Venezuela: detidos por vandalismo confessam ter recebido dinheiro da oposição para cometer crimes
O presidente da República, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo que as investigações dos organismos de segurança do Estado venezuelano encontraram provas e evidências que vinculam a dirigência opositora aos atos vandálicos e de violência ocorridos na semana passada para gerar caos e desestabilização.
O chefe de Estado apresentou ao país, em uma transmissão de “Venezolana de Televisión”, trechos de gravações sobre os atos violentos em Caracas durante a Semana Santa.
Um dos vídeos mostra um jovem capturado – que liderava atos terroristas no município de Chacao de Caracas – confessando para as autoridades que foi contratado por dirigentes do partido de direita Primeiro Justiça (PJ), “para que fosse marchar e depois gerar violência e atos vandálicos na cidade”.
O presidente Maduro explicou que este jovem, que recebeu 300 mil bolívares dos dirigentes do partido PJ, foi contratado para comandar o assédio à sede administrativa do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Chacao, no sábado 8 de abril.
“Eu tenho parte de sua confissão, fui autorizado pelas instâncias do Poder Cidadão e do Poder Judiciário, para apresentar uma parte deste vídeo. Esta pessoa (que confessa no vídeo) foi quem conduziu o ataque irresponsável para queimar a sede do escritório executivo da Magistratura, onde havia venezuelanos trabalhando”, afirmou.
Em outro vídeo apresentado pelo presidente, outro jovem confessa ter recebido financiamento e linhas de ação do deputado de PJ, Tomás Guanipa.
Na gravação, o jovem diz que está na folha de pagamento da Prefeitura Metropolitana –administrada pela direita– e cobra um salário sem trabalhar, em troca de sua disposição a liderar grupos violentos sob comando dos dirigentes da oposição.
Segundo ele, durante as concentrações convocadas pela oposição na semana passada, “as instruções (dos dirigentes de PJ) eram incendiar Caracas”.
O chefe de Estado disse que as autoridades competentes investigam os casos de violência e vandalismo para encontrar os autores intelectuais. As ações vandálicas provocaram perdas estimadas em 50 bilhões de bolívares para o Estado venezuelano.
“Estão os testemunhos, as provas e estamos atrás da captura dos responsáveis diretos de promover estes destroços em todo o país. São várias linhas de investigação. Quero felicitar os funcionários do CICPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas), do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), o ministro do Interior, Justiça e Paz, o Ministério Público, o Poder Judiciário, por este trabalho minucioso apegado a nossas leis”, disse.
Ilustração: Twitter @metro_caracas/AVN
Fonte: AVN