III Plenário do PCV ratificou esforços para construir o Polo Patriótico e qualificou como insuficiente os passos que estão sendo dados

“Nosso Comitê Central concordou em ratificar a participação do PCV [Partido Comunista da Venezuela] em todos os esforços dirigidos a construir a ampla aliança patriótica, anti-imperialista, de conteúdo popular, chamada de Grande Polo Patriótico, por ser una necessidade da qual não se pode esquivar, uma demanda, do processo social e político venezuelano”.

Bureau Político do Partido Comunista de Venezuela

Caracas, 17 de outubro de 2011, Tribuna Popular TP. – Assim o informou nesta segunda-feira 17 de outubro Oscar Figuera, Secretário Geral do Comitê Central do Partido Comunista de Venezuela, ao dar ao conhecimento à imprensa os resultados da III Plenária do Comitê Central do PCV, que se reuniu no sábado passado, 15 de outubro.

“Esta decisão não é nova; é simplesmente a continuação do que tem sido a política do PCV, aprovada no nosso recente XIV Congresso concluído em agosto deste ano, a partir de toda uma elaboração teórica que vem realizando nosso Partido, que se expressa em um documento cujo título é Unidade das Forças Patrióticas para Aprofundar a Revolução”, disse o dirigente.

“Este documento, aprovado por nosso Comitê Central [CC] em abril deste ano, que contém as propostas das e dos comunistas em relação ao que deve ser e como se deve construir a Frente Ampla Nacional Patriótica anti-imperialista, que é como concebemos a aliança que deve dar-se em nosso país, e que se configura com a denominação de Grande Polo Patriótico”, continuou Figuera.

Mas, na opinião do Comitê Central, informou o também deputado à Assembléia Nacional, os esforços em curso são insuficientes: “Ao analisar as iniciativas que se vêm dando até a conformação desse Polo Patriótico, além de ratificar a decisão do PCV de participar nessa construção, o Comitê Central igualmente considerou que é necessário criar as condições para o debate coletivo das organizações posto que, desde nossa percepção, os mecanismos que estão sendo implementados não garantem todavia outro elemento fundamental, que também demanda a revolução nacional-libertadora em curso na Venezuela, que é a construção de uma autêntica direção coletiva do processo. Por isso, a III Plenária do Comitê Central [CC] decidiu impulsionar os processos de incorporação das organizações sociais, nas quais as e os comunistas temos presença e influência, no esforço de construir esse instrumento unitário”, declarou.

Esclareceu Figuera que isso não significa que o PCV vai se inscrever em algum registro ou censo de organizações: “O PCV considera que a participação das organizações partidárias nesta construção não deve ser feita por meio de um registro, senão como produto de um debate, de uma discussão, de uma construção de espaços onde convirjam todas as organizações políticas do processo, que por certo não são numerosas. Estas organizações partidárias devemos nos reunir, debater e ter um acordo de como vamos trabalhar em função de articular e contribuir para a construção do Grande Polo Patriótico. Assim que o PCV como tal, como organização partidária autônoma, não vai se inscrever em nenhum registro”.

“A III Plenária do CC do PCV entende que se está trabalhando e avançando em uma linha correta para garantir a vitória eleitoral de outubro de 2012. Para o PCV, tudo o que contribua para organização social, para a luta de massas, para as iniciativas políticas e ideológicas para avançar e garantir a vitória eleitoral do próximo 7 de outubro, é correto, e nosso Partido está decidido a participar. Mas seguiremos insistindo na necessidade de construir a ampla aliança anti-imperialista, a Frente Ampla Nacional Patriótica, e na participação do conjunto das forças sociais e políticas identificadas com a conquista da plena soberania nacional, da independência e da autodeterminação de nosso povo frente ao imperialismo estadunidense, e que transcenda os objetivos puramente eleitorais. Insistiremos assim mesmo na necessidade de construir o Bloco Popular Revolucionário dentro dessa Frente, que aglutine as forças de perfil claramente socialista”, concluiu Figuera.

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TRIBUNA POPULAR Redação