Entre a Intenção e o Gesto
O Partido Comunista Brasileiro, PCB, por intermédio da sua Comissão Política Estadual de Brasília, denuncia a atitude reacionária e sectária da Marcha das Vadias do DF que no dia de hoje, 22 de junho, impediu que nossas camaradas integrassem a Marcha alegando que não havia ali espaço para aparelhamentos partidários. Condicionaram a participação das camaradas a ocultarem na faixa que carregavam, a identificação Coletivo de Mulheres Ana Montenegro PCB.
Diante disso, as camaradas se retiraram da Marcha pois, em hipótese alguma seguiriam no ato ocultando quem eram. O alerta na faixa: O Gênero nos Une a Classe nos divide fala por si mesmo. Na Carta de Princípios da Marcha das Vadias do DF na seção que dispõe sobre o que não é acolhido como forma de expressão no dia da manifestação está escrito:
- Não concordamos com o uso de bandeiras, faixas e carros de som que possam promover outros movimentos/instituições durante a Marcha das Vadias DF.
A proibição de seguirmos na Marcha com nossa faixa constitui-se numa contradição, a não ser que se incluam nas restrições albergado no “outros movimentos/instituições, as mulheres comunistas que apontam o dedo para a opressão da sociedade capitalista e das elites sobre o povo trabalhador. O alerta de que a Classe Social nos Divide desvela o preconceito e o anti-comunismo ainda vivo entre pessoas e organizações que se dizem ao lado de todos que lutam por uma sociedade livre de opressões de qualquer natureza.
O PCB não se rende. A decisão de sair da Marcha foi um ato de repúdio a que cultiva na intenção falas radicais como forma de esconder práticas conservadoras.
PCB é Luta, Ação Direta.