Militares dos EUA roubaram 52 milhões de dólares nas guerras do Iraque e Afeganistão
Resumen Latinoamericano/Russia Today, 6 de maio de 2015 – Durante as guerras do Iraque e Afeganistão, tropas militares estadunidenses se apropriaram de dezenas de milhões de dólares através de subornos, roubos e contratos manipulados.
Desde 2005, ao menos 115 membros do pessoal militar dos EUA implantados no Iraque e no Afeganistão foram condenados por roubos, subornos e manipulação de contratos, crimes que supõem perdas totais de mais de 52 milhões de dólares, informa a organização de notícias de investigação Centro para a Integridade Pública. Atualmente, estes militares cumprem penas de prisão que variam de três meses a mais de 17 anos.
Em uma das maiores fraudes descobertas estavam envolvidos soldados que vendiam o combustível militar estadunidense aos cidadãos locais no Afeganistão e se apropriavam do dinheiro. O roubo do combustível supôs uma perda de, ao menos, 15 milhões de dólares desde o início da guerra. Outros esquemas consistiam em ajudar os iraquianos a roubar equipamento de uma base militar, assim como organizar a concessão de contratos a empresas locais em troca de subornos.
Outros delitos adicionais cometidos pelas tropas continuam sendo investigados e alguns registros jurídicos são mantidos em segredo. A magnitude das perdas adicionais da fraude, desperdício e abuso por parte das empresas, civis e soldados estrangeiros aliados no Afeganistão nunca foi divulgada, porém os oficiais que investigam tais crimes dizem que o total se estima em bilhões de dólares.
O ex–inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Iraque, Stuart Bowen, expressou a suspeita de que “a fraude… entre o pessoal militar dos EUA e as empresas era muito maior” do que ele e seus colegas puderam processar. John F. Sopko, seu homólogo no Afeganistão, anunciou que sua agência provavelmente tenha revelado menos da metade das fraudes cometidas pelos militares neste país.
Em abril passado, o oficial da Armada estadunidense, Todd Dale Malaki, foi declarado culpado por corrupção por um tribunal federal, por facilitar informação privilegiada a uma empresa de defesa estrangeira em troca de dinheiro, viagens de luxo e prostitutas.
Malaki, de 44 anos de idade, de San Diego, Califórnia, “admitiu ter aceitado dinheiro, gastos de hotel e os serviços de uma prostituta em troca de divulgar os horários de barcos confidenciais e outra informação interna da Armada ao presidente de uma empresa de defesa”, informou o Departamento de Justiça dos EUA em um comunicado.
Malaki vendeu os dados a Leonard Glenn Francis, ex-presidente da companhia Glenn Defense Marine Asia (GDMA), com sede em Singapura, que prestava serviços à Armada estadunidense, enquanto trabalhava para a Sétima Frota da Armada dos EUA em 2006. Malaki admitiu que o valor total dos benefícios que recebeu somaram, aproximadamente, 15.000 dólares, informou ‘The Washington Post’. Malaki é a oitava pessoa declarada culpada por corrupção e fraude nas fileiras da Armada dos EUA no marco deste caso.
Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/05/06/militares-de-eeuu-robaron-52-millones-de-dolares-en-las-guerras-de-irak-y-afganistan/
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)