Perigosa provocação à Cuba

15 de outubro de 2011

No próximo 9 de dezembro, em vésperas do Dia Internacional dos Direitos Humanos, um grupo de contrarrevolucionários radicados na Flórida, mobilizados pela organização terrorista Movimento Democracia, zarparão desde Cayo Hueso até as costas cubanas, utilizando uma frota de embarcações, para montar um perigoso espetáculo midiático cujas derivações políticas são impresumíveis.

Até o momento é impreciso determinar se será uma só embarcação de 80 pés que estará envolvida ou se incorporarão à louca aventura outras embarcações. Junto ao Movimento Democracia, participarão representantes de outras organizações anti-cubanas, como a Organização de Jovens Exilados Cubanos (OJEC), Agenda Cuba, a Assembleia da Resistência Cubana (ARC) e o partido Pró Direitos Humanos de Cuba.

O terrorista e organizador deste novo show, Ramón Saúl Sánchez, presidente do Movimento Democrático, declarou em uma conferência de imprensa, com total impunidade, que a provocação em curso tem como finalidade “levar aos cubanos na ilha uma mensagem de solidariedade que se visualize das três províncias – La Habana, Pinar del Río e Matanzas – por meio de um espetáculo de fogos artificiais.”

Plenamente consciente de que esta delicada operação marítima agrava as relações entre Cuba e EUA, o próprio Raul Sanchez declarou: “Os riscos são o mar; que a tirania não nos agrida, ou que o governo dos EUA não nos detenha, como já sucedeu”.

O governo norte americano deve tomar consciência do fato indiscutível de que esta nova provocação o coloca frente a sérias responsabilidades, dado o fato de que alguma das embarcações poderiam cruzar o limite das doze milhas e entrar nas águas jurisdicionais cubanas, o que representaria um perigoso ponto de conflito, pois Cuba, obviamente, tem o legítimo direito de responder a essa provocação de entrada ilícita à suas fronteiras marítimas por parte de alguma destas embarcações.

Cuba, tal como ocorreu em 24 de fevereiro de 1996, ocasião na qual foram derrubadas duas avionetas da organização terrorista Hermanos al Rescate, logo de constantes violações em seu espaço aéreo e de que o governo norte americano se fez omisso às advertências e comunicados oficiais com respeito a essas reiteradas provocações, tem o direito soberano de se fazer respeitar suas

fronteiras.

A parte norte americana, até o momento, não tomou ação alguma para deter este ato provocador, o que confirma o grau de impunidade com o que atuam os grupos terroristas anti-cubanos assentados em seu território. As agências governamentais estadunidenses como o FBI, o ICE, a guarda costeira e outras, conhecem muito bem os antecedentes delitivos e terroristas deste grupo e principalmente do senhor Ramón Saúl Sánchez Rizo.

Até o momento, somente a porta-voz da guarda costeira, Marylin Fajardo, limitou-se a declarar que sua agência não tem autoridade para intervir em uma atividade deste tipo.

Para obter sucesso no show provocador, os grupos se valem da mídia vinculada à máfia anti cubana como El Nuevo Herald, El Diario de las Américas, Radio Martí, blogs contra revolucionários como Punto de Vista e agências de imprensa internacionais. Todos estes meios não somente dão detalhes da perigosa aventura, mas servem para incitar os cidadãos residentes na Ilha a somarem-se ao evento mediante atos de desobediência civil.

Antecedentes provocadores do Movimento Democracia:

Até o momento, esta organização realizou aproximadamente 16 expedições marítimas nas costas de Cuba, utilizando fogos de artifício.

O Movimento Democracia, criado em 13 de julho de 1995, a partir da Comissão Nacional Cubana junto a contra revolucionários de Nova Iorque, Nova Jersey, Flórida e Porto Rico, é conhecido em Miami como o Movimento Cepillo, por sua tendência de arrecadar fundos  dentro da comunidade cubana nos EUA e por manter uma permanente atitude provocadora nas costas cubanas, buscando sempre fomentar um incidente entre Cuba e EUA. Conta com a emissora de rádio Radio Democracia e não passa de 20 membros com fortes laço com outras organizações terroristas.

Segundo o site EcuRed, “suas cabeças sempre foram Ramón como presidente; Luis Felipe Rojas, secretário de imprensa; Norman del Valle, chefe de operações; Frank Álvarez, chefe naval; Ramón Díaz, chefe de segurança; Marcelino García, chefe do grupo aéreo democracia. Luis Felipe Rojas é o homem de maior confiança de Ramón Saúl; é sobrinho neto do capacho da tirania batistiana Cornelio Rojas. Norman del Valle possui um negócio de contratações em Miami e está vinculado ao terrorista “Pepe”Hernandez, diretor da FNCA”. Mantém uma página no facebook com o link: http://www.facebook.com/profile.php?id=100000369500684

A rota do dinheiro evidencia como recebem financiamento de representantes e organizações da direita cubanoamericana como a FNCA, a família Bacardi, diretores vinculados ao Ocean Bank, a firma de advogados de Miami Mortgase, e os contra revolucionários já falecidos, Elena Diaz-Verson e Arnaldo Monzón, diretores da FNCA que financiou também as operações terroristas contra Cuba a partir da América Central de Posada Carriles, assinala o mesmo EcuRed.

Em várias oportunidades, tal como ocorreu nas provocações em 13 de julho de 1996, em 1997 e depois em janeiro de 1998 quando tentaram provocar um incidente durante a visita do Papa João Paulo II à Cuba.

O Movimento decidiu não escutar deliberadamente as frágeis pressões das autoridades norte americanas apesar de que foram retidas as embarcações Democracia e Direitos Humanos em setembro de 1997 e em dezembro de 1998, respectivamente. Essas medidas impostas pelas autoridades de EUA foram ignoradas descaradamente pelo terrorista Ramón Saúl quem chegou ao descaramento de enviar lanchas teledirigidas por GPS, como ocorreu com uma delas em junho de 1998, a qual encalhou na praia de El Chivo, na então cidade de Havana, carregada de propaganda incitando a subversão.

A partir do ano de 1999 incrementou seus vínculos com terroristas e organizações contra revolucionárias de Miami, tais como Alpha-66, a FNCA, o CLC, o CID e a Federação Sindical de Plantas Elétricas, Gás y Água de Cuba no exílio, ente outras, assumindo ainda maior papel provocador e perigoso. Suas posições de linha dura os levaram a participar ativamente do sequestro de Elián González e na defesa de Posada Carriles e seus cúmplices enquanto se encontravam detidos no Panamá.

O chefe do Movimento Democracia, Ramón Saúl Sánchez, nasceu em Colón, Matanzas, Cuba no ano de 1954. Desde muito jovem, se transferiu para os EUA vinculando-se com apenas 17 anos a grupos terroristas como Frente de Liberación Nacional Cubano (FLNC), Abdala, Alpha-66, Jóvenes de la Estrella, CORU, Organización para la Liberación de Cuba, Omega 7 e Cuba  Independiente y Democrática (CID). Imediatamente, desenvolveu uma ativa participação em atos terroristas de grande projeção e perigo, no assassinato de 4 norte americanos cuja aeronave explodiu em pleno voo. Acompanhou-o em suas

ações o terrorista Francisco Eulálio Castro Paz, de histórico delitivo em homicídios e narcotráfico, assim como Orlando Bosch Ávila.

Ramón Saúl esteve envolvido nas ações realizadas pela organização terrorista Acción Cubana, dedicada ao envio de cartas bombas a missões diplomáticas cubanas no exterior, particularmente em 1974. Ramón Saúl Sánchez Rizo é técnico em eletrônica e vive em 7105 SW 8 TH Street Suite 101. Piso 2. Brickelave. Miami. FL 33144 (2000). Seus vínculos mais frequentes foram com terroristas do cacife de  Luis Posada Carriles, Sergio Francisco González Rosquete, Higinio Díaz Ané, Justo Regalado Borges, José Basulto, Rodolfo Frómeta Caballero, Rubén Darío López Castro, Nelsy Ignacio Castro Matos, Orlando Gutiérrez Boronat, Enrique Encinosa  Canto ente outros.

Conclusões:

A atual administração do presidente Obama deve tomar consciência plena do perigo que representa a frota que chegará à costas cubanas no próximo dezembro, assim como as profundas implicações e responsabilidades que terá que assumir se alguns dos experimentados terroristas e provocadores, ávidos de criminal protagonismo, ousarem cruzar as águas territoriais cubanas. Obama tem a palavra para deter esta aventura descabelada, fomentada pela ultra direita anti cubana e seu próprios políticos.

Cuba, de sua parte, não esquecerá seu legítimo direito de defender-se de qualquer agressão ou provocação. A grande maioria do povo cubano ignorará esta nova bufonada midiática e não se prestará a ela, disposto a dar-lhe justa resposta a quem, ansioso em encher seus bolsos de dólares provenientes de seus amos do norte, tentem sair às ruas para realizar qualquer provocação contra-revolucionária. Estão advertidos!

Traduzido pelo Coletivo Paulo Petry, núcleo da UJC/PCB em Cuba