Mais e mais “promoção de democracia” na Líbia
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
O principal homem da CIA (e dos sauditas) na Líbia – o general Khalifa Haftar, anti-Gaddaffi – está encenando um golpe contra o governo fantoche, mas que (sabe-se lá como e por quê) foi eleito na Líbia:
Um comandante militar líbio exigiu na 6ª-feira (7/2/2014) a suspensão dos trabalhos do Parlamento “de transição”, e a formação de uma comissão presidencial para governar o país até que se façam novas eleições.
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“O comandante nacional do exército líbio está inaugurando um movimento para um novo mapa do caminho” – disse Haftar, na declaração na qual disse também que as forças armadas estão exigindo que o país seja “resgatado” de mais esse impasse.
Claro que ninguém em Washington, como já aconteceu no caso do Egito, chamará esse outro golpe, de golpe. Vemos aí, novamente em cena, mais um episódio patrocinado pelos EUA de “promoção de democracia”.
Não é coincidência que o golpe aconteça no momento em que as bandeiras verdes do movimento de Gaddafi estão voltando a ser hasteadas em inúmeras partes do território líbio.
O serviço de Haftar será, mais uma vez, ajudar e garantir apoio a forças ligadas à Al-Qaeda do leste da Líbia, para lutarem contra os gaddafistas que estão voltando à cena no sul e no oeste. Mas sem o apoio aéreo da OTAN – que, dessa vez, dificilmente surgirá dos céus – as forças de Haftar têm baixíssima probabilidade de sucesso.