Evo Morales apresenta os avanços de 11 anos de gestão

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Resumen Latinoamericano. ABI. TeleSur.

Em 22 de janeiro, na Bolívia, e com caráter oficial (Decreto Supremo Nº 0405, de 20 de janeiro de 2010) se celebra o “Dia do Estado Plurinacional da Bolívia”, uma jornada político-patriótica sobre a plural configuração do país. A escolha deste dia deriva da recordação da data na qual o Presidente Evo Morales assumiu a presidência, em 22 de janeiro de 2006.

Ritual ancestral abre programa de comemoração da fundação do Estado Plurinacional

No domingo, amautas andinos iniciaram o programa de comemoração da fundação do Estado Plurinacional da Bolívia com uma oferenda ancestral realizada na histórica Praça Murillo, na cidade de La Paz, centro do poder político do país.

Esse ritual, no qual se solicita permissão à Pachamama ou Mãe Terra, foi acompanhado por conjuntos de música autóctone e representantes dos movimentos sociais e indígenas, com suas vestimentas típicas.

“A mesa pede sempre os bons fluídos para continuar com este processo de mudança, porque a vida é assim”, disse o amauta Víctor Machaca ao iniciar a tradicional mesa andina de oferenda à Pachamama.

Explicou que com esse ritual se pede à Mãe Terra boa produtividade para a cidade e para o campo, além de desenvolvimento para o país.

“Na mesa tem dois sullus (fetos de lhama), os mistérios, o fogo, nos mistérios estão outros objetos como incenso, copal, coa, todo um conjunto de produtos místicos para oferecer à Pachamama”, explicou.

O Dia do Estado Plurinacional se celebra em 22 de janeiro de cada ano para recordar o aniversário da fundação do Estado Plurinacional.

Morales celebra aniversário do Estado Plurinacional com aprovação de 58% (Pesquisa)

O Presidente Evo Morales celebra o Dia do Estado Plurinacional com uma aprovação de 58% de sua gestão, segundo uma pesquisa difundida pelo jornal El Deber neste domingo, sobre os 11 anos de gestão do governo.

A pesquisa foi aplicada pela empresa Equipos Mori a 726 pessoas, entre 18 e 20 de janeiro, nas cidades de Cochabamba, El Alto, La Paz e Santa Cruz, por encomenda desse matutino santa-cruzense, estabelece que Morales tem uma aprovação de 58%.

A margem de erro do estudo é de mais ou menos 3,6% e a confiabilidade de 95%. O estudo de opinião estabelece também que 34% dos entrevistados se mostrou de acordo com que o chefe de Estado insista com a repostulação para as eleições gerais de 2019.

“Para ninguém é um segredo que a força eleitoral do MAS se concentra nas cidades intermediárias e no âmbito rural; estamos falando de que nesse setores superaremos 50% de apoio popular”, disse ao El Deber o Ministro de Defesa, Reymi Ferreira.

Evo Morales apresenta os avanços de 11 anos de gestão

“Nestes onze anos de gestão se alfabetizaram 997.956 pessoas”, assegurou Morales. | Foto: ABI

Frente à Assembleia Legislativa Plurinacional, o mandatário boliviano detalhou as conquistas de seu Governo e as comparou com os 180 anos da colônia.

Neste domingo, o Presidente da Bolívia, Evo Morales, apresentou um informe detalhado das conquistas obtidas durante os 11 anos de sua gestão, entre as quais destacou a nacionalização dos recursos, o aumento da participação de indígenas e das mulheres na política, e o aumento do investimento social.

A Bolívia celebra o Dia do Estado Plurinacional e recorda o 11° aniversário da investidura de Morales como primeiro mandatário indígena do país.

Em sua intervenção frente à Assembleia Legislativa Plurinacional, Morales ressaltou que a economia nacional em 180 anos “estava desmembrada” pelos monopólios estrangeiros e pelas transnacionais.

Atualmente, empresas como Shell Gas (Latin America) BV, Red Eléctrica internacional S.A.U., Paz Holdings Limitada e Inversiones Econergy Bolivia S.A figuram entre os negócios nacionalizados e registram grandes rendas para a nação.

Quanto à estabilidade política, o mandatário boliviano recordou que em 180 anos (1825-2005), a média de duração dos mandatos era de dois anos. Durante esse tempo, assinalou, tiveram 83 presidentes que saíram, sendo alguns por golpe de Estado. Em compensação, destacou que seu Governo está 11 anos no poder, o que garante a “continuidade e a estabilidade necessária para o desenvolvimento de um país”.

Os referendos democráticos realizados

imagemPor outro lado, Morales assegurou que em 180 anos apenas ocorreram dois referendos no país, enquanto nos anos de seu Governo, foram celebrados 47 referendos. “Isso é participação”, enfatizou.

Quanto à participação política dos diversos setores sociais, mencionou que agora na Bolívia existem nove titulares indígenas na Assembleia Legislativa Plurinacional.

“No Estado colonial os mais marginalizados foram as mulheres e indígenas”, afirmou o líder indígena.

Participação indígena dentro da Assembleia

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Participação de mulheres dentro do Gabinete

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Participação das mulheres na Câmara dos Deputados.

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Participação das mulheres na Câmara dos Senadores

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Morales indicou que nos últimos 11 anos diminuíram os níveis de pobreza na nação sul-americana, enquanto os níveis de desigualdade também foram reduzidos.

“As rendas dos 10% mais ricos da população eram superiores em 128 vezes. Agora, se reduziu para 37”, precisou.

Quanto à taxa de desemprego, destacou que entre 2015 e 2016 se reduziu mais de 2,5%.

As conquistas do Estado Plurinacional na saúde.

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Sobre as conquistas na saúde, deu um especial agradecimento à missão médica cubana, que permitiu salvar a vida de 93.375 pessoas na nação.

O Presidente destaca o empoderamento político das mulheres, indígenas e jovens em 11 anos

O Presidente Evo Morales destacou o empoderamento político das mulheres, dos indígenas e da juventude em 11 anos de revolução democrática e cultural que conduz seu governo de coalizão das esquerdas.

“No mundo somos o segundo país com maior representação de mulheres no Congresso depois de Ruanda”, disse ao fazer uma comparação entre a época republicana e o Estado Plurinacional instaurado com a nova Constituição promulgada em 2009, após um processo constituinte que Morales incentivou desde que chegou à presidência, em 22 de janeiro de 2006.

“Na República, os mais marginalizados, excluídos, foram o movimento indígena e as mulheres das distintas classes sociais (…); durante o período da República até 2005, não existia representação de jovens entre 18 e 25 anos”, apontou.

Morales destacou que, na atualidade, mais de 50% dos membros da ALP, composta por 166 legisladores titulares, são mulheres; além disso, 41 assentos estão ocupados por indígenas e 20 por jovens.

“Desde 1825 até 2005, 23 ministras (foram) nomeadas por todos os presidentes. Em nossa gestão, 11 anos de governo, 47 ministras nomeadas por um só Presidente”, acrescentou o Primeiro Mandatário, cujo gabinete de ministros está composto também por indígenas e jovens.

Nesse marco, Morales, que em 2006 se converteu no primeiro Presidente indígena na história boliviana, enfatizou que o país goza de uma estabilidade política produto da inclusão da maioria nacional e da redução das desigualdades sociais.

Morales agradece aos movimentos sociais pela nova Bolívia no início de seu informe

O Presidente Evo Morales agradeceu aos movimentos sociais por garantirem uma nova Bolívia, mediante a revolução democrática e cultural, no início de seu informe de gestão ante a Assembleia Legislativa Plurinacional.

“A exposição de protestos convertidos em propostas foi tão importante para que em 11 anos de revolução democrática tivéssemos a nova Bolívia. Gostaria de dizer ao povo boliviano, aos movimentos sociais o meu muito obrigado por garantir esta nova Bolívia para as novas gerações”, mencionou.

Desde 2006, quando Morales assumiu a presidência do país, os movimentos sociais desempenharam um papel protagonista na transformação do país, no âmbito político, social e econômico.

Morales destacou que, ao fazer referência aos movimentos sociais, não só se engloba as organizações sindicalizadas, mas todos os setores das regiões do país, que se caracterizam por sua diversidade.

Manifestou que, fruto do trabalho conjunto com esses movimentos sociais, se garantiu a estabilidade da Bolívia e, no aspecto econômico, se avançou no crescimento.

A continuidade do Governo é sólida pelo acompanhamento da sociedade organizada (Paco)

A Ministra de Comunicação, Marianela Paco, afirmou que a continuidade do Governo, encabeçado pelo Presidente Evo Morales, é sólida pelo acompanhamento da sociedade organizada há 11 anos.

Paco se referiu ao assunto ao destacar os 58% de aprovação à gestão do Governo, conforme estabelecido por uma pesquisa difundida no domingo pelo jornal El Deber, de Santa Cruz.

“Este acompanhamento tem relação com uma aprovação na gestão de nosso governo nacional, de nosso Presidente Evo Morales encabeçando, como líder desta revolução democrática cultura e pacífica com 58% de aprovação”, sustentou.

A Ministra de Comunicação disse que com esse apoio da população se comemoram 11 anos de Governo, nos quais se consolidou a inclusão definitiva das diversas identidades e povos ao Estado Plurinacional da Bolívia.

García Linera diz que a globalização neoliberal morreu e deixou seus seguidores sem projeto

O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, afirmou que a globalização neoliberal como projeto político, cultural, ideológico, como esperança mobilizadora, capaz de mobilizar paixões coletivas, morreu e deixou seus seguidores sem projeto político, sem discurso nem proposta para convocar a sociedade.

Ao inaugurar a Sessão da Assembleia Legislativa Plurinacional, onde o ponto central é o informe de 11 anos de gestão do Presidente Evo Morales, o segundo do Executivo boliviano afirmou que os primeiros sintomas de morte da globalização neoliberal se fizeram latentes entre os anos 2000 e 2006, quando na América Latina surgiram as lutas de classes, as revoluções, a construção de modelos econômicos alternativos ao neoliberalismo que, como o boliviano, é exitoso.

“O que morreu, o que é um cadáver insepulto, é a globalização neoliberal como projeto político, cultural e ideológico, como esperança mobilizadora, como opção capaz de convocar paixões coletivas, isso já não ocorre mais, isso morreu. A globalização neoliberal como ilusão de bem-estar foi derrubada e deixou seus defensores sem projeto político, sem discurso, sem proposta para convocar a sociedade”, destacou em seu discurso.

García Linera disse que o segundo sintoma da decadência da globalização neoliberal chegou pelas mãos do Presidente estadunidense Barack Obama, quando estatizou o banco norte-americano para tirar da bancarrota os banqueiros, “mostrando que era uma farsa a suposta eficiência empresarial”

Afirmou que o “campanazo” final foi o crescimento do Produto Interno Bruto do mundo, mais rápido que o crescimento do comércio internacional, “quando anos atrás o comércio mundial crescia o dobro do PIB”.

“É um ‘campanazo’ final de que a livre globalização dos mercados já não é mais o motor da economia”, referendou.

O vice-presidente boliviano também assegurou que a retirada da Inglaterra da União Europeia, a promessa de anular os tratados de livre comércio, o anúncio de construção de muros “infames” na fronteira com o México e a reivindicação do protecionismo, são “a certificação final da morte da globalização neoliberal como projeto político mobilizador”.

“A globalização neoliberal faleceu, já não tem nada a oferecer à Bolívia, pois são fósseis nostálgicos de uma ilusão fracassada. Hoje, o que resta nos países capitalistas é uma inércia sem convicção, que não seduz ninguém, uma manipulação decrépita de ilusões murchas regadas pelas loucuras de um punhado de escribas mesquinhos”, complementou.

Na contramão, disse que ante à ausência de certezas efetivas no mundo, é preciso lutar e construir novas esperanças a partir do que se construiu e das conquistas alcançadas, e afirmou que um desses “destinos possíveis, é a sociedade dos comuns, a das comunidades, a da riqueza comum, a da responsabilidade comum, a da produção e da felicidade comum, a do cuidado comum planetário da natureza e da vida”.

“Isso é o socialismo comunitário, isso é o comunismo, isso é a comunidade universal de seres humanos e natureza. É preciso lutar, pois, por estas posibilidades de sociedade. Desta maneira, o trabalho, a sociedade, a esperança e a vida junto com a natureza poderão estar a salvo”.

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2017/01/22/dia-de-la-fundacion-del-estado-plurinacional-de-bolivia-evo-morales-da-su-mensaje-anual-ante-el-legislativo-y-da-cuenta-de-los-avances-de-11-anos-de-gestion-ritual-ancestral-abre-programa-de-conme/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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