Estado policial esconde a agenda ultraliberal
Um dos parlamentares mais atuantes no Congresso Nacional, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), reeleito para a próxima legislatura, afirma, em entrevista à TV 247, que a oposição ao bolsonarismo não será tão simples. Isso porque a estratégia do futuro governo será usar a agenda da “guerra ao crime” para ocupar o noticiário, tirando o espaço de pautas impopulares, como as privatizações e a reforma da Previdência. “A agenda econômica depende da ampliação do estado de exceção”, diz ele.
247 – O deputado Glauber Braga (Psol-RJ), um dos mais atuantes do Congresso Nacional, já decifrou a lógica do que será o governo Bolsonaro: um regime autoritário que usará a chamada “guerra ao crime” para escamotear do público seu verdadeiro projeto, que é a agenda ultraliberal na economia. “Tudo o que eles defendem, como a reforma da Previdência, as privatizações e a retirada de direitos, é extremamente impopular”, diz ele, em entrevista à TV 247. “Por isso mesmo, vão ocupar o noticiário e a agenda pública com a ampliação do estado de exceção”, afirma.
Na sua opinião, como sempre ocorre, as vítimas dessa ampliação da agenda punitivista serão os mais pobres, especialmente no seu estado, o Rio de Janeiro, onde foi eleito como governador o também ultradireitista Wilson Witzel, do PSC. “A implosão do PMDB e do esquema Cabral produziu uma guinada para pior no Rio”, diz ele. “O Rio virou à direita”.
Como a agenda ultraliberal depende também da ampliação do estado policial, Glauber Braga afirma que é fundamental reforçar a luta pela liberdade do ex-presidente Lula. “É um preso político, que tem que ser libertado”, diz ele. O deputado também avalia que Ciro Gomes erra ao tentar construir uma frente política sem o PT. “Imaginar o frente política sem o PT para tentar colher louros eleitorais mais adiante é um grave erro estratégico”, diz ele.
Confira a íntegra da sua entrevista: