Greve Geral – O Povo em Luta

A Greve Geral convocada pelas duas centrais sindicais e outros sindicatos independentes era e foi uma expressão veemente da luta do povo português contra a exploração e as medidas do grande capital que visam amordaçar a compreensão e suprimir a vontade do povo, para prosseguir a sua ofensiva contra os direitos e liberdades cívicas, as laborais em particular, e submeter o país aos ditames do capital financeiro internacional.

A CGTP-IN convocou três dezenas de concentrações e manifestações espalhadas por todo o país, as quais assumiram formas diversificadas. Os sectores onde a greve assumiu maior expressão foram os dos transportes terrestres e aéreos, os portos marítimos, a administração e serviços autárquicos, industrias automóvel, metalo-mecânica e cerâmica, a administração pública central designadamente a segurança social, saúde e educação, etc.

Em Lisboa, uma grande concentração e desfile levou dezenas de milhar de trabalhadores até à Assembleia da Republica, onde está em discussão o orçamento do estado para 2012, através do qual o grande capital, aliado aos partidos da burguesia, pretende consagrar e aprofundar as medidas penalizadoras que sucessivos “pactos de agressão”, acordados entre este e o anterior governo e as instancias europeias e o FMI, têm vindo a ditar a Portugal.

Esta Greve Geral insere-se e acresce à luta que os trabalhadores portugueses – e os muito desempregados também presente – têm travado no quadro da crise financeira e política internacional, e antecede futuros e necessários desenvolvimentos, em particular já no próximo dia 30 de Novembro, quando será o votado o orçamento do estado para 2012.

Esta jornada de luta coincide, sintomaticamente, com o anúncio da degradação do rating financeiro da dívida portuguesa e simultânea elevação das taxas de juro no mercado internacional; e bem assim, do anuncio de baixas em tropas portuguesas ao serviço da NATO nos Balcãs.

O que vem realçar que as políticas do governo português, no quadro das alianças e opções internacionais ditadas pelos governos de submissão ao capital financeiro e ao imperialismo, são contrárias ao interesse do povo português.

Os trabalhadores portugueses, a par de centenas de milhar de desempregados e de jovens estudantes que não encontram uma saída profissional e um futuro de esperança à sua frente, continuarão a combater, unidos no mesmo propósito essencial – derrotar o poder do capital financeiro e impor o interesse da soberania e do progresso social em Portugal.

OS Editores de ODiário.info

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