PC da Grécia, Grécia entra em greve! Segundo Dia: atividade da PAME de grande sucesso
As bandeiras da Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) balançaram nos locais de trabalho, empresas, construções, portos, instituições públicas. Milhares de trabalhadores responderam ao chamado militante da PAME. A greve obteve sucesso! Autônomos, pobres fazendeiros, pensionistas, imigrantes e estudantes também estiveram lá.
Duras batalhas aconteceram nos portões das fábricas e nas rampas dos navios com o intuito de montar piquetes de greve e fazer o capital sentir o poder da classe trabalhadora onde dói mais, como aconteceu ontem, quando centenas de milhares aderiram à greve.
Durante as dezenas de manifestações nas ruas e praças, ao longo do país milhares de protestantes votaram, unanimemente, contra as medidas.
A classe trabalhadora rejeita as novas medidas que vão contra a população, recusa se tornar escrava da plutocracia.
Devemos notar que essas novas medidas reduzem os salários e pensões, aumentam a idade de aposentadoria e a taxação indireta de 13% para 23%, dão um golpe na segurança social e aumentam o tempo de trabalho diário não pago, estabelecem, particularmente, menores salários para os jovens, abolem os acordos coletivos trabalhistas, estabelecem os contratos temporários que resultam em demissões sem compensação, reduzem os benefícios “sociais”, etc.
Em adição, elas privatizam companhias, terras, serviços de distribuição de água, portos, aeroportos, etc, que foram ganhos pelo estado com o intuito de trazer dinheiro para os fundos estatais e pagar o débito, como eles dizem. Não obstante, o motivo é que eles querem entregar novos setores da economia para os capitalistas para que eles invistam seus lucros acumulados.
Os trabalhadores e a massa popular ignoraram as intimidações e participaram das manifestações de greve que aconteceram ontem de manhã, assim como das dezenas de manifestações que aconteceram ontem à tarde. Hoje eles continuam suas lutas, que é um legado significativo para novas lutas, para a escalada da luta.
A vasta maioria dos protestantes que participaram das manifestações de greve, que aconteceram em 65 cidades do país, se apresentou com as bandeiras da PAME e não com as bandeiras dos chamados “cidadãos indignados” ou dos líderes dos sindicatos amarelos do GSEE-ADEDY.
O Secretariado Executivo da PAME saudou as centenas de milhares de grevistas que lutaram, decisivamente, pela greve.
Na tarde do primeiro dia da greve a PAME organizou uma manifestação massiva no centro de Atenas, que se estendeu até o Parlamento. As fortes linhas de piquete da manifestação preveniram provocações de pequenos grupos que tinham o intuito de dissolver a atividade.
Mesmo com centenas de milhares de grevistas que lutaram dinamicamente pela greve, mesmo com ruas e praças lotadas pelos manifestantes, as redes internacionais de TV mostraram as atividades dos provocadores, como se isso fosse o objetivo principal na Grécia, e mal dispensaram alguns segundos para a greve. Isso é, alegadamente, o objetivo da informação! Isso tem a ver com uma operação massiva de distorção da realidade na Grécia, que tem a intenção de esconder a resistência, a luta e as demandas de centenas de milhares de trabalhadores.
O Escritório de Imprensa do CC do KKE apontou em seu documento: “quase que acidentalmente” os vários grupos de pessoas encapuzadas apareceram, com os motins das forças policiais, durante as manifestações de greve. Esse fato é mais uma evidência que possibilita que as pessoas vejam que o movimento do sistema e seus mecanismos repressivos estão com medo do movimento nas fábricas e empresas, o movimento da classe trabalhadora que dá uma perspectiva às pessoas.
O movimento de classe sabe como lutar e se proteger dos provocadores. As lutas continuam.
Além disso, o Secretariado Executivo denunciou os jogos da gestão de algumas dezenas de indivíduos encapuzados com os motins das forças policiais porque eles insistiam em caluniar as lutas dos trabalhadores, intimidar o povo trabalhador e a juventude e evitar suas participações nas manifestações de greve. A PAME chamou os trabalhadores a desafiá-los e dar uma resposta organizada à ação provocativa desses mecanismos através de sua participação de massa nas manifestações.
Em uma entrevista dada ao canal de TV MEGA, no dia 28 de junho, Aleka Papariga, SG do CC do KKE, sublinhou que a atividade dos indivíduos encapuzados “beneficia o governo também” e adicionou “existem muitos núcleos dentro e fora do governo a cada momento, ou outros criados por mecanismos relativos que usam esses incidentes, ou até mesmo os cria”.
Falando sobre a possibilidade de bancarrota caso o Parlamento não adote as medidas governamentais que vão contra a população, a SG do CC do KKE disse:
“Bancarrota é um fato. Talvez agora eles concordem com as condições ou a distribuição de possíveis perdas entre os credores”. Aleka Papariga chamou as pessoas para que lutem pela saída do país da União Européia e pelas mudanças radicais paralelas na sociedade e na economia.
Segundo dia de greve
No segundo dia de greve a PAME, junto ao PASEVE (Manifestação Nacional Antimonopólio dos Autônomos e Pequenos Comerciantes), ao PASY (Manifestação de todos os Fazendeiros Militantes), ao MAS (Frente Militante de Estudantes) e ao OGE (Federação Grega de Mulheres) organizaram manifestações massivas de greve em 65 grandes cidades do país.
Em Atenas, a manifestação aconteceu na praça Omonoia.
Uma delegação do CC do KKE, liderada por Aleka Papariga, participou da manifestação. Em seguida, acompanhou a marcha nas ruas da cidade que acabou na praça Omonia, onde os manifestantes ficaram até a votação do pacote das novas medidas contra a população que foram adotadas nesta tarde pela maioria parlamentar do PASOK, com 155 votos.
O grupo parlamentar do KKE votou contra as medidas num todo e encabeçou a manifestação da PAME, onde Aleka Papariga expressou uma saudação ressaltando a necessidade de continuar a luta pelo definhamento das escolhas contra a população do governo, o definhamento do capital e da UE.
Traduzido por Mariângela Marques.