FARC: Estado colombiano planeja intervenção na Venezuela
Montserrat Mestre 23/08/2018
O partido político FARC (Força Alternativa Revolucionária do Comum), herdeiro das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), denuncia em um comunicado que a intervenção na Venezuela pode ocorrer no próximo mês de setembro. Especialmente preocupante é a informação sobre a chegada da organização Capacetes Brancos [Cascos Blancos] na fronteira entre a Colômbia e Venezuela. Esta falsa organização humanitária com base no Reino Unido foi a autora de quase todos os vídeo-montagens de supostos ataques com armas químicas na Síria, com a pretensão de atribui-los ao governo do presidente Bashar Al Assad, para forçar a intervenção internacional. M. Mestre
A FARC acusa o Estado colombiano de impulsionar a intervenção na Venezuela
A organização de esquerda Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) da Colômbia, em um comunicado, acusou o Estado deste país de impulsionar uma intervenção militar na Venezuela.
SPUTNIK
“Os últimos governos e o Estado Colombiano vêm tomando partido a favor de uma intervenção militar na Venezuela, cujas repercussões de toda ordem para o continente e, especialmente, em nosso país, não se farão esperar, com a carga de morte e desolação que isso implica”, assinalou o Conselho Político da FARC.
A extrema direita da Venezuela e seus “aliados no exterior” adiantam um cerco político, diplomático, econômico, social e militar “dirigido a desestabilizar e depor o legítimo Governo do presidente Nicolás Maduro e reverter a Revolução Bolivariana”, diz o comunicado.
A FARC ressaltou a presença na fronteira entre Colômbia e Venezuela de representantes da organização não-governamental Capacetes Brancos, que denunciou o suposto ataque químico na cidade síria de Duma e que foi considerado pela Rússia como uma montagem destinada a justificar uma intervenção militar do Ocidente nesse país do Oriente Médio.
Recentes versões publicadas na imprensa da Venezuela indicam que essa organização, que em 26 de junho passado chegou à Colômbia para prestar auxílio a imigrantes venezuelanos, na realidade visa fertilizar o terreno para uma invasão externa ao país caribenho.
Tais versões defendem que a dita intervenção pode ocorrer em setembro, quando a Colômbia realizar nas costas frente à nortenha cidade de Cartagena as manobras aeronavais conjuntas Unitas Lix, nas quais participam os Estados Unidos e o Reino Unido, entre outros países.
Assim, a FARC assinalou que o congressista Rodrigo Lara apresentou ante o Senado “um belicoso projeto de lei” para prevenir e enfrentar “atividades e operações criminosas em território colombiano por parte do regime venezuelano e se ditam outras disposições”, o qual “é um gesto profundamente inamistoso contra um país irmão”, diz o comunicado.
Por último, a FARC considerou que a Colômbia não pode participar de uma intervenção estrangeira contra a Venezuela e chamou os povos e governos progressistas e democráticos da América Latina, do Caribe e do mundo a não permitir nenhum tipo de ingerência no Governo venezuelano.
Fonte: http://pajarorojo.com.ar/?p=39505
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)