Espanha: Meninos de dez anos de idade estão sendo preparados para tornarem-se também em invasores de outros países?

Estas são as imagens da galeria multimídia das Ilhas Canárias e a notícia que ecoou sobre um dia na escola do quartel do Regimento de Infantaria de “Soria 9”, em Puerto del Rosario (Fuerteventura). A notícia é do jornal das Ilhas Canárias, La Provincia do 23 de maio, onde, sob o título inocente de “O Aprendiz de Soldado” se relata um dia em que a escola abre suas portas:

“Os mais jovens foram os que apresentaram maior atenção com as armas expostas e rostos camuflados para participar na “guerrilha”. Todos queriam manejar a ampla variedade de armas expostas e seguiam com atenção as explicações dos soldados. Também não perderam a chance de entrar nos carros de combate”.

A jornada escolar foi amplamente divulgada através de folhetos distribuídos por instituições públicas e patrocinada pelo governo local (Cabildo, município de Puerto del Rosario) e empresas como El Corte Inglés, Pepsi, Mapfre, Câmara de Comércio, empresas de segurança, construtoras, etc …

As fotografias são eloqüentes dos valores que se transmitia às crianças; os pais já não precisam se preocupar com os brinquedos de guerra, porque nas nossas instituições os brinquedos foram substituídos por armas de verdade. O que pensaríamos de um menino afegão como o da foto em treinamento com a resistência de seu país para lançar uma granada contra os soldados?

Podemos imaginar o que a imprensa e os políticos diriam se as crianças que empunham essas metralhadoras e fuzis fossem palestinos do Hamas, libaneses do Hezbollah ou se fossem no exército da Venezuela de Chávez. Com certeza seria uma prova de fundamentalismo e militarização das crianças pobres.

Realizar-se no colégio o dia da paz? Ou para isso não contarão com o orçamento de tantos patrocinadores?

Traduzido por Dario da Silva

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