TODA A SOLIDARIEDADE À CAMARADA TALY NAYANDRA! ABAIXO A REPRESSÃO!

imagemO PCB, através de sua Comissão Política Nacional, repudia a agressão à militante de nosso partido no estado do Amazonas e exige a pronta apuração dos fatos e a punição dos responsáveis. Segue a nota do PCB – AM descrevendo o lamentável ocorrido.


Nota do Partido Comunista Brasileiro – Amazonas

O Partido Comunista Brasileiro (PCB-AM) vem por meio desta repudiar o espancamento que a militante Taly Nayandra sofreu por policiais militares na noite de sábado, 25 de fevereiro.

A militante relatou que, ao sair de um bar próximo à Praça da Saudade com um grupo de colegas, foi surpreendida por tiros disparados em direção ao grupo que estava com ela. Dois homens e também um mulher – não identificados, começaram a disparar tiros para o alto e também para o grupo de pessoas que, ao se depararem com a situação, começaram a correr para se proteger. Após alguns segundos, apareceu uma viatura da polícia militar que, ao invés de averiguar o que se passava, iniciou sua caçada para prender sem motivo alguns dos militantes que corriam.

A camarada Taly não conseguiu fugir e foi presa junto com outro companheiro. Ambos perguntaram aos policiais a razão da prisão, mas estes, sem prova alguma, alegaram que a camarada Taly e os demais colegas de seu grupo estariam pichando. Taly e um companheiro foram levados ao 24º DIP, no centro de Manaus. Já na delegacia, Taly foi levada para uma sala junto com outro companheiro preso junto com ela, depois ambos foram separados, e daí se iniciou a sessão de espancamento com chutes, tapas no rosto, ouvidos e socos nas costas. O rapaz foi solto. A camarada Taly, seguiu na delegacia por mais de uma hora sendo espancada por um policial que, além da opressão física, a oprimiu psicologicamente, gritando: “Fala alguma coisa agora, sua comunista filha da puta”. A camarada Taly chegou a desmaiar após o espancamento que sofreu. Depois de recuperada, os dois policiais que a espancaram a deixaram em uma rua no bairro São Raimundo, Zona Oeste de Manaus. Ao descer do carro, os policiais pediram para ela correr e não olhar para trás, pois um tiro pelas costas poderia aguardar por ela.

A camarada Taly Nayandra se juntou às fileiras do partido ainda na adolescência, período em que também adentrou na União da Juventude Comunista (UJC) e o coletivo feminista classista Ana Montenegro. Desde então, a camarada Taly se juntou a outras (os), camaradas para lutar por uma sociedade que vise ao fim da exploração de um homem sobre outro homem. Na última eleição, a camarada Taly Nayandra foi candidata a vice-prefeita da cidade de Manaus pela coligação ‘Manaus por nós: construindo o poder popular’, junto com o candidato professor Queiroz (PSOL – AM).

Mesmo com sua pouca idade, a camarada Taly é uma mulher revolucionária, não oportunista e tem representado o partido em inúmeras lutas na cidade de Manaus. Desde janeiro, adentrou com outros companheiros no movimento “Não ao Aumento da Tarifa”, visando a luta contra o reajuste da tarifa de ônibus que já passa pelo seu segundo aumento em menos de um ano.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB-AM) reitera o apoio à camarada Taly Nayandra, se solidariza e repudia a agressão que sofreu covardemente. A postura desses policiais evidência o caráter da Polícia Militar e dos governantes municipais e estaduais. É evidente que a repressão sofrida pela camarada é de caráter estritamente político, machista e misógino, quando analisamos que a camarada foi agredida literalmente pelas costas, ameaçada de morte e quase morta com um tiro pelas costas.

É inaceitável tal situação. Aguardamos por uma resposta da Polícia Militar acerca do ocorrido e iremos tomar as decisões cabíveis para que mais um crime não fique impune.

Por uma sociedade livre de toda opressão, por uma sociedade justa e igualitária. Repudiamos toda forma de opressão!

Abaixo toda repressão!
Luta Não É Crime!
Vale a pena viver quando se é comunista!
Viva a Revolução Socialista!