Cuba: vitória na ONU traz alento ao continente

imagemPor Carlos Aznárez

Resumen Latinoamericano

FORAM RECHAÇADAS TODAS AS EMENDAS APRESENTADAS PELOS EUA, QUE SOFRERAM UMA APLASTRANTE DERROTA NA VOTAÇÃO FINAL.

Em Nova York, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou, nesta quinta-feira, a resolução cubana sobre a necessidade de se pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba.

Na véspera, 31 delegações intervieram no maior organismo da ONU para expressar sua rejeição a esse cerco e pedir o fim de uma política que viola os direitos humanos de todo um povo, assinalou Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores.

Apesar de os Estados Unidos terem tentado obstruir este processo apresentando oito emendas diferentes ao projeto de resolução que pede o fim do bloqueio, na sessão desta quinta realizou-se a votação que, há 26 anos, conta com o respaldo majoritário da comunidade internacional, detalhou o Chanceler.

“Estou seguro de que a representação norte-americana oferecerá um discurso no tom das suas pressões para impor emendas que não têm respaldo algum entre os países membros de ONU”.

Durante a jornada do dia anterior, os representantes de organismos regionais e das nações do planeta rechaçaram os obstáculos impostos pelo bloqueio a fim de sustentar relações econômicas, financeiras e comerciais com Cuba e se opuseram às emendas propostas pelo Governo dos Estados Unidos. Além disso, ressaltaram a solidariedade que Cuba tem prestado aos países mais necessitados e pediram respeito ao direito de o povo cubano eleger seu próprio sistema político.

A Vitória de Cuba traz alento ao continente

Em tempos tormentosos, sempre aparece Cuba para nos trazer alento e entusiasmo, comprovando que, se há Revolução, o caminho é de vitória. Esta outra grande patinada do Império estadunidense nas Nações Unidas vem demonstrá-lo. Não apenas não conseguiram aprovar, como foram rechaçadas por voto majoritário as oito emendas com que quiseram embaralhar e lambuzar o cenário – em nome dos direitos humanos que eles jamais respeitam. Na votação final outra vez ficaram isolados, juntamente com seus aliados israelenses. Sequer puderam arriscar alguma solitária abstenção, já que o certo é que não convencem ninguém com sua obsessão contra essa pequena e digna Ilha do Caribe.

Tampouco seus mais fiéis aliados em guerras e outras misérias que sempre terminam em genocídio acompanharam os dizeres da embaixadora dos EUA, Nikki Haley. Tanto o Canadá quanto os países da União Europeia, os golpistas brasileiros e os borra-botas do governo argentino, passando pelos submissos do Paraguai, Honduras e Chile, todos sucumbiram diante da evidência de que com Cuba não se pode e apertaram o botão para que seus votos fossem desfavoráveis à continuidade do Bloqueio. A própria Haley teve que reconhecer que nesta cruzada os Estados Unidos estão mais isolados do que nunca, mas, como o mundo está ao revés, e a ONU serve de pouco, esta grande maioria somente se converte em uma vitória simbólica: os gangsteres da política exterior norte-americana e israelense seguirão firmes em suas tarefas criminosas. Ambos se preparam agora para tentar – mais uma vez – sangrar o povo iraniano com um novo bloqueio, porém tampouco ali será simples impor tal medida.

Cuba voltou a vencer e, com essa atitude, concedeu novos brios às velhas e novas resistências que existem e surgirão no mundo frente ao avanço do fascismo e todas as desgraças que dele provêm. Fica novamente comprovado que, para chegar a este presente no qual são reconhecidos e admirados, depois de 60 anos de Revolução, as cubanas e cubanos têm realizado um esforço descomunal que somente uma forte ideologia revolucionária pode manter. A liderança e o exemplo enorme da Velha Guarda, com Fidel, Vilma, Raúl, Celia, Haydee, Almeyda e tantos outros e outras, somados às novas gerações das que o atual presidente Díaz Canel é um claro representante, têm servido para que povo e governo se joguem na tarefa de ir vencendo o bloqueio no cotidiano, apesar do dano que este câncer segue gerando.

Como bem enunciou o Chanceler cubano Bruno Rodríguez, “em cifras, os danos quantificáveis acumulados pelo bloqueio durante quase seis décadas de aplicação, alcançam cerca de 934 bilhões de dólares, levando em conta a depreciação do dólar frente ao valor do ouro”. Somente no último ano, este cerco causou a Cuba perdas na ordem de quatro bilhões de dólares.

Muito além do dinheiro, a cota em vidas e tristezas que a barbárie ianque provocou e provoca é a maior cota de sacrifício que o povo tem dado para manter aceso o farol da Revolução e que sua luz siga iluminando todo o continente. Por tudo isso, salve Cuba! Que siga ofuscando o Império com sua bela e férrea resistência.

Nueva victoria cubana en la ONU frente a EE.UU: 189 a favor del levantamiento del Bloqueo, 2 en contra y 0 abstenciones