Petroleiros denunciam venda do Gasoduto Brasil Bolívia

Nesta sexta (17), o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e a Federação Nacional dos Petroleiros promoveram um escracho para denunciar a proposta de privatização da Transportadora Brasileira de Gás, o TBG, responsável pela operação do Gasoduto Brasil Bolívia.

O protesto aconteceu na frente da sede da unidade da Petrobrás que fica na Praia do Flamengo, 200, zona sul do Rio de Janeiro. A manifestação também cobrou que a direção da empresa acabe com as injustiças internas no tratamento e nos direitos dos aposentados e anistiados. Para chamar a atenção das pessoas para os danos sociais causados por essas políticas de entrega do patrimônio público e de discriminação de trabalhadores foram levados bonecos gigantes de isopor da presidenta da república, Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e da presidenta da Petrobrás, Maria das Graças Foster. Os petroleiros elegeram o trio como principal responsável pelas privatizações em curso e pelos ataques aos trabalhadores da Petrobrás.

Os escrachos vem sendo realizados praticamente todas as sextas-feiras desde outubro do ano passado como meio de tornar públicas as denúncias contra o Governo Federal e a direção da Petrobrás. O objetivo é tirar da zona de conforto os gestores da petroleira e a Presidência da República, responsáveis pela aplicação dessa política que massacra dos trabalhadores aposentados e anistiados e entrega o petróleo nacional para as multinacionais estrangeiras.

– Estamos aqui em frente ao TBG para impedir a privatização do sistema de transporte de gás do nosso país. Hoje a Petrobrás detém 51% das ações, não podemos perder esse controle majoritário do gasoduto que garante a chegada do gás vindo da Bolívia até os estados brasileiros. No Congresso Nacional, os entreguistas estão tentando aprovar uma lei que impede que uma mesma empresa seja controladora de produção e transporte do setor petróleo. Isso sendo aprovado obrigaria a Petrobrás a entregar a TBG para as multinacionais. Isso é um absurdo. Uma perda de soberania. Queremos mostrar isso para a população brasileira que com certeza não irá concordar que todo esse investimento público passe para a iniciativa privada. O petróleo tem que estar a serviço do povo brasileiro – explica Francisco Soriano, diretor do Sindipetro-RJ.