância do Atlântico Sul, dando aos EUA o controle do narcotráfico como no Caribe que se realiza desde a base estadunidense de Key West (no estado da Florida) e no Atlântico Norte, desde a base da capital portuguesa.

Os agentes de Key West contam com a colaboração dos governos britânico, francês e holandês que contribuem com navios, aeronaves e oficiais, e de alguns países latino-americanos, como a Colômbia, Argentina e Equador.

Durante sua visita a Brasília, Fraser colocou outros temas sobre a mesa: adiantou os detalhes da viagem do secretário de Defesa dos EUA ao país sul-americano, previsto para meados de abril, e falou de cooperação militar estratégica entre ambos os países. O Governo de Lula quer comprar caças e está em dúvida entre a oferta estadunidense e a francesa. Como contrapartida, Fraser transmitiu a Brasília o interesse da Administração Obama na aquisição de aviões de treinamento brasileiros.