PCV REIVINDICA AO GOVERNO VENEZUELANO O FIM DO ACORDO DE INTELIGÊNCIA COM A COLÔMBIA

(veja também o vídeo)

Segunda-feira, 6 de junho de 2011 15:54

CARACAS, 6 de Junho de 2011, Tribuna Popular TP .- Tendo em vista que se viola a soberania nacional e as informações são utilizadas pela inteligência estadunidense e sionista de Israel, o Partido Comunista da Venezuela (PCV) demandou ao governo venezuelano rescindir a cooperação em matéria de inteligência com a polícia e o governo colombiano.

Assim expressou Oscar Figuera, secretário-geral do PCV, em conferência de imprensa sobre as informações antecedentes fornecidas pelo próprio governo venezuelano sobre a cooperação em curso em matéria de inteligência com o governo da Colômbia, que resultou na captura e entrega de quadros revolucionários ao regime narco-paramilitar da oligarquia colombiana.

“O Partido Comunista considera que esta cooperação de inteligência viola a soberania de nosso país”, disse o dirigente comunista.

De acordo com as informações obtidas pelo PCV, entregues pelas próprias autoridades venezuelanas, foi a Colômbia que informou a Caracas da presença do cantor e compositor membro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP). “Não é possível que a inteligência colombiana, neste caso o DAS, possa apontar ao governo venezuelano onde estão atuando os revolucionários e revolucionárias em nosso território, se é que não há agentes colombianos no território da Venezuela”, disse Figuera.

Para o Partido Comunista da Venezuela, esta ação dos agentes da Colômbia violou a soberania nacional.

O PCV também denunciou que esta cooperação de inteligência com o governo colombiano diretamente está sendo usada por agências de inteligência dos EUA e de Israel, pois são conhecidos os acordos nesta matéria mantidos pelo Governo da Colômbia com a CIA e o Mossad, do estado sionista de Israel.

“Há informações de que os dados que a Venezuela entrega à inteligência colombiana são de conhecimento, controle, gestão e utilização pelos serviços secretos norte-americanos e pelo sionismo internacional”.

Por estas duas razões – a violação da soberania nacional e a utilização de informações pelos inimigos declarados do nosso país, como o imperialismo norte-americano e o sionismo israelense – o Partido Comunista demandou rescindir os acordos de cooperação em inteligência com o governo colombiano.

O GOVERNO VENEZUELANO VIOLA O DIREITO À DEFESA

O Partido Comunista da Venezuela também se referiu ao que se tornou de conhecimento público, o descaso do governo nacional com os direitos de cada cidadão nacional ou estrangeiro, o direito ao mínimo de defesa.

“Assim como é garantido o direito de defesa aos cidadãos venezuelanos em qualquer lugar do mundo, na Venezuela, onde nós trabalhamos e nos esforçamos para criar uma nova sociedade e um Estado revolucionário, deve ser garantido aos revolucionários e revolucionárias, pelo menos, o direito à defesa”, afirmou o PCV.

Situação que não aconteceu no caso das entregas e deportações que o governo nacional efetuou administrativamente, em violação das leis nacionais, da Constituição Bolivariana da Venezuela e dos acordos internacionais.

Mas também contra os termos que foram assinalados a partir do caso do cantor e compositor das Farc, Julián Conrado, o Partido Comunista solicitou ao Executivo Nacional que não equipare e não coloque na mesma balança aos paramilitares e narcotraficantes, que fazem parte da governo colombiano, e os combatentes colombianos.

“Isso não corresponde a uma avaliação ideológica e política transformadora, pois coloca em um mesmo saco aqueles que agem em atos de criminalidade comum, que servem o Estado terrorista e narco-paramilitar colombiano, como são os paramilitares; e os que resistem à dominação do imperialismo e do Estado colombiano”, enfatizou Figuera.

Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=gttkaA2aFNc

Fonte: http://www.tribuna-popular.org/index.php/partido-comunista/comite-central/8522